A construção da vida profissional é um instante inevitável para todos os indivíduos. No entanto, ela pode começar ou tomar rumos diferentes, pois cada um tem os seus próprios objetivos. Além do caminho “tradicional”, como a universidade e o estágio, existe a possibilidade de explorar uma nova cultura e outros locais por meio de um programa de intercâmbio. A opção se apresenta como uma experiência promissora para a carreira de quem tem essa possibilidade. Então veja, nesta matéria, como preparar-se para investir nessa alternativa.
O número de pessoas interessadas no intercâmbio expandiu
Ao pesquisar sobre as possibilidades dessa modalidade, encontramos quatro de destaque. Assim, existem os projetos voltados para a realização do ensino médio, para estudos acadêmicos, aprendizado do idioma local e os direcionados para trabalhar em uma companhia internacional, entre outras possibilidades de emprego. Conforme a Associação das Agências de Intercâmbio no Brasil – Belta, a qual fez uma pesquisa inédita referente aos intercambistas brasileiros viajantes de 2022. De janeiro a setembro do ano anterior, 327.135 discentes realizaram uma viagem desse tipo fora do país, contra 289.500 em 2019.
Apesar do número alto, ele poderia ser ainda maior. Em outra análise, do próprio Núcleo Brasileiro de Estágios - Nube, foi ponderada a relação desse plano com seus candidatos. Por meio do questionamento: “você já fez intercâmbio em outro país?”, a maioria tinha isso como meta. Com 8.818 participantes na apuração, 73,17% diziam não ter feito, porém pretendiam fazer um dia, 16,69% também não realizaram, mas estavam juntando recursos para isso. Ao contrário do cenário positivo, apenas 4,84% não mostraram vontade de sair do Brasil. No entanto, 4,71% já fizeram e ganharam muito conhecimento cultural e acadêmico com a viagem e, somente, 0,25% participou, mas não gostou da experiência.
Os benefícios de participar desse programa são inúmeros
Todo investimento tem o seu devido retorno, nesse caso também não seria diferente. Afinal, a vivência, independentemente da meta, proporciona algumas vantagens em comum aos participantes. Confira quatro benefícios de ser um intercambista:
Ganhar fluência em outro idioma: de acordo com um levantamento realizado pela British Council, apenas 5% dos brasileiros falam inglês e, dentro desse índice, 1% possui fluência total no idioma. A língua tem um grande peso no perfil corporativo, colocando as suas habilidades como um destaque para as entidades com essa exigência. Ainda conforme um levantamento feito pelo site World Tips, baseado na 22ª edição do Ethnologue, o primeiro lugar no ranking de idiomas mais conversados pertence à língua Inglesa, com cerca de 1.132.366.680 falantes.
Conforme outra pesquisa promovida pelo agente de integração, a ausência da competência bilíngue é gerada pelo custo das aulas. Com uma amostra de mais de 20 mil respondentes, a maioria (68,71%) não tem condições de pagar. Já 16,59% não conseguem encaixar esse compromisso na rotina, 11,54% direciona o dinheiro para outros campos. Em menor quantidade, 1,79% não vê motivos para aprender e, por fim, 1,38% nunca quis saber e consideram falar português o suficiente.
Conhecer uma cultura diferente: a comunicação não é a única mudança. Essa vivência exige a experimentação de outro estilo de vida, comportamento, costumes e, até mesmo, as “regras” de convivência diferentes das quais estamos acostumados.
Desenvolver responsabilidade e independência: a troca de localização, na maioria das vezes longe da família, implica na adoção de práticas cada vez mais responsáveis. Assim como, se tornar essencial a capacidade de lidar com as atribuições sozinho.
Aprimorar o seu currículo: tanto o instante fora do território quanto às demais habilidades adquiridas, enriquecem a sua apresentação para uma vaga.
Saiba por onde começar essa jornada
A idealização é uma parte divertida, mas o início do planejamento parece um tiro no escuro. Contudo, existem maneiras de tirar esse sonho do papel. Por isso, Vanessa Martins, gerente de Relações Internacionais da Eseg - Faculdade do Grupo Etapa, deixa seis orientações para os interessados em explorar o mundo a fora:
1- Pesquise sobre os destinos
Antes de decidir onde realizar seu intercâmbio, pesquise sobre os países, cidades e instituições educacionais disponíveis. Considere fatores como cultura, clima, custo de vida e confiança das universidades ou escolas.
2- Estabeleça um objetivo claro
Defina suas metas para essa aventura! Quer aprimorar um idioma específico? Buscar aprendizado em uma determinada área acadêmica? Ou simplesmente vivenciar uma nova cultura? Ter uma meta clara ajuda você a escolher a opção adequada.
3- Planeje-se financeiramente
Faça um planejamento financeiro cuidadoso para cobrir as despesas relacionadas a todo o processo, como passagens aéreas, taxas, acomodação, seguro saúde e despesas pessoais. Considere a possibilidade de buscar bolsas de estudo ou projetos de financiamento disponíveis.
4- Busque informações
Entre em contato com instituições de ensino, agências especializadas ou departamentos educacionais das embaixadas para obter informações sobre os incentivos disponíveis. Eles podem fornecer orientações sobre sistemas educacionais, os requisitos de admissão, prazos e documentos necessários e programas de financiamento governamental.
5- Aprimore seu currículo
Invista em atividades extracurriculares para enriquecer seu currículo, como voluntariado, participação em projetos de pesquisa ou estágios. Isso ajudará a destacar sua candidatura durante o processo de seleção, caso participe de algum.
6- Cultive seu networking e deixe boas impressões por onde passar
A grande maioria dos incentivos ou agências de fomento exigirão cartas de recomendação de pessoas e referências a respeito dos candidatos. Assim é importante ao interessado em estudar no exterior, manter-se bem conectado com especialistas capazes de oferecer este tipo de arquivo. Professores, ex-chefes, corporações as quais desempenham algum tipo de trabalho, seja remunerado ou não, podem ser decisivos no instante de candidatura às bolsas de estudos.
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