Os últimos anos foram caracterizados por suas extremas mudanças no funcionamento de toda a sociedade. Muitos pensamentos ou até mesmo costumes tornaram-se obsoletos, seja pelos avanços tecnológicos ou amadurecimento de certos preceitos. Sobretudo, as transformações no mundo dos negócios foram significativas para atingir a atual conjuntura, repleta de facilitações ou concepções distintas. Com isso, tanto os interesses pessoais como profissionais tomaram proporções imensas, alcançando um desenvolvimento antes inimaginável. Hoje em dia, os recrutamentos e treinamentos não são como antigamente, tendo passado por um processo de aprimoramento e instauração de novas técnicas. Sendo assim, venha aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto nesta matéria!
Os treinamentos na atualidade
Conforme dados da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), as corporações do Brasil realizam em média 19 horas de treinamento por ano. Quando o número é comparado com o exterior, percebemos como o tempo é diminuto, tendo em vista o investimento norte-americano de 36 horas anuais, por exemplo. O caminho encontrado pelas instituições nacionais para suprir essa lacuna na capacitação foi o incentivo ao nanolearning.
Em geral, a metodologia engloba o uso de conteúdos curtos de aprendizagem, variando entre dois a cinco minutos de foco. Ela é constituída de tutorias em plataformas de vídeo, artigos educacionais e mídias em áudio ou imagem. Grande parcela dos especialistas acreditam nela como uma estratégia interessante a ser adotada quando se há um planejamento certeiro sobre os objetivos a serem alcançados.
Recentemente, a transição para o digital foi intensificada pela pandemia a partir de março de 2020. Desde então, a adoção dos formatos remoto e híbrido modificou completamente a conjuntura laboral, seja pela necessidade de se adaptar a novas ferramentas ou até mesmo a rotina de atuação em casa. Nesse momento, alguns meios de engajamento e comunicação precisavam ser deixados de lado para abrir espaço para as tendências.
O período em questão ficou marcado pela migração dos escritórios para as telas dos computadores, cenário esse diferente do costume da maioria das equipes. “Agora, o nanolearning propõe conteúdos ainda mais curtos dos quais podem ser consumidos nos intervalos do trabalho, em urgências ou no horário mais conveniente para os colaboradores. É uma proposta importante, tendo em vista como estamos em um mundo cada vez mais tecnológico e conectado às mídias sociais, plataformas de vídeos e músicas, entre outros”, comenta Tathiane Deândhela, CEO do Instituto Deândhela.
As possibilidades do nanolerning
De acordo o estudo Vanderbilt University, as produções em nanolearning na área de educação disponibiliza 20% a mais de retenção de informações em comparação aos modelos tradicionais. Tendo em vista esse tema como algo relativamente novo, no meio corporativo ainda existem muitas dúvidas acerca da forma correta de aplicar essas técnicas. Afinal, as instituições e seus setores não funcionam da mesma maneira por todo lugar.
Nesse sentido, é extremamente necessário estar atento sobre as dinâmicas internas e externas da entidade para, posteriormente, estudar qual o melhor modo de aplicar tal método. “Essa técnica não serve para todos os casos. Isso porque, temos companhias muito pulverizadas de perfis de colaboradores. Ou seja, pessoas das quais, de repente, têm mais intimidade com algumas tecnologias e outras não. Essa função pode ainda ser usada como um reforço de conteúdos já ensinados anteriormente, pois exige planejamento na implementação por parte das empresas”, complementa Tathiane.
Primeiramente, é preciso ter em mente como esse caminho deve ser muito bem arquitetado antes de implementado. Longe de ser uma simples adaptação na qual qualquer um pode fazer, o processo requer os devidos cuidados de um especialista. “Estamos falando de elaborar um conteúdo especialmente pensado para esse conceito de ou corre-se o risco de não obter o retorno desejado. O material necessita ter começo, meio e fim. Não é simplesmente pegar um vídeo e cortar em partes, ou um texto e dividir em slides”, ressalta a CEO do Instituto Deândhela.
O investimento na educação corporativa é fundamental!
Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte, o setor privado têm assumido o papel de fornecer cursos para suprir os déficit existente na educação corporativa de muitos ambientes. A previsão para 2022 era de até 9 em cada 10 companhias investirem no treinamento e formação de seu time. Portanto, promover ações como essas é fundamental para se mostrar ativo e disposto a seguir tendências modernas.
Desse modo, fica nítido como escutar a demanda do quadro e os seus interesses é o principal trajeto na garantia de procedimentos eficientes e frutíferos em uma firma.“Na minha trajetória com gestão de empresas, percebo como é preciso abrir espaço para outros formatos de treinamentos além de cursos longos e tradicionais. Vivemos em um mundo no qual as pessoas têm menos atenção e tempo. Nesse cenário, não estamos falando sobre o nanolearning substituir as capacitações convencionais. Essa metodologia entra como uma ferramenta a mais, para desenvolver competências no ambiente corporativo”, pontua Marcel Scalcko, CEO do Grupo Scalco.
Além disso, aprimorar novas funções e aprendizados é essencial para alcançar o padrão do amanhã. Por essa razão, é preciso seguir o ritmo de compartilhar informações mais enxutas, práticas e eficazes. Isso significa andar junto da atual Indústria 4.0, na qual estamos inseridos, englobando diferentes tecnologias como Inteligência Artificial, robótica e Internet no meio laboral.
Torna-se evidente, portanto, como as prioridades empresariais mudaram atualmente e não se concentram mais tanto nas hard skills. Acima de tudo, localizar e acolher o quadro com uma boa recepção e convivência ajuda na retenção de talentos e no aumento do engajamento. Assim, promove-se a produtividade e a redução nos índices de turnover.
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