Adentrar o meio corporativo não tem sido uma tarefa simples. Apesar de essencial, esse ambiente ainda possui um clima de intensa competitividade e exigências. Nesse cenário, quem busca por uma oportunidade, seja ela de estágio, aprendizagem e, principalmente, um cargo efetivo, deve se atentar às tendências entre os currículos. Então veja, nesta matéria, como turbinar o seu perfil corporativo e ser destaque em qualquer processo seletivo.
Quais são as opções do mercado para quem está iniciando?
Para quem busca a primeira oportunidade, nem sempre procurar uma posição fixa, ou seja, a contratação dentro do regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) pode ser uma boa opção. Isso porque, trata-se de um ofício com mais requisitos, como uma experiência anterior na função. Afinal, o objetivo dessa modalidade é preencher rapidamente e colocar o colaborador prontamente em ação, com um treinamento assertivo e sem muitos ensinamentos. Ao contrário desse conceito, existem programas para ajudar os novatos no meio empresarial:
Jovem aprendiz: esse tipo de vaga visa a inclusão dos mais novos em uma organização. Isso em função de ensiná-los sobre o mundo corporativo, seus direitos e deveres, além de gerar outros sensos essenciais, úteis para qualquer nível mercadológico. “O projeto é importante para auxiliar o aprendiz a ingressar e permanecer no "mundo do trabalho", diante as vivências nas atividades práticas e teóricas”, diz Fabiano Gonsalves, analista educacional do Saber - Instituto Brasileiro de Aprendizagem.
A lei n° 10.097/2000 regula esse programa, sendo assim, para participar é necessário ter de 14 anos de idade até, no máximo, 24 anos incompletos. Outras disposições da legislação tornam a contratação inda mais favorável ao estudante e a empresa:
- Carteira de trabalho assinada;
- Carga horária reduzida;
- Salário mínimo por hora trabalhada;
- Vale transporte;
- Férias;
- 13° salário;
- Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
No entanto, a norma prevê também, alguns incentivos fiscais para a corporação, a fim de tornar o benefício desse acordo mútuo:
- Contribuição de apenas 2% do FGTS;
- Isenção do aviso prévio remunerado;
- Desobrigação do pagamento de multa rescisória.
Ato educativo escolar supervisionado: reconhecido como estágio, a posição contempla os estudantes em início de carreira, logo, para se candidatar é necessário ter a partir dos 16 anos e estar regularmente matriculado em uma instituição de ensino. Os quais, apesar da formação estudantil em construção, ainda não possuem experiência prática no cotidiano laboral. Dessa maneira, para ser estagiário, as companhias não exigem nenhuma vivência anterior em determinada área, apenas a vontade de se desenvolver e conhecer a rotina do setor e suas atribuições.
Por isso, é uma posição almejada por grande parte dos universitários, pois eles têm a chance de aprender, com o auxílio de um gestor, sobre a sua futura profissão. Além disso, para quem participa da modalidade extracurricular, a lei n° 11.788/2008 define os seguintes direitos:
- Bolsa-auxílio;
- Carga horária reduzida;
- Auxílio transporte:
- Recesso remunerado;
- Seguro contra acidentes pessoais;
- Celebração do termo de compromisso de estágio (TCE).
Para entrar nessas posições não é necessário experiência, mas demonstrar competências comportamentais é essencial
Bem conhecidas no universo corporativo pelo termo em inglês, soft skills, as qualificações referentes ao comportamento tem dado cada vez mais destaque aos candidatos. De acordo com uma análise realizada em 2021, pela América Succeeds, ONG especializada em educação, baseada em mais de 80 milhões de anúncios de emprego em 22 setores do mercado, dois terços dos cargos listaram soft skills entre as qualificações exigidas. Para auxiliar os aspirantes, Thiago Leitão, sócio da Unique Group, cita oito competências requisitadas:
Bom gerenciamento do tempo: é preciso aproveitar esse recurso com sabedoria, organizar a agenda e cumprir as entregas dentro dos prazos. Esses critérios são essenciais diante do ambiente de trabalho remoto ou híbrido, os quais se estabeleceram em diversas áreas.
Colaboração: profissionais colaborativos contribuem com seus gestores e colegas em prol de um objetivo comum. Logo, tornam as relações mais saudáveis e o time ainda mais unido, essa ação impacta positivamente no crescimento do negócio.
Facilidade de trabalhar em equipe: quem possui essa habilidade consegue lidar com as diferenças, sabe se comunicar bem e receber feedbacks. Ademais, conquista a confiança e o apoio dos colegas. Contribuir em conjunto, de forma integrada e com harmonia, ajuda na conquista de resultados mais rapidamente.
Empatia: significa a capacidade de se colocar no lugar do outro, seja ele um colega de equipe, líder ou colaborador. Essa característica fortalece e humaniza o relacionamento entre as partes, gerando mais transparência e cumplicidade para atingir os objetivos.
Pensamento crítico: quem desenvolve essa competência consegue avaliar as situações de forma abrangente e busca soluções criativas, fugindo do óbvio. Essa inteligência é valorizada no instante de resolver problemas, por exemplo.
Para aprimorar ainda mais esse lado, o Nube conta com uma coluna de indicações literárias voltadas para esse ecossistema. Sendo a leitura considerada uma forma essencial para treinar esse tópico, vale a pena conferir!
Resiliência: esse atributo representa a garantia de produtividade e o foco em resultados, mesmo diante das adversidades ou situações desafiadoras. Nesse mundo dinâmico, essa skill é relevante para todas as posições e equipes.
Flexibilidade: as transformações do mercado ocorrem de forma acelerada, principalmente com o avanço da tecnologia. Por isso, estar aberto a novas ideias e propostas é um requisito para o sucesso profissional.
Adaptabilidade: ela anda ao lado da flexibilidade e permite o quadro de funcionários a se adaptarem facilmente com novas regras ou mudanças realizadas pela corporação sem influenciar o nível de dedicação.
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