Os pensamentos fazem parte da nossa vivência e evitá-los é, de fato, uma missão impossível. Dada a sua constância em nossa mente, eles conseguem ter certa influência em nossas atividades, como transmitir sentimentos e energias. Nesse sentido, apesar de existir o otimismo, ele nem sempre é algo presente e perde espaço para as imaginações negativas. Esse padrão pessimista, principalmente, dentro do mercado de trabalho pode bloquear algumas ações e prejudicar o seu desempenho e até de demais pessoas. Então veja, nesta matéria, como eliminar as concepções ruins da nossa cabeça pode ser favorável para a carreira.
Observar as coisas por um viés desfavorável pode dificultar o seu alcance
Durante uma trajetória profissional, seja para os iniciantes em busca de uma oportunidade de estágio ou aprendizagem e até mesmo para quem já é familiarizado com o mercado, a falta de confiança pode afetar alguns resultados e impedir o seu avanço para uma próxima etapa. Essa sensação pode ter sido desencadeada pela constante criação de cenários desagradáveis. A partir disso, considerando o contexto empresarial, é possível observar algumas situações onde esse empecilho é mais comum de aparecer:
Entrevistas de emprego: esse instante é crucial para alcançar uma posição e mudar a dinâmica da sua vida. Claro, existe uma pressão em cima disso e muitas coisas conspiram a favor da insegurança. Porém, estimulá-la não é o melhor caminho para se tranquilizar. Logo, acostumar o seu cérebro com a resposta negativa antes mesmo dela acontecer, pode não te ajudar a fazer diferente, afinal, você já está convencido com o resultado.
Uma etapa como essa causa certo medo, no entanto, ela não deve ser sempre vista como um bicho de sete cabeças. Isso porque a fase não trata nada além de uma apresentação pessoal. Portanto, basta fazer uma autoavaliação, separar seus pontos e outros processos antes de desistir mentalmente de conquistar o ofício pelo qual você tanto buscou.
Feedbacks: no momento de conversar sobre resultados a insegurança acaba tomando as nossas reflexões. Porém, esse retorno não é exclusivamente negativo e, mesmo quando obter esse viés, ele deve ser convertido em mudança e crescimento, não apenas uma crítica. Logo, é imprescindível listar as suas atitudes de sucesso para superar essa situação de angústia.
Escolha de carreira: isso é tratado pela sociedade como uma decisão efetiva, por isso ganha tanta importância. No entanto, tudo pode ser mudado, até mesmo sua área de atuação. Então, é essencial se conceituar como a insatisfação é uma opção e pode ser revertida em outras buscas, novos conhecimentos e objetivos. Afinal, atualmente muito se fala da transição de carreira e como muitos indivíduos têm alcançado novos caminhos profissionais a partir da atitude. De acordo com pesquisa da consultoria de RH EDC Group, 91% dos participantes disseram ter mudado seu propósito de vida durante a pandemia.
Decisões importantes: esse processo sempre exige uma avaliação mais crítica, sendo necessário ponderar diversos cenários. Porém, sempre considerar a falha no planejamento pode ser o problema. Isso porque apesar de tudo ter dois lados, o bom deve se sobressair quando ansiamos por algo.
Contato com pessoas negativas: às vezes isso não faz parte da sua conduta, mas ao ter contato com outros indivíduos com essa visão de mundo, a sensação pode ser transpassada. “A negatividade acaba sendo passada de um para o outro, talvez até de maneira inconsciente. Afinal, elas estão sempre comentando sobre situações infelizes ou observando apenas os acontecimentos ruins do ambiente e, assim, podem te influênciar a enxergar o universo dessa mesma maneira”, explica o escritor e terapeuta, William Sanches.
O sentimento de medo e insatisfação em grandes quantidades podem ocasionar em uma crise existencial
A crise existencial se inicia com algum tipo de insatisfação, um questionamento sobre um aspecto específico, gerando uma angústia constante. Sendo assim, quando a situação chega a um ponto intolerável, a pessoa passa a ter confusão com a própria identidade, desencadeando uma preocupação crônica com seu propósito. “As crises e adversidades da vida ocorrem de modo quase sempre imprevisível. A forma de lidar com elas dependerá, em boa parte, da resiliência, da capacidade de encarar transformações e de tomar decisões”, reflete a psicóloga Monica Machado. Além disso, ela deixa quatro maneiras para evitar o alcance desse nível:
Não se pressione: o fato de um novo comportamento remeter a uma ação definitiva pode gerar uma barreira emocional. Sendo a pressão interna uma delas, a motivação inicial pode se tornar uma armadilha ao provocar um esforço excessivo no começo do processo e uma desistência no meio do caminho.
No entanto, é possível fazer uma reprogramação mental menos penosa, podendo adotar novas modificações sem sentir intimidação por isso. Então, tente definir seus objetivos em curto, médio e longo prazo, a depender do grau de dificuldade de cada um. Também seja realista ao compreender quanto tempo e disponibilidade serão precisos para efetivar suas metas.
Faça um check list da sua vida: identifique se tem algo de errado e quais comportamentos você quer mudar. Pense em quem você é, quais os seus valores e objetivos. Sinta se você está feliz com o seu estágio atual ou apenas acomodado. Assim, quando percebemos nossas prioridades, começamos a enxergar as possibilidades de construir uma nova forma de viver.
Não tenha medo de mudanças: muitas pessoas encaram as alternações como algo ruim, pois se sentem fora da zona de conforto. Contudo, muitas vezes, é preciso abandonar o planejamento anterior, pois já não somos mais os mesmos. Afinal, nos correspondemos a seres em eterna mutação, seja internamente ou pela necessidade de seguir a evolução do mundo.
Aposte na terapia: caso você já tenha algum bloqueio emocional, transtorno de ansiedade ou dificuldade para sair da zona de conforto e se adaptar ao novo, será preciso ajuda profissional para desenvolver o potencial de enfrentar os desafios.“Psicoterapias proporcionam a possibilidade de desenvolvimento pessoal, a partir da investigação do modo de ser de cada um. Quando o indivíduo amplia e aprofunda o conhecimento sobre si mesmo, ele passa a dispor de instrumentos para lidar melhor com os obstáculos e as dúvidas inevitáveis”, conclui Monica.
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