Nos últimos anos, muitas mudanças aconteceram, principalmente nos campos educacional e empresarial. Dessa forma, novas competências passaram a ser valorizadas em colaboradores, sejam eles funcionários, estagiários ou aprendizes. Com o intuito de entender mais sobre o tema, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: "como você avalia seu conhecimento perante outras pessoas da sua faixa etária?”. Com dados coletados entre os dias 12 e 23 de junho de 2023, o levantamento contou com a participação de 23.465 respondentes, de 15 a 29 anos de idade.
Para o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Hugo Domenech, antes de mergulhar no tema, é importante considerar o contexto da evolução digital e a velocidade de surgimento das inovações e descobertas. “Desde a formulação da Lei de Moore, por Gordon E. Moore, fundador da Intel, em 1965, temos testemunhado uma elevação exponencial na capacidade de processamento e nas tecnologias relacionadas. Essa transformação constante está modificando profundamente a maneira como vivemos e trabalhamos”.
Em 2023, essas novidades estão ainda mais presentes, permeando todas as esferas de nossas vidas pessoais e profissionais. As mudanças aceleradas exigem uma adaptação contínua e uma busca constante por aprendizado. Conceitos como lifelong learning (educação continuada), reskilling (requalificação) e upskilling (aprimoramento) têm ganhado destaque no ambiente corporativo, pois as organizações percebem a necessidade de se manterem atualizadas para serem competitivas.
A maioria se sente tranquila quanto ao seu conhecimento
A maior parte dos entrevistados, 42,12% (9.884), está tranquila e consegue se sobressair no cotidiano. “Embora seja positivo ter um certo conforto em relação a esse aspecto, é crucial não se acomodar. Capacitar-se ainda mais traz benefícios significativos, como lapidar as aptidões existentes, desenvolvimento de novas competências e maior adaptabilidade às demandas. Além disso, amplia as oportunidades de crescimento na carreira e a possibilidade de se destacar no mercado”, comenta o analista.
Muitos estão preparados em vários pontos, mas com dificuldade em outros
Uma grande parcela, 39,55% (9.280), se considera preparada em diversas questões, mas reconhece a necessidade de melhorar em outras. “É absolutamente normal ter pontos fortes e fracos. Cada indivíduo possui características distintas. Para reforçar os aspectos nos quais se tem mais dificuldade, é recomendado identificar essas áreas de menor domínio e investir em estratégias de aprendizado específicas. Isso pode incluir cursos, treinamentos ou a busca por experiências práticas”, destaca.
Alguns se consideram superiores aos demais
Essa é a realidade de 10.80% (2.535) em relação ao tema. Inclusive, são elogiados por sua inteligência. “As revoluções diárias exigem atenção e atualização permanente, em todos os setores. Assim, permite acompanhar as novidades e manter-se relevante no universo laboral”, destaca o analista.
Outros estão abaixo, mas buscam melhorar
Para 6,32% dos entrevistados (1.482), seu nível atual está abaixo dos demais, no entanto, estão conscientes disso e correndo atrás para se superar. ”Esse reconhecimento demonstra maturidade e um desejo de evoluir. Com isso, é possível superar limitações, adquirir novas habilidades, ampliar perspectivas e estar pronto para desafios futuros. A procura pelo autodesenvolvimento é um diferencial importante para se destacar”, complementa Domenech.
Uma pequena parcela não consegue se destacar
Por fim, 1,21% (284) se consideram inferiores e não conseguem chamar a atenção. “Para quem está muito distante do nível ideal de sabedoria, o melhor caminho é começar identificando as vertentes com maior defasagem de conteúdo. Em seguida, é interessante buscar recursos educacionais adequados, como aulas, livros e materiais on-line, para concretizar uma base sólida. Além disso, contar com mentoria ou apoio de profissionais mais experientes pode fornecer orientação valiosa. O comprometimento e a perseverança são fundamentais para avançar nesse processo”, conclui o especialista do Nube.
Uma grande possibilidade de evoluir, ficar por dentro das tendências e unir teoria com a prática é o estágio. Afinal, o participante vive o cotidiano da futura profissão e frequenta a sala de aula. Isso ocorre pois, para ingressar na modalidade, é preciso estar matriculado em uma instituição de ensino superior, profissional, médio, de educação especial, ou nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos - EJA. Os discentes de pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado também estão aptos.
Ainda, esses jovens têm direito a receber uma bolsa-auxílio. Com esse dinheiro, podem arcar com os custos acadêmicos ou investir em outra capacitação adicional, como um novo idioma, marketing e ferramentas digitais. “Com as experiências vivenciadas nessa oportunidade, os processos de aprendizagem são otimizados. Além disso, auxilia a melhorar o comportamento profissional do indivíduo”, diz a analista de recrutamento e seleção do Nube, Beatriz Menezes.
Para quem possui esse desejo, a analista aconselha: “é fundamental buscar por vagas compatíveis com seu curso de graduação e demais informações pessoais. Ao observar as opções disponíveis, é crucial observar se existe afinidade com as atividades relacionadas ao dia a dia da função. Mesmo não sendo aprovado em determinado processo seletivo, é importante não desistir, conquistar mais skills e se preparar para novas possibilidades”.
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