Cada vez mais em pauta, o ESG (Environmental, Social and Governance) ganhou foco entre os empreendedores. Isso porque é uma maneira de cuidar do nosso ecossistema, incentivando ações voltadas para preservação ambiental, com estímulo aos aspectos sociais e de administração mais assertiva. Nesse sentido, entenda como esse termo está revolucionando o mercado e fique por dentro!
Afinal, o que é o ESG e como isso impacta o mercado de trabalho?
Como exposto, o termo surgiu no inglês. Contudo, no português, significa algo como melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa. A concepção é usada para medir os métodos dos negócios, expondo as formas adotadas de minimizar seus impactos na natureza, de modo a buscar um mundo mais responsável para os cidadãos, além de investir em melhores processos de coordenação.
Desdobrando melhor o sentido de cada letra, o conceito começa pela preservação do planeta (E). Para se enquadrar nessa categoria, a instituição precisa ter iniciativas para proteger os recursos naturais, reduzir a emissão de poluentes e estimular positivamente a ecologia. Também é necessário ser engajada socialmente (S), com políticas desde diversidade no ambiente de trabalho até projetos para reduzir a desigualdade.
Conforme João Paulo Tavares, Presales Director Latam na Semantix, esse tópico é fundamental. “Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos alimentos consumidos no Brasil vêm da agricultura familiar. Investir nesse setor pode gerar um incentivo social e econômico significativo, melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas e impulsionando o desenvolvimento sustentável”, comenta.
Dessa forma, é possível promover segurança alimentar, geração de empregos e a preservação da biodiversidade, além de valorizar tradições culturais e conhecimentos locais. Por fim, é imprescindivel cuidar dos processos corporativos (G), investindo em mecanismos para impedir casos de corrupção, discriminação e assedio, de maneira a conceber ações mais justas e humanas.
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Por que o ESG está em alta e se tornou tão popular?
Segundo o Google Trends, em 2021, o interesse pelo ESG atingiu seu nível mais alto em 16 anos. A procura foi quatro vezes maior se comparada com a média do ano passado e 13 vezes superior a de 2019. Em grande parte, quem impulsiona esse movimento nas empresas são os investidores.
Para Tavares, isso tem um fundamento. “O empreendedorismo social e inclusivo fomenta a criação de empresas e startups visando, além do lucro, a geração de impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Esses executivos têm como objetivo desenvolver produtos e serviços para abordar questões como pobreza, educação, saúde, mudanças climáticas e desigualdades sociais, contribuindo para a construção de um país mais sustentável e resiliente”, afirma.
De acordo com um relatório divulgado pela consultoria PwC com panoramas da Europa, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos estão em investimentos considerando os critérios do ESG, representando um total de 8,9 trilhões de dólares. Para corroborar, 77% dos acionistas planejam parar de comprar produtos fora dessas normas nos próximos dois anos.
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Sua empresa já aderiu às práticas ESG?
De acordo com Henrique Ludgero Casagrande, Account Manager da Prosperi, essa expressão tende a crescer ainda mais. “Se você ainda não ouviu falar, em breve vai entender a importância de cada uma dessas letrinhas”, pontua. Nesse sentido, as organizações têm prestado mais atenção a este tema e procurado adaptar suas ações para ficarem adequadas às questões de sustentabilidade.
Agora, com as iniciativas do ESG, há uma nova camada de aprovações para serem consideradas. Ou seja, projetos com potencial impacto ambiental devem ser sinalizados e encaminhados para revisão, avaliação e aprovação do comitê interno decisor. Nesse sentido, é fundamental fazer treinamentos e incentivar o time a terem ideias voltadas a esses critérios.
Dessa forma, Casagrande pontua: “um verdadeiro sistema de fluxo de trabalho de aprovação precisa ser dinâmico e permitir diferentes rotas para abrigar um modelo de governança corporativa flexível a racionalização de projetos, custos, documentos de suporte e informações financeiras”, explica. Como consequência, a chance de alcançar melhores resultados é muito maior. Afinal, todos esses dados, quando reunidos em um formato consistente, permite à liderança ter insights positivos.
Antes da avaliação dos investimentos na prática, as empresas precisam compreender quais pontos são mais relevantes dentro das métricas ESG. Nesse cenário, as companhias têm criado “matrizes de materialidade de definição de metas” para auxiliar na hora de priorizar projetos. São elas:
1) Avaliação e gestão ambiental e social;
2) Trabalho e condições de trabalho;
3) Qualidade da água e sedimentos;
4) Impactos na comunidade e segurança da infraestrutura;
5) Reassentamento;
6) Biodiversidade e espécies invasoras;
7) Povos indígenas;
8) Palco cultural;
9) Governança e aquisições;
10) Comunicações e consultas;
11) Recurso hidrológico;
12) Mitigação e resiliência às mudanças climáticas.
Para explicar, o executivo destaca: “trata-se de um processo novo. No entanto, a eficácia das mensurações já tem apresentado resultados assertivos em grandes corporações, especialmente na tomada de decisões”. Assim, compartilhar a performance quando já implementado permite a evolução de toda a comunidade em conjunto.
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