O mês de março marca a luta pela igualdade, respeito e direitos femininos. Infelizmente, em pleno 2023 ainda testemunhamos cenários nos quais elas são preteridas, agredidas, diminuídas e menosprezadas pelo simples fato de serem mulheres. Por essa razão, em 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia “Dia Internacional da Mulher”, celebrado ano após ano desde então. No entanto, as conquistas e alertas sobre os graves problemas de gênero ainda existentes devem ser discutidas diariamente. Pensando nisso, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) elencou uma lista de livros escritos por elas, exaltando seus feitos ao longo dos séculos e atrasos da sociedade marcada pelo machismo. Fique por dentro da nossa seleção da semana!
“Primavera das Mulheres”, de Pilar Pardo Rubio
Baseado nos movimentos iniciados em 2011, Pilar Pardo Rubio produziu essa obra respondendo diversos questionamentos sobre a transversalização jurídica da perspectiva de gênero. Mediante eixos temáticos, ela aborda questões essenciais para compreender as origens, pautas, lutas e ondas do levante de cada época. Além, é claro, dos processos políticos envolvendo as reivindicações do grupo nos dias de hoje. “O feminismo nunca desapareceu, muito pelo contrário, avançou de forma rápida, sacudiu e transformou o mundo e, com ele, todas e todos os seus habitantes”, pontua Pilar.
Desde o final do século XIX, surgiram novas ondas de manifestações em direção à luta contra as agressões sexuais, maritais, assédio moral ou remuneração igualitária. Ao longo das páginas, evidencia-se uma linguagem clara, direta e jornalística. Isso demonstra a relevância de entender as indicações e disseminar ainda mais informações preciosas na batalha pelos seus direitos. Enquanto isso, ser ativista continua sendo um perigo para as mulheres. Se você está em busca de uma leitura engajada, não perca mais tempo! Acesse já o perfil da Editora Cultrix!
“Nossos filhos têm mães!”, de Giulia Escuri
A dor da perda de um filho é algo imensurável, ainda mais quando ela é causada por quem deveria trazer paz e segurança para o povo. Por meio dessa tese de mestrado da jornalista Giulia Escuri, formada em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a autora relata sobre o Estado opressor responsável por matar sem medidas e destruir lares, famílias e, principalmente, uma mãe. Essa é uma dura realidade na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, assim como em inúmeros cantos do país, na qual nenhum programa policial é capaz de transmitir. O exemplar explora as relações entre território, sofrimento, dor, maternidade, luta, memória, parentesco e a violência estatal. As mães Luciene Silva, Nivia Raposo, Ilsimar de Jesus, Elisabete Farias, Maria e Rozinete Santana e a irmã Silvania Azevedo, integrantes da Rede de Mães e Familiares de Vítimas de Violência do Estado na Baixada Fluminense, são as principais interlocutoras dessa pesquisa sobre policiais militares, grupos de extermínio e milícias.
A mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais pela mesma universidade (PPGCS/UFRRJ) também é doutoranda. A partir dos acontecimentos protagonizados pela Rede, foram acompanhados em 2019, 2020 e 2021 as entrevistas virtuais concedidas por essas pessoas. Aqui, vemos como a colocação do gênero como um elemento central possui uma ligação histórica de associação ao estigmas da criminalidade, responsável pelo assassinato em massa de jovens negros. Para mais detalhes, não deixe de conferir o portal da Editora Telha!
“Meu Nome é Selma”, de Selma Van de Perre
Publicada em 2022, essa é a autobiografia de uma judia, disfarçada de ariana, para sobreviver às atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Esse é um manuscrito de destaque, pois são poucos os sobreviventos do Holocausto ainda em vida para relatar as barbaridades de um dos regimes mais autoritários na história da humanidade. Com mais de 100 anos, a holandesa, residente em Londres, revela no decorrer das laudas como sobreviveu a um dos campos de concentração mais cruéis do período: Ravensbruck, no qual os nazistas aprisionavam somente mulheres. Até então, seguir o judaísmo na Holanda não era nada demais. Contudo, em 1941, essa se tornou uma questão de vida ou morte. Após ser flagrada aos 17 anos, ela se juntou ao movimento de resistência e assumiu uma identidade falsa para se passar por ariana. Por meio do nome “Marga”, ela fez o preciso para combater o nazismo. Contudo, a sorte acabou em 1944, quando ela foi retida como prisioneira política.
Acima de tudo, a firmeza e delicadeza conduzem as linhas do texto para demonstrar como conseguiu sobreviver. Afinal, Selma é uma das pessoas capazes de contar com as próprias palavras o medo sentido, a coragem encontrada e as experiências de resiliência, criatividade e esperança em meio ao desespero. Mesmo com a idade avançada, ela continua sendo uma força da natureza significativa. Achou interessante? Então, corra para o site da Editora Seoman!
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