Nos dias de hoje, há uma crescente discussão sobre a diversidade no mundo corporativo e, embora haja uma evolução positiva no cenário atual, ainda estamos distantes do ideal. Para alcançar um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo, é fundamental as empresas apostarem nas mulheres em todos os níveis hierárquicos, desde as estagiárias até as posições mais altas da organização.
O espaço das mulheres nas corporações
As colaboradoras têm conquistado cada vez mais espaço, mesmo precisando lidar com uma dupla jornada (a laboral e a doméstica). De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad, a ocupação feminina no número de empregados alcançou 45,7%. Porém, ainda existem preocupações quanto à realização profissional, qualidade de vida e bem-estar delas.
Para avaliar esses aspectos, o Todas Group e a Inside Consumer Insights realizaram um estudo quantitativo e cruzaram informações sobre a situação no trabalho, confiança e saúde mental, relacionamentos e padrão de vida com 12 indicadores de perfis. Segundo o levantamento, embora 74% das entrevistadas sintam orgulho da organização onde atuam e acreditem na possibilidade de crescimento e desenvolvimento, apenas 56% estão realizadas. Além disso, 63% se consideram tensas frequentemente pela pressão diária, 50% sentem falta de lideranças femininas para aprenderem e somente 10% das posições de diretoria são ocupadas por mulheres ou negros.
A diversidade nos cargos mais altos é fundamental para a construção de um ambiente corporativo mais inclusivo e sustentável. O tema ESG (Environmental, Social and Governance) é central para a construção de um futuro mais justo e as instituições devem se adaptar a essa realidade. É preciso pensar em ações concretas e estar preparado para a transformação. Além disso, é essencial construir uma equipe de gestão realmente plural, com representantes de diferentes áreas, idades, gêneros, perfis e personalidades, para criar novas perspectivas e adotar atos transformadores em todas as esferas da organização.
As principais responsáveis pela mudança são as próprias mulheres
Outra razão para o sucesso das executivas é a sua perseverança e habilidade de comunicação. Elas, muitas vezes, enfrentam desafios únicos no cotidiano, incluindo o sexismo e o preconceito de gênero. No entanto, várias vezes conseguem superar esses obstáculos por meio da construção de relacionamentos fortes com colegas e clientes, além da capacidade em expressar suas ideias de forma clara e eficaz.
Ademais, também têm se destacado em posições de tomada de decisão nas companhias. Embora a maioria dos CEOs ainda sejam homens, a diferença está diminuindo a cada ano. Essas gestoras frequentemente são valorizadas por sua forma de comandar com empatia e compaixão, além da resolução de problemas.
Atualmente, elas fazem avanços significativos em áreas técnicas, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Embora esses setores tenham um domínio histórico masculino, o equilíbrio vai surgindo em campos como a programação de computadores, desenvolvimento de software e análise de dados. Isso é uma ótima notícia para as entidades, pois as competências técnicas são cada vez mais importantes em todas as esferas da economia. “Ainda há uma luta diária evidente. Afinal, existe uma crença comum das mulheres serem mais emocionais e menos lógicas”, ressalta a especialista em tech recruiter da AX4B, Liane Michelan.
De acordo com dados da Unesco, as cidadãs na América Latina representam atualmente 35% dos alunos inscritos em carreiras STEM (science, technology, engineering and mathematics), mas apenas 3% delas optam por carreiras em TI. A oportunidade está madura para terem um papel chave em atender a demanda.
No entanto, ainda há bastante a ser feito para garantir a plena igualdade no universo empresarial. Por exemplo, os salários ainda são muito distantes, mesmo quando desempenham funções similares. Além disso, as moças enfrentam barreiras invisíveis na progressão de suas carreiras, como estereótipos, a falta de oportunidades de mentoria e patrocínio. “Isso acontece pois o esforço feminino para demonstrar seu potencial precisa ser maior. A divisão entre o emprego, casa e família é um grande fardo”, comenta a head de marketing e uma das fundadoras do Do It Girls Club, Brunna Duarte.
Segundo o estudo da Laboratoria e do IDB Lab , há alguns obstáculos cruciais:
- Limitações atuais no setor de educação
- O impacto restritivo dos papéis dos gêneros
- A socialização dos estereótipos e o preconceito inconsciente relativo à performance das mulheres
- A falta de equidade na distribuição das tarefas domésticas
- A ausência de modelos de comportamento ou 'role models'
- Ambiente com pouco crescimento profissional
Para combater esses problemas, muitas organizações estão implementando políticas de conscientização, como programas de diversidade e inclusão, licença parental remunerada e flexibilidade da carga horária. Essas ações não apenas ajudam a garantir a equidade, mas também podem aumentar a satisfação e o engajamento dos funcionários em geral. Para quem já venceu essa batalha, Brunna dá um conselho: “se você já está no topo, leve outras meninas com você. Além de um ambiente mais positivo e criativo, terá mais rentabilidade no seu negócio”.
Por isso, Liane conta como mudou o método de contratação para ter uma mistura maior em seu time. “Atualmente, buscamos mais colaboração e menos hierarquia. Para conseguir isso, estamos nos afastando dos formatos tradicionais de admissão e nos concentrando em metodologias mais alinhadas ao propósito, capacitação, inclusão e integração”.
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