De acordo com uma pesquisa realizada em março de 2022 pela Grant Thornton, as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil. Enquanto isso, no mesmo levantamento publicado em 2019, essa parcela representava um total de apenas 25%. Embora tenha ocorrido esse aumento de 13% nos últimos três anos, o número ainda não é proporcional ao preparo e qualificação do grupo em pleno século XXI. No cenário atual, mesmo com uma significativa evolução nas últimas décadas, o espaço ainda é ocupado majoritariamente pelos homens, principalmente quando falamos sobre os altos cargos. Sendo assim, compreenda os desafios ainda enfrentados pelo gênero feminino e como essa realidade pode se adaptar a um futuro mais igualitário.
As transformações nas lideranças
A igualdade de gênero já é um assunto em pauta há muito tempo. Inseridos em uma sociedade marcada pelo patriarcalismo, por um longo período as mulheres estiveram distantes do meio laboral e estavam sujeitas aos serviços domésticos. Por essa razão, esse ambiente foi consolidado durante séculos pelo sexo masculino, desenvolvendo inúmeros preconceitos estruturais a repeito do potencial do outro grupo em exercer os mesmos papéis.
Conforme o estudo Atitudes Globais pela Igualdade de Gênero, divulgado pela Ipsos, 27% dos brasileiros dizem se sentir desconfortáveis em ter como chefe uma mulher. Apesar desse índice ser ainda maior entre os homens (31%), 24% das trabalhadoras pensam da mesma maneira a respeito do assunto. O percentual do nosso território se iguala a países como Coreia do Sul, Índia e Malásia, reconhecidos por ultrapassar a média global de 17%.
Nesse sentido, fica nítido como os desafios para a gestão de pessoas variam entre o público interno e externo, sendo necessário manter o equilíbrio entre a qualidade e o prazo das produções. “Precisamos estar atentas a todos ao mesmo tempo, como uma maestrina regendo uma orquestra, e perceber quando algo está errado para mudar pessoas e/ou processos e a execução mantenha-se como planejada. Sem dúvidas, nosso estilo reforça como o modelo do novo líder passou daquela figura rude e autoritária para alguém participativo, auxiliando e unindo sua equipe”, comenta Ivani Mariano, gerente de obras da Yticon.
Longe de estarmos sob as mesmas condições de antigamente, hoje em dia aquelas com acesso à educação formal são caracterizadas por se dedicarem ainda mais aos estudos e desfrutarem de uma maior facilidade para desenvolver as soft skills. “Já ouviu falar de liderança democrática e humanizada? Então, nesse sentido, essa modalidade acaba sendo um grande diferencial, haja visto o nosso olhar mais focado no indivíduo e suas emoções. Por isso, por exemplo, temos muito mais cuidado ao darmos feedback sobre a realização de um trabalho e analisamos bem mais as situações antes de tomarmos alguma decisão importante”, acrescenta Ivani.
Ademais, são inúmeras as vantagens de apostar na diversidade. Além da esfera social, a rentabilidade das companhias também usufruem da gama de ideias, criatividade e consolidação de soluções inovadoras. Logo, a inclusão deve ser feita a fim de atender a demanda pela pluralidade de grupos. “Ser a única na gestão de uma equipe - quase totalmente composta por homens - deixa evidente a necessidade de ainda provar nossa capacidade e experiência para resolvermos as demandas. Então, ora temos de ser flexíveis, ora mais firmes dentre os demais. Ou seja, muito jogo de cintura e resiliência”, ressalta a gerente de obras da Yticon.
A ESG e seu papel social!
Desde meados de 2004, a ESG está em alta pelo mundo. No decorrer do tempo, a pandemia da Covid-19 atuou como catalisador na implementação de ações pertinentes ao tema nas corporações. Distante de ser composta apenas por objetivos sustentáveis, a agenda mundial também busca a implementação de políticas públicas em prol do caminho a ser seguido pela humanidade até 2030. Portanto, a adoção de tais práticas é fundamental para esse coletivo conquistar novos cargos nas firmas.
Analisando bem a sigla em questão, é possível compreender perfeitamente a criação de um movimento positivo de um ecossistema sem perdas. Enquanto a primeira letra está associada às condutas corporativas voltadas para o meio ambiente, a segunda se concentra no pilar social desse tratado, envolvendo clientes, colaboradores e população em geral. Na sequência, o último ponto é centrado no respeito à governança laboral, incluindo todo o sistema no qual os estabelecimentos são dirigidos, monitorados e incentivados. Isso abrange o relacionamento com sócios, conselho, diretoria e stakeholders.
Para Dani Verdugo, CEO do Grupo THE, o reconhecimento de valores é essencial para manter a boa convivência nos negócios. “Quando encontramos funcionárias em posições altas dentro de uma instituição, sabemos como o papel dela será fundamental para criar ambientes mais criativos e acolhedores. Além disso, as líderes femininas costumam ter um olhar mais empático e sensível com o time, ajudando tanto no reconhecimento de valores de um membro, quanto no impacto direto nos da organização”, pontua.
Outro ponto interessante, é o impacto direto da agenda na percepção dos consumidores. Nesse mundo interconectado, o ponto de vista do público faz toda a diferença na hora de julgar o posicionamento de uma marca frente à concorrência. Afinal, tudo isso está diretamente ligado à geração de empregos e investimentos na comunidade local. “Quando falamos no âmbito da governança, por exemplo, as boas práticas de conduta da organização e ética gera um bom posicionamento e reputação. O fato é: todos os princípios da agenda são de impacto e independem de porte e setor”, acrescenta Dani.
Torna-se evidente, portanto, a importância do apoio entre as mulheres nessa caminhada. Como nunca, o espaço conquistado por elas deve ser muito bem aproveitado e utilizado como fonte de inspiração para aquelas em formação. Ainda, o reconhecimento por parte do gênero oposto também se faz necessário na hora de demonstrar consciência e ética. Assim sendo, a conquista de uma posição de destaque dentro de uma entidade, tende a influenciar outras a fazerem parte desse crescimento.
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