Uma das datas mais esperadas e celebradas no ano é o Natal e esse dia já é amanhã! Para comemorar de uma forma diferente, com cultura, arte e conhecimento de mundo, visitar exposições pelo Brasil afora é uma ótima opção. Pensando nisso, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) separou algumas dessas oportunidades para facilitar aos interessados encontrar boas experiências no ramo, confira agora!
Tradicionais, Modernos e Contemporâneos – Presépios MAS (São Paulo, SP)
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, em comemoração às festividades natalinas, exibe a mostra “Tradicionais, Modernos e Contemporâneos – Presépios MAS”, com um total de 11 conjuntos criados em momentos diferentes da história, do século XVII ao XXI. De origens distintas como Bologna (Itália), Embu das Artes (Brasil), Napoli (Itália), Portugal, Sorocaba (Brasil), Paris (França), Aparecida (Brasil), os presépios são parte do acervo do local, o qual possui um total aproximado de 160 conjuntos, em diversas técnicas. Dos selecionados para essa edição, dez deles foram posicionados entre as obras da mostra de longa duração – “Arte Sacra Através dos Séculos”.
Nos jardins, o público encontra um site-specific, resultado de uma collab entre os artistas Icaro Hueza e Vagner Rodrigues. Enquanto as peças criadas por Rodrigues, tramadas em alumínio por suas hábeis mãos, inserem a contemporaneidade ao ambiente histórico, os itens elaborados por Hueza destacam-se por sua representação fiel das imagens tradicionais, com riqueza de detalhes. A visitação ocorre até o dia 8 de janeiro de 2023, de terça-feira a domingo, das 9 às 17h com entrada permitida até às 16h30 na Avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô). É cobrada uma taxa de R$ 6,00 (Inteira) e R$ 3,00 (meia entrada para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem), a não ser aos sábados, quando há gratuidade.
Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar (São Paulo, SP)
A obra conta com trabalhos do artista de origem indígena: Xadalu Tupã Jekupé. A mostra denuncia como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo progresso dos grandes centros urbanos. Lá, no Museu das Culturas Indígenas, é refletido sobre a violência dessa invasão e a segregação étnica vivida pelo povo Guarani. As visitas acontecem às terças, quartas, sextas, sábados e domingos, das 9h às 18h e às quintas das 9h às 20h, na rua Dona Germaine Burchard, 451. A disponibilidade é até 31 de dezembro deste ano e é cobrada uma taxa de R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada) para entrada, sendo gratuito nas quintas-feiras.
Nova Fotografia 2 (São Paulo, SP)
Essa recente exposição reúne séries de três artistas contemporâneos. Em “As primeiras vezes que fui a vênus”, Victor Galvão apresenta um exercício de investigação sobre desertos e paisagens a partir da perspectiva de ser um estrangeiro. “Plano de Voo”, de Carolina Koff, é inspirada em verdades e mentiras sobre uma mulher chamada Olga, a qual tirou o brevê de avião em 1943, aos 25 anos de idade. Já em “Museu da Loucura – do Barroco ao Eletrochoque”, de Ck Martinelli, o espectador se depara com poucas imagens de outro museu. Um espaço de aprisionamento, mostrando a história por memória e a loucura alheia. Até o dia 22 de janeiro de 2023, está presente Avenida Europa, 158 - Jardim Europa (1º andar do Museu), com entrada gratuita de terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h.
Conexão Sagrada, Visão Global (São Paulo, SP)
Uma das características das obras de Chico da Silva é o fato de seus desenhos e pinturas surgirem de forma espontânea, no momento se sua criação, como involuntários impulsos de sua imaginação. O artista não teve, de maneira formal, nenhuma influência de outros estilos, muito menos de escolas de pintura. Seus traços impressionam pela riqueza de detalhes e abstração. Eram dragões, peixes voadores, sereias, figuras ameaçadoras e de grande densidade e formas. Pintor de lendas, folclore nacional, cotidiano e seres fantásticos. Nesse sentido, “Conexão Sagrada, uma Visão Global” exibe o imaginário de Chico da Silva com criaturas quiméricas, frequentemente vistas se devorando ou em posição de combate. A visitação ocorre no Museu de Arte Sacra de São Paulo, Avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô) até o dia 8 de janeiro de 2023, de terça-feira a domingo, das 9 às 17h. Para entrada, é cobrado R$ 6,00 (Inteira) e R$ 3,00 (meia), com gratuidade aos sábados.
Nakoada: Estratégias para a Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou, em 9 de julho, a exposição “Nakoada: Estratégias para a Arte Moderna”, com curadoria de Denilson Baniwa e Beatriz Lemos. A mostra busca acrescentar novas camadas às discussões geradas pelo centenário da Semana de 1922, propondo caminhos para o futuro. A mostra conta com trabalhos de quatro artistas contemporâneos convidados a criar especialmente para a ocasião: Cinthia Marcelle, Mahku (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Novíssimo Edgar e Zahy Guajajara. Também estão presentes obras das coleções do MAM Rio de expoentes do modernismo brasileiro, como Alberto Guignard, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Candido Portinari, Djanira, Di Cavalcanti, Ismael Nery, José Pancetti, Oswaldo Goeldi e Tarsila do Amaral, entre outros. O funcionamento é nas quintas e sextas, das 13h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h no MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo). A data limite de visitação é 29 de janeiro de 2023 e o valor é gratuito.
Nakoada é uma estratégia de guerra do povo Baniwa da região do Alto Rio Negro para elaborar novas possibilidades de permanência no mundo. O conceito orienta a curadoria da exposição e resume a tática de mergulhar na compreensão de aspectos de outra cultura para a garantia da própria sobrevivência. Se, de início, esta prática era usada por eles para lidar com outros povos originários, hoje é repensada para a relação com culturas não-indígenas. De acordo com a curadoria, o objetivo é mostrar pontos de partida alternativos para refletir sobre uma produção artística engajada com alguns dos ideais modernos, mas escapa de suas armadilhas, além de propor uma revisão crítica do modernismo.
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