O início de um ano é um momento muitas vezes de reflexão, as pessoas se sentem pensativas sobre suas escolhas, objetivos e metas para o futuro. Logo, é comum parar para pensar na carreira, onde cada um gostaria de estar e se vê daqui alguns anos. Nessas situações, a possibilidade de mudar de ocupação, conquistar uma nova posição ou até mesmo abrir um negócio vem à tona, mas, para realizar esses sonhos é necessário foco, persistência e investimento em uma transição. Isso tudo tendo em vista, principalmente, como o mercado se mostra gradativamente mais competitivo, com uma quantidade elevada de profissionais se comparado com as oportunidades disponíveis, ainda instável devido às consequências da pandemia e do panorama político e econômico. Assim, é preciso estar ciente das pedras no caminho e chances à frente, confira mais sobre!
Com um novo ano, possibilidades não exploradas vem a tona
Em conjunturas tão voláteis, muitas vezes a população se encontra cansada e desgastada da busca por uma colocação, por isso, procuram uma solução rápida para alterar essa realidade, a qualquer custo. O risco dessa variação desestruturada é gerar novas insatisfações em um curto prazo, além de outros impactos, como na vida financeira e familiar.
Os processos bem sucedidos desse meio são feitos com planejamento e entender os motivos da infelicidade do momento é um bom começo. “O mundo atual requer uma adaptação frequente às mudanças, um jeito novo de fazer, mesmo nas profissões mais tradicionais e neste período, com um cenário turbulento, esse ponto solicita especial atenção, pois exigirá de cada um uma dose maior de resiliência e persistência. Portanto, se a insatisfação existe porque o profissional deseja atuar como no passado, no emprego anterior, por exemplo, uma renovação de emprego não irá resolver”, explica a consultora de transição de carreiras e desenvolvimento de talentos da Consultoria LHH, Cristiane Mazotto.
Pontos a serem analisados
Além disso, outras questões precisam ser analisadas para identificar um desígnio, como a história do sujeito, quais os seus talentos, seus valores, oferecimentos ao mundo, o causador do brilho em seus olhos. “Se o indivíduo não estiver alinhado ao seu propósito, os obstáculos surgidos no dia-a-dia pesarão cada vez mais e ele se sentirá esgotado. Já se estiver ajustado, tais empecilhos serão percebidos como desafios, os quais o farão se desenvolver cada vez mais. Ele terá mais clareza e capacidade de enxergar as possibilidades de crescimento e as etapas a serem cumpridas, mesmo se isso implicar em renunciar a posição, cargo ou dar alguns passos para trás para recomeçar”, afirma Cristiane.
Quanto maior a natureza dessa alteração, o tempo a ser dedicado ao planejamento também cresce. “Sabemos como todo recomeço requer maior aprendizado e tempo para gerar resultados, por isso é fundamental ter uma boa reserva financeira e uma nova forma de gastar os seus recursos, até a nova carreira ser rentável”, orienta a especialista.
Nesse estágio é interessante investigar as necessidades do âmbito, checar se é preciso se atualizar nas sabedorias técnicas e desenvolver competências comportamentais complementares. Cristiane afirma ainda como agora é o momento de traçar um plano de ação prático, com metas e datas bem definidas para o interessado estar preparado para colocar tudo em prática no início do próximo ano, quando grande parte das entidades abrem seus processos seletivos. Em toda essa jornada, o labutador precisa ser o protagonista, ter a capacidade de aprender, desaprender e agir, colocar as ideias em movimento. “Além disso, ampliar conexões com pessoas da área e saber buscar ajuda de um coaching e/ou mentor agregando conhecimento, experiência e metodologia para agilizar e viabilizar o seu plano é fundamental”, conclui a consultora.
A idade pode ser um impedimento para a mudança?
No Brasil, a população acima dos 50 anos já ultrapassa os 54 milhões e, nas próximas décadas, a estimativa é desse número aumentar, com cerca de uma parcela superior a metade dos trabalhadores da nação tendo 45 anos ou mais. Em 2050, seremos o sexto país mais velho do mundo, à frente de todas os outros territórios em desenvolvimento, segundo dados divulgados pela Forbes. Além disso, também de acordo com uma pesquisa divulgada pela mesma entidade, 80% das mulheres enfrentam situações de preconceito em virtude dessa característica, são situações incluindo desde terem suas opiniões ignoradas até não serem convidadas para reuniões importantes. Enquanto isso, levantamentos mostram como elas dominarão nos próximos 20 anos. Segundo a consultoria Hype50+, acima da metade da mão de obra brasileira terá pelo menos 50 anos até 2040.
Dentro desse contexto, a vereadora Cris Monteiro conta um pouco sobre a sua vivência, depois de 30 anos atuando no campo financeiro e consolidada em um banco internacional, se reinventou aos 58 anos ao perceber precisar estar a serviço da população. "Eu não tinha noção do meu papel enquanto mulher naquele ambiente. Deixei passar muita coisa por falta de consciência, como ser interrompida em uma reunião ou ver os caras tentando explicar coisas as quais eu já tinha falado", reflete.
Nessa época, havia despertado nela uma vontade de levar a sua experiência, principalmente o seu olhar pelo gênero feminino, para o serviço público. Então, em 2018, se candidatou à deputada estadual e não foi eleita. Tentou de novo e conquistou o mérito como vereadora por São Paulo em 2020. “Ganhava dez vezes mais no banco, mas optei por fazer política para mulheres”, explicou. “Sempre as ouvi. Contratei quatro grávidas, inclusive uma de sete meses, promovi outras em licença-maternidade.Tenho, por exemplo, um projeto de lei onde a empresa criadora de um programa de diversidade e inclusão, promovendo palestras sobre prevenção ao assédio moral, vai ganhar um selo comprovando ser amiga da mulher e esse público vai poder consumir mais o produto ou serviço”, acrescenta.
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Confiamos na sua capacidade de se inteirar do mercado e fazer boas escolhas profissionais futuras!
