Como você avalia sua condição psíquica ao final do expediente? Segundo dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso da América Lartina. Essa informação cruza com os mais de 29 milhões de trabalhadores com quadro de burnout no território, relatados pela International Stress Management Association (Isma). Os resultados não são mera coincidência. Pelo contrário, funcionam em uma relação de causa e efeito. Cabe aos indivíduos, portanto, se atentarem, cada vez mais, à problemática e moldarem seu cotidiano para driblar os reveses desse cenário. Quer descobrir alguns métodos, a fim de lidar com o desassossego laboral? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Manifestações de ansiedade
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) é uma forma de instabilidade psíquica, a qual afeta cerca de 13% dos brasileiros – aproximadamente 26 milhões de pessoas. Embora semelhante à timidez, a definição do TAS é estritamente diferente. Confundir ambas as partes, inclusive, pode culminar em um desprezo perigoso. Enquanto a timidez é apenas um traço de personalidade, o distúrbio é uma condição debilitante, capaz de limitar a vida pessoal e corporativa de um cidadão. É crucial ter cuidado ao fazer um diagnóstico, pois etiquetar alguém como "apenas tímido" pode gerar consequências negativas. Portanto, é elementar prestar atenção e não julgar, rapidamente, alguém como portador – ou não – do transtorno.
A fobia social é caracterizada por um medo intenso de situações públicas. Logo, é responsável por levar os portadores, muitas vezes, a evitarem interações com outras pessoas. Quem sofre desse quadro tende a se sentir inadequado, em relação aos outros, e a temer o julgamento alheio – resposta de insegurança e ansiedade. Além disso, também reverbera em sintomas físicos, como o calor excessivo, a taquicardia, a falta de ar e a percepção constante de críticas. A psicóloga Monica Machado, fundadora da Clínica Ame.C, destaca como essas reações proporcionam malefícios ao cotidiano desses indivíduos. “Portanto, é indispensável buscar ajuda especializada, a fim de tratar desse infortúnio e lidar com as reações de maneira efetiva”, ressalta.
Ao contrário de um comportamento simplesmente reservado ou constrangido, o Transtorno de Ansiedade Social é caracterizado por um nervosismo irracional, desencadeado por cenários rotineiros. A partir dele, entra-se em um sofrimento intenso, capaz de inibir o contato interpessoal. Essa abordagem é vista, pelo efermo, como um paliativo para aliviar o desconforto. No entanto, prova-se autodestrutiva, pois dá voz à insegurança e à sensação de inferioridade, capazes de diminuir o desempenho e atrapalhar momentos críticos para o crescimento pessoal. Consequentemente, isso pode perturbar projetos, apresentações e reuniões, como observado por Monica. “Logo, o segredo está em cortar as arestas, a fim de mitigar os prejuízos, antes de comprometerem – não apenas os dias– como o labor”, complementa.
Influência no desenvolvimento da carreira
Para falar, propriamente, do Transtorno de Ansiedade Social, deve-se despir de um preconceito comum, denunciado pela psicóloga: deixar de compartilhar ideias não implica – necessariamente – em não tê-las. Pelo contrário, a criatividade, inteligência, visão de mercado e potencial pode estar presente em muitos desses perfis – ofuscados por si mesmos. “Todavia, por conta desse receio excessivo, onde questiona-se constantemente se é bom o bastante, cria-se um impedimento para externar as pertinentes sugestões. Essa ferramenta involuntária de auto sabotagem tem o poder de comprometer o início de uma carreira. Por conta da imposição de barreiras, uma mente genial pode fechar sua própria porta para o sucesso”, enfatiza. Veja abaixo algumas dessas circunstâncias, responsáveis por impactar negativamente no progresso de trajetórias ocupacionais:
Bloqueio ao falar com superiores: outro fator complexo é se envolver com quem representa cargos de superioridade ou liderança. Independentemente do assunto a ser tratado, se alguém com o transtorno é chamado na sala de seu chefe, os batimentos cardíacos tendem a acelerar, a boca seca e o suor aumenta. “Lidar com uma figura de autoridade gera pânico. Por conta da baixa autoestima, a figura de um diretor transforma-se em um ser inacessível, alguém bem maior e melhor. É como se o ansioso se sentisse totalmente incapacitado de ter uma simples conversa com o coordenador”, explica Monica.
Reclusão de habilidades: um dos desafios primordiais de quem procura por uma vaga de estágio, por exemplo, é manifestar claramente suas próprias qualidades. Esse esforço não é uma possibilidade existente no mundo de quem tem esse tipo de fobia. A mera chance de ouvir um “não”, ou notar um simples olhar de dúvida, já é o suficiente para minar uma ação. Isso pode ser sucedido, por exemplo, por uma eliminação precoce em uma entrevista.
Desvio do olhar: um dos pontos basilares para exercer uma comunicação clara e eficiente é olhar diretamente para o outro. Todavia, para quem enfrenta o TAS, essa habilidade encontra inúmeros obstáculos. Suportar a face de um ouvinte pode ser considerada uma tarefa impossível, pois evidencia cada detalhe e reação. Essas minúcias jogam contra e comprometem uma postura nítida e eloquente de quem se pronuncia.
Como lidar com essa questão
Frente a essa condição destoante, deve-se mirar na compreensão do transtorno. Buscar por um especialista e fazer terapia é a orientação primária. Assim, quem precisa poderá ter mais consciência dos motivos pelos quais se esconde atrás de sua fobia. Ao identificar a origem das inseguranças, é possível adquirir a percepção do quanto elas importunam o seu desenvolvimento pessoal e laboral. “Além disso, incentivar o progresso de habilidades socioemocionais também pode ser visto como um mecanismo de prevenção. Recomenda-se o uso de plataformas de lifelong learning, capazes de focar nessas competências. Afinal, gerenciar emoções e sentimentos é chave para a manutenção de uma saúde mental equilibrada”, valoriza a CEO da B.NOUS, Isabela Corrêa.
Em certo ponto, todos tememos uns aos outros e procuramos não bater de frente com o desconhecido. No entanto, esse mantra torna-se preocupante quando extrapola a condição de “pulga atrás da orelha” e começa a controlar os quereres e escolhas pessoais. O mais importante é receber o diagnóstico o quanto antes e fazer um acompanhamento com o psicólogo e o psiquiatra. “Uma dica é praticar a escrita terapêutica. Fortalecer novos hábitos e soft skills demanda esforço e resiliência, tanto de quem se dedica a aprender, quanto da própria instituição. Portanto, a hora certa para começar é agora. Desbloquear aptidões introspectivas não é algo de um dia para o outro. Vá em frente”, finaliza Isabela.
Gostou das orientações acerca do tema? Então, reflita, atente-se aos indicadores a sua volta, valorize o próximo e, claro, compartilhe com os amigos! A hora de prestar auxílio, estender a mão e mudar seu ecossistema de atuação é agora, basta ter iniciativa e permanecer aberto para aprender. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo, deixe sempre as notificações ligadas e não perca nenhuma novidade.
A Feira de Estágios Nube 2023 vem aí! Nos dias 29, 30 e 31 de agosto deste ano, confira milhares de vagas de estágios, conteúdos ao vivo com dicas para o mercado de trabalho, vários sorteios com prêmios imperdíveis, certificado de horas complementares, bolsas de estudo e diversas outras vantagens. Fique ligado, logo iremos abrir as inscrições! Conte sempre conosco!
O Nube incentiva o bem-estar, preza pela expressão e aposta no seu sucesso!
