A última geração está na fase de ingressar no mercado corporativo. No entanto, essa parcela da população possui características bem específicas e distintas dos demais colegas. Principalmente influenciados pela transformação digital e as novas formas de enxergar o mundo, eles não se adaptam aos antigos padrões. Sendo assim, os gestores devem entender melhor o perfil dessas pessoas.
Os mais novos estão mais cansados no trabalho
Todas as gerações estão exaustas no ambiente de trabalho. No entanto, algumas sofrem mais. De acordo com relatório da Betterfly, 60% da Geração Z (nascidos após 2001) está com exaustão e sensação de Burnout. No entanto, os Millennials (nascidos entre 1981 e 2000) não ficam para trás: 57% relatam exatamente os mesmos sintomas.
Além desses problemas, outros pontos no cotidiano também afetam o bem-estar. A sobrecarga de trabalho lidera a lista (47%), seguida da vontade de pedir demissão (45%) e falta de reconhecimento (44%), além de tratamento injusto (25%). Quando questionados sobre os principais fatores considerados para aceitar um emprego, os mais citados são: remuneração (25%), possibilidade de crescer e se desenvolver (22%) e flexibilidade de horário ou modalidade remota/híbrida (16%).
Para Virginia Vairo, head de pessoas e cultura da Betterfly, é importante os programas de bem-estar corporativo englobarem todas as idades. “Embora o tema seja, geralmente, associado aos mais novos, a força de trabalho de uma organização é composta por todos. Por isso, é necessário compreender as características da equipe para determinar seus desejos e necessidades”.
A Geração Z deseja mudanças no trabalho
Diferentes empresas já começaram a implementar mudanças em resposta à transformação demográfica. A ascensão desses jovens levou a especulações sobre como eles mudarão o ambiente laboral nos próximos anos. Afinal, em breve, eles representarão a maioria dos integrantes.
Essa classe está revolucionando a cultura das organizações. Uma das mudanças mais relevantes é o home office. Isso ocorre, pois eles prezam por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, para ter tempo suficiente para investir em si mesmos, além de refletir positivamente em sua produtividade. Inclusive, para cuidar da saúde mental e evitar o esgotamento.
Além disso, esses indivíduos focam na diversidade e na inclusão, em comparação com seus colegas mais velhos. Esse movimento faz a procura por locais com forte missão social aumentar, obrigando os gestores a remarem nesse sentido. “Em conversa com diversos clientes, percebemos como isso impacta a experiência dessa juventude. Mesmo com uma cultura consciente e um RH estruturado, se o líder não compreender seu papel, não dará certo”, ressalta Guilherme Ceballos, diretor de novos negócios da Eureca.
Por outro lado, alguns empregadores já entenderam essa lógica recente e também estão se movimentando para isso. Como resultado, os diferentes grupos estão colaborando mais e quebrando estereótipos geracionais, compartilhando ideias para o crescimento. Para Ceballos, essa configuração atual é cada vez mais presente. “Para os mais experientes, o emprego era o centro da vida e o foco do sentimento de realização. No entanto, isso mudou”.
As novas gerações se dão melhor com temas atuais
Cerca de 70 milhões de brasileiros pertencem às gerações Y e Z. Desse grupo, 46% são economicamente ativos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. No futuro, essa faixa da população deve aumentar para 70% e o mercado deve estar muito atento a elas, principalmente em relação aos assuntos mais modernos.
Afinal, são consumidores mais conscientes e estão moldando o novo capitalismo. Os nascidos após 2012 (chamados de Alphas), estarão ocupando postos laborais até 2030. Eles já nasceram conectados ao mundo digital e esse fato pode trazer mais insights para inovações e transformações para as organizações. “Como conselheira, acompanho de perto a movimentação do mercado e estudos sobre o tema. Tenho visto uma aceleração fora do comum no reconhecimento de como o consumo sustentável será o modelo predominante daqui para a frente”, comenta a especialista em transformação de negócios, Claudia Elisa Soares.
Segundo a pesquisa Global Consumer Pulse, da Accenture Strategy, 83% dos consumidores preferem comprar de marcas alinhadas a seus propósitos. Além disso, para 76%, suas decisões são influenciadas pelos valores propagados e as ações dos líderes. “De maneira geral, há uma diferença de pensamento, muito por influência da tecnologia e conectividade. Essas pessoas desejam crescer rápido na carreira e têm dificuldade em criar raízes de longo prazo nas corporações”, explica Claudia Elisa. Por isso, é fundamental escutá-los para direcionar a governança, compliance e inovações considerando os consumidores.
Conforme outro levantamento da Accenture, o “Os jovens buscam a economia verde”, os brasileiros têm níveis mais altos de aspiração a cooperar na economia verde em comparação com Estados Unidos e Europa. A ideia de atuar, de alguma forma, em um ambiente mais sustentável tem grande apelo nos dias atuais. Por isso, 88% dos entrevistados desejam um emprego verde nos próximos dez anos. Desse grupo, cerca de 60% expressaram confiança nesse objetivo.
Ainda, é esperada a criação de 22,5 milhões desses postos na próxima década, mas não será suficiente, se considerar a alta demanda. Para companhias da América Latina, essa é uma enorme oportunidade para se deslocarem nessa direção. Além disso, eles também esperam remuneração e outros benefícios tradicionais bem representados.
Para a executiva, o principal desafio para as organizações é começar a agir agora para projetar futuras vagas e atrair candidatos motivados, detentores de uma variedade de níveis de habilidades. “Os números dão foco em duas áreas principais: as pessoas necessárias para desenvolver a infraestrutura verde e as para desenhar soluções tecnológicas limpas”.
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