A humanidade testemunhou inúmeros evoluções ao longo dos séculos, passando de pequenos avanços para saltos gigantes. Hoje em dia, não conseguimos mais imaginar nossas vidas sem algumas facilidades, seja na comunicação, transporte, trabalho, saúde ou entretenimento. Inclusive, dados do levantamento anual da FGV apontam a existência de 242 milhões de smartphones em uso no Brasil, resultando em um número superior de celulares em relação aos habitantes. Logo, percebemos a necessidade de seguir as mudanças e de saber se adaptar a elas, tendo em vista a impossibilidade de voltar no tempo e viver de práticas obsoletas. Seguindo essa lógica, também podemos falar sobre o mercado de trabalho e suas significativas modificações nos últimos anos, principalmente no pós-pandemia. Portanto, fique por dentro das novidades e descubra como lidar com os tempos modernos.
A transformação é constante
Quando paramos para analisar o século XXI, notamos como a Internet e os computadores mudaram completamente a rotina dos indivíduos. Em meio ao alto fluxo informacional, a instantaneidade ganhou força, seja por meio das redes sociais, noticiários, aplicativos de troca de mensagens, entre outros. Esse cenário, além de transformar a vida das gerações mais antigas, influenciou a forma como os novos seres humanos se comportam também.
No decorrer do tempo, o mundo virtual se iguala cada vez mais com a realidade, sendo praticamente impossível separar uma da outra. Embora os denominados millennials tenham vivido o boom da Internet, a Gen Z já chegou completamente naturalizada com a era tech. “Podemos perceber como as crianças já nascem conectadas com a tecnologia e com pouca idade aprendem a mexer em diversas ferramentas, como TVs e celulares. Esse é apenas um dos diversos exemplos de como a ciência participa ativamente na transformação da sociedade”, comenta João Gabriel, head de tecnologia e top voice do LinkedIn.
O modo como as pessoas se movem também foi modificado. Se até poucos anos os táxis dominavam o mercado de transporte individual, a chegada de aplicativos capazes de conectar os usuários aos motoristas mudou radicalmente esse sistema, além disso, também a partir de aplicativos, as pessoas passaram a ter controle sobre horários de transporte público e acesso a melhores rotas de deslocamento. Com o amplo acesso à informação, os internautas conseguem se atualizar sobre os acontecimentos e calcular exatamente o seu caminho.
A pandemia foi um grande exemplo de conjuntura emergencial no qual inúmeros setores precisaram se reestruturar, como o meio laboral, a educação e a saúde. “A tecnologia se tornou um fator imprescindível para a sociedade, sendo uma espécie de oxigênio para nossas vidas e participando de quase toda atividade realizada. Muitos processos foram e estão sendo passados para o mundo digital, bancos se digitalizaram, e isso é apenas a ponta do iceberg de tudo aquilo transformado nas últimas décadas”, completa Gabriel.
A previsão para os próximos anos
Desde o isolamento social, a virtualização de atividades do cotidiano foi intensa. No ambiente corporativo, por exemplo, uma expressiva parcela populacional se viu obrigada a migrar para o home office de um dia para o outro. Apesar de inicialmente ser uma providência em meio a crise sanitária, vimos como mesmo após a vacinação em massa e retorno das atividades presenciais, o teletrabalho se tornou o preferido dos trabalhadores.
Para os próximos anos, a previsão é de ainda mais inovação nos setores. “O salto tecnológico visto de décadas atrás para cá é imenso, e mesmo com técnicas bem definidas e segmentadas no mercado, a evolução natural é de aparecer mais dispositivos, softwares e novidades atreladas à Inteligência Artificial, Big Data e Nuvem, entre outras”, conclui o head de tecnologia e top voice do LinkedIn.
Cinco dicas para gerenciar pessoas de qualquer lugar do mundo
De acordo com um levantamento realizado em novembro de 2022 pelo HR Tech, 85,5% dos entrevistados precisaram mudar seus respectivos modelos de atuação devido à pandemia. Dentre eles, 53,3% dizem ser realidade o hibridismo na companhia onde atuam. Ainda, manter o engajamento da equipe é a principal preocupação para 31% dos gestores. Enquanto isso, a integração de novos funcionários também é um desafio para 25% deles. Nessa conjuntura, notamos como a alta rotatividade de profissionais pode ser algo prejudicial para o bom funcionamento da companhia. Sendo assim, elencamos cinco dicas para gerenciar efetivamente pessoas de qualquer lugar do mundo. Veja:
A conexão é primordial: o líder deve manter uma boa relação com seus colaboradores. “Uma conexão de autoridade e não de autoritarismo. Usar técnicas e estratégias para fazer as pessoas se engajarem, mesmo no trabalho remoto”, pontua Paulo Vieira, presidente da Febracis.
A inteligência emocional não pode faltar: para o formato remoto ser compensador para todos, é essencial as equipes desfrutarem excelentes laços de trabalho com seus supervisores. “Nenhuma novidade substitui o verdadeiro motivo por trás da satisfação no serviço: ter um gestor eficaz e emocionalmente inteligente”, complementa o especialista.
A comunicação é a base de tudo: é crucial se mostrar disponível para entender as necessidades do staff, quais as suas dores e desafios. Por meio de conversas individuais, fazer com as pessoas se descobrirem e almejarem conquistas das quais elas mesmas achavam impossíveis de alcançar.
É essencial conhecer os colaboradores: criar o hábito de escutar mais e fazer perguntas é indispensável. O contato físico possibilita ler os sinais e perceber as dores pelas quais um funcionário está passando. Na relação a distância, o gestor precisa se preocupar mais em nutrir um relacionamento. “Em vez de realizar reuniões restritas a relatórios de atividades, procure conhecer os seus colaboradores, suas motivações e desafios. Isso vai fazer eles se sentirem mais valorizados”, completa Vieira.
A autoestima deve ser trabalhada: um verdadeiro líder deve se conhecer muito bem, praticando o exercício da autoconsciência e construindo dia a dia a sua autoestima, para, dessa forma, poder irradiar coragem, força, determinação e ousadia para seu quadro. “Sobretudo, ela é responsável por perceber e validar suas habilidades e potenciais, sem deixar de conhecer seus erros, medos e problemas a serem trabalhados”, finaliza o presidente da Febracis.
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