Como a sua empresa trata a aplicabilidade do teletrabalho? Desde o início da pandemia, o ofício remoto tornou-se uma realidade comum para muitos profissionais. Segundo uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), a qual entrevistou 40.725 estudantes, 61,65% preferem trabalhar – parcial ou totalmente – de forma remota. Anteriormente, havia dúvidas sobre a viabilidade desse modelo de exercício. Porém, com a experiência dos últimos anos, ficou evidente como a eficiência pode ser atingida de qualquer lugar. Quem souber se adaptar rapidamente e aproveitar essa mudança terá, portanto, uma vantagem competitiva. Quer saber mais sobre como se beneficiar dessa metodologia? Acompanhe a matéria a seguir!
Popularização do trabalho híbrido
O período pandêmico levou muitas pessoas a repensarem suas carreiras, desde CEOs até jovens aprendizes. Mesmo após o término da crise, a calmaria ainda não foi alcançada. A Covid-19 marcou um antes e depois na humanidade, com um vocabulário corrente, o qual divide o tempo entre um pré e pós. As relações, o mercado e o espaço foram transformados. Todavia, embora o afastamento físico tenha sido temporário, o impacto e as mudanças provaram-se permanentes. O replanejamento de carreira surge, então, como pilar desse novo mundo. “Agora, as pessoas têm uma necessidade maior de liberdade, de inovar, de fazer e tomar as suas próprias decisões”, pontua o vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), Alexandre Slivnik.
Frente às revoluções do cotidiano, algumas questões, antes debatidas sobre o universo institucional, foram respondidas. O formato híbrido de labuta é, agora, uma realidade inegável, apesar de suas ambiguidades. Logo, quem posiciona-se prontamente contra essa modalidade, ignora inúmeros benefícios e se coloca em uma posição de desprestígio. Não se trata de escolher entre a distância ou presencial, porém adotar o melhor dos dois mundos. “A operação remota não é mais o futuro. A duras penas, os brasileiros têm aprendido como esse método veio para ficar. Digo mais, os estabelecimentos podem ganhar muito com isso. Impulsiona-se a felicidade no ambiente de labuta, soma-se qualidade de vida e agrega-se modernidade”, destaca o CEO da L5 Networks, Paulo Chabbouh.
Para progredir, é preciso abandonar mentalidades ultrapassadas e se permitir explorar novos caminhos. Um empreendimento preso no passado tende a ficar estagnado. A era atual exige dinamismo e transições constantes. Portanto, interaja, cometa erros, aprenda com as experiências e evolua – independentemente se isso significar sair da sua zona de conforto. Investir em inovação nunca é um tiro no escuro. É essencial entender como a trajetória de uma organização nem sempre é linear. Pelo contrário, pode ter altos e baixos. O foco deve estar em se manter atualizado, ouvir a voz das pessoas mais jovens e trilhar o caminho para o crescimento. Assim como na biologia, a capacidade de se adaptar é indispensável para sobreviver.
Vantagens do modelo
De acordo com um levantamento realizado pela NotCo, para 89% dos colaboradores, o modelo mesclado representa um símbolo de cultura. Na visão de outros 69%, sua saúde física, mental e emocional são melhores cuidadas dessa maneira. Por fim, 93% defendem um ganho de autonomia e flexibilidade para tomada de decisões. Com base nos dados, veja abaixo algumas vantagens desse método de trabalho:
Adaptabilidade: acima de tudo, empregar um quadro misto de atuação implica em abrir as portas do seu negócio para adaptações. Com mais de um caminho a ser tomado, as barreiras tendem a ser cada vez menos recorrentes. Quanto mais olhares e oportunidades, melhor será o desempenho para enfrentar obstáculos.
Flexibilidade: a possibilidade de trafegar entre o on-line e presencial esclareceu a viabilidade de conectar-se de diversas maneiras para tratar de um mesmo assunto. Desse modo, uma sala cheia de cadeiras com um televisor na ponta deixou de ser regra. A flexibilidade vem, justamente, da capacidade de fazer uma conferência sem depender da mobilidade e disponibilidade de todos os integrantes.
Eficiência: ganhar horas do dia sem precisar se preocupar com o deslocamento é o sonho de qualquer um. Por isso, revezar entre casa e corporação é uma prática capaz de converter horas desperdiçadas em eficiência. O tête-à-tête ainda é primordial para se traçar certas decisões, porém sua unicidade é descartável. Seja certeiro na escolha dos encontros físicos, aproveite o virtual e ganhe rendimento.
Cultura empresarial: ao estender o local de trabalho para além do presencial, amplia-se, junto, a cultura do empreendimento. Ademais, auxilia no employer branding, pois divulga uma imagem mais conectada ao presente. Isso influencia muito na hora de abrir um processo seletivo em busca de candidatos.
Como implementar o on-line
Apesar da popularidade e benefícios do modelo, é preciso estruturá-lo de maneira adequada, a fim de colocar o futuro nos trilhos. Slivnik ressalta como o ecossistema laboral tradicional é pouco convidativo para a nova geração. Logo, é preciso criar uma atmosfera inovadora e receptiva. “Os líderes devem estar abertos para conversar e dispostos a criar um meio onde as pessoas possam se divertir. Não à toa, momentos de lazer e troca de conhecimento são fundamentais para o desenvolvimento particular. Afinal, o hábito de sentar em frente a uma mesa, das 8 às 18 horas, e ir embora acarreta ganhos irrelevantes. É preciso criar uma rotina diferente da convencional. A estadia em casa deve ser apenas um detalhe”.
Segundo a consultoria Korn Ferry, em 2021, 85% das entidades contratantes no Brasil adotaram totalmente o home office. Embora esse modelo gere menores custos, é evidente a carência de um maior suporte e progresso para os empregados. Por isso, deve-se ficar atento às variações do contexto e utilizá-las ao seu favor. “Com a alteração provocada pela pandemia, é possível investir em um espaço novo, com muito mais modernidade, sem mesas fixas – onde os parceiros podem utilizar sempre quando for necessário. Assim, flexibiliza-se a atuação, promove-se um ecossistema positivo e balanceia-se a rotina estabelecida no home office”, finaliza Chabbouh.
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