O mercado de trabalho se mantém em constante mudança, assim ele segue alterando as suas prioridades de acordo com as tendências do momento. Afinal, segundo uma pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), a qual analisou os impactos das tecnologias até 2030, estima-se para esse instante, como 85% dos postos de trabalho existentes serão renovados. Dessa forma, surgem outras competências em valorização quando se trata de ingressar nesse meio, seja para um estágio, programa de aprendizagem ou um cargo efetivo. Então veja, nesta matéria, quais habilidades devem fazer parte do seu perfil profissional para essa conquista.
Veja as principais habilidades requisitadas pelo mundo corporativo
As mudanças, de fato, são inevitáveis. Isso porque, todos os dias surgem necessidades diferentes dentro da sociedade e, a partir disso, as inovações entram em cena. Logo, é essencial para o seu desenvolvimento, contemplar pelo menos três campos de capacitação para se destacar e se manter atualizado:
Soft skills: a denominação faz referência às competências comportamentais. Essa vertente tem ganhado cada vez mais destaque entre os pré-requisitos das vagas de emprego. De acordo com uma análise realizada em 2021, pela América Succeeds, ONG especializada em educação, baseada em mais de 80 milhões de anúncios de emprego em 22 setores do mercado, dois terços dos cargos listaram soft skills entre as qualificações exigidas.
Hard skills: esse âmbito representa os conhecimentos técnicos de cada profissão. Em suma, é o conteúdo contido nas instituições de ensino, como nas universidades, o qual instrui sobre como realizar determinada função e o desempenho de cada área no ecossistema laboral.
Tech skills: dada a imersão no universo digital e as premissas de inovação, não é possível considerar uma atribuição e descartar o contato com alguma ferramenta digital. Nesse sentido, surgiu uma nova competência, sendo essa fundamental para a efetuar as mais diversas tarefas integradas à tecnologia. Por isso, ela classifica o desempenho do indivíduo frente aos comandos eletrônicos.
As soft skills devem ser prioridade para quem quer compor o mercado de trabalho
Andrea Iorio, palestrante de transformação digital, realizou com a ajuda de seu time uma pesquisa acerca das competências humanas no ambiente empresarial. A partir da investigação de 264 equipes de recursos humanos, foi possível notar a ausência de priorização das soft skills nos currículos. Assim, 82% dos respondentes declaram existir um gap maior na vertente socioemocional quando comparada com as hard skills (competências técnicas ou mensuráveis) entre seus colaboradores. Ainda segundo o levantamento, 93% dos RHs pesquisados, acreditam ser melhor o candidato obter as qualificações comportamentais, mesmo sem o conhecimento técnico suficiente.
Em consonância com as apurações, Juliana Scarpa, CEO da FRST Falconi, explica como o autoconhecimento e desenvolvimento desse aspecto tem sido um recurso chave no mercado de trabalho. “Gerir não é mais ser líder ou não, a gestão passa por conhecer seus gatilhos, suas crenças limitantes e sua maneira de olhar o outro. Dentro do ambiente corporativo isso é colocado à prova todo o tempo! Com a diversidade de ideias, características e pensamentos, precisamos ainda mais de habilidades emocionais”, avalia Scarpa.
Confira cinco competências para não deixar de fora do seu currículo
Dentro da mesma temática, Camila Rebelato, People Experience Manager da Juntos Somos Mais, lista cinco habilitações para considerar em sua carreira:
Inteligência emocional: essa competência está muito ligada à facilidade de reconhecer e entender como lidar com os sentimentos e emoções. Hoje, é uma característica fundamental em todos os aspectos da vida e não somente no trabalho. Afinal, o desenvolvimento dela auxilia a lidar com as frustrações e a se comunicar de forma adequada, por exemplo. Além disso, ela consegue ajudar no relacionamento com as outras pessoas, independentemente do cargo ou área na empresa.
Adaptabilidade: esse item tem demonstrado muita relevância no mercado de trabalho. A pandemia mudou drasticamente o modo e as relações interpessoais. Por conta disso, os aspirantes precisaram colocar essa habilidade em prática, seja mantendo as entregas em situações adversas ou até a mudança para o home office, a qual impactou praticamente todos os setores.
Trabalho em equipe: mesmo no formato remoto, é essencial desenvolver a aptidão pelas atividades em equipe. Isso porque ninguém faz nada sozinho então, é necessário a colaboração de todos para uma organização prosperar. Logo, é fundamental prezar pela comunicabilidade para o desenvolvimento de ideias e da manutenção dos relacionamentos.
Comunicação: essa é uma habilidade muito ligada às anteriores e, certamente, é uma das mais faladas quando a pauta é soft skills. Contudo, saber se relacionar com as pessoas é algo constantemente aprimorado, também é feito desde o nosso nascimento. Porém no âmbito corporativo podemos lidar de formas diferentes. É interessante conseguir ouvir o próximo, colocar os seus pontos de vista, entender as demandas do outro e manter o alinhamento sobre o trabalho.
Empatia: nos últimos dois anos muita coisa mudou e ter empatia tem se mostrado cada vez mais primordial. O respeito aos demais não é exclusividade do campo empresarial, mas sim, uma prática necessária. Nesse ambiente a consideração facilita conexões entre todos os envolvidos de diferentes cargos e contextos.
Por fim, todas as habilidades citadas são importantes para a nossa vida, em ambas vertentes. Sendo assim, cada vez mais percebemos como os indivíduos se importam com o meio de colaboração. No entanto, é essencial a contribuição geral em função de estabelecer um espaço agradável, saudável, plural e eficiente.
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