O mercado de trabalho vem passando por processos de transformação continuamente. Da mesma forma como a sociedade no geral, o meio corporativo é impactado pelo intenso e rápido desenvolvimento tecnológico e científico, assim como crises econômicas, sanitárias e políticas. Nesse sentido, pesquisas e especialistas apontam quais as habilidades mais procuradas no profissional do futuro, sendo capacidade de adaptação, qualificação técnica e noções de programação alguns exemplos. Veja mais sobre o assunto e saiba como se preparar!
Principalmente com a pandemia e a expansão do Covid-19, tecnologias como um todo passaram por fortes aprimoramentos. O isolamento social trouxe a obrigatoriedade de manter a população em quarentena em casa e, com isso, o home office foi implementado firmemente. Nesse sentido, softwares de recrutamento e seleção, por exemplo, são uma ferramenta já usada pelas empresas para trazer mais agilidade e precisão nos processos, otimizando o trabalho humano. É a maneira mais precisa de encontrar profissionais com habilidades se encaixando nas vagas.
Em relação às capacidades e cenários do futuro, é importante ressaltar como a inteligência artificial (IA) vai gerar empregos. Conforme prevê o Fórum Econômico Mundial, a automação e a IA devem criar aproximadamente cem milhões de novos cargos nos próximos três anos, além de modificar diversas funções já existentes. Segundo um estudo realizado pela Adecco em parceria com a consultoria LHH, a tendência é analisar a produtividade pelo resultado e não pelas horas atuadas. Essa mudança vem se concretizando, por exemplo, com a semana de quatro dias adotada por organizações no Brasil e no mundo.
Outro ponto é como os empregos do futuro estarão no metaverso, mas essa já é uma realidade também do presente. De acordo com uma pesquisa global feita pela Microsoft, mais da metade dos funcionários entrevistados (52%) se consideram abertos aos ambientes imersivos no mundo digital para realizar atividades de ofício. “Esse universo e o setor empresarial estarão mais integrados, pois além de ser a mais nova revolução do mundo tech ele já trouxe algumas transformações para o ambiente laboral. Muito além do entretenimento, a nova solução promete trazer oportunidades às organizações, ao proporcionar experiências únicas aos clientes, para conhecerem, experimentarem e consumirem produtos e serviços. Assim, as pequenas, médias ou grandes firmas poderão aproveitar as vantagens tanto para fortalecer a marca, quanto para atrair novos consumidores e gerar negócios”, explica Rogério Passos, CEO da Link3.
Com as perspectivas macroempresariais, existem também expectativas em relação às características e competências esperadas pelos recrutadores. Nesse sentido, a capacidade de se comunicar e atualizar constantemente chama a atenção. A facilidade para administrar os relacionamentos, como inteligência emocional, relações interpessoais e comunicabilidade oral e escrita continuarão sendo essenciais em qualquer área. Além disso, quem deseja se preparar para uma carreira existente daqui a 15 anos precisa acompanhar atentamente as mudanças. Pesquisar, ler, buscar informações sobre as ocupações deixando de existir e quais estão sendo impactadas são algumas dicas. Assim, é necessário pensar em como vai estar o mundo em longo prazo. Isso porque, normalmente, é comum passar algum tempo na faculdade e, depois, o dobro disso para construir e consolidar uma carreira.
Investir no autoconhecimento e cultivar o olhar voltado para si mesmo também é fundamental para identificar gostos a respeito da atividade desempenhada. Logo, é relevante descobrir, por exemplo, se prefere atuar sozinho ou em grupo, aprecia interagir com pessoas? É mais adepto a tarefas demandando concentração, ou preza pela criatividade? Essas são perguntas interessantes a se fazer para trilhar uma jornada assertiva e direta.
Para se manter com diferenciais competitivos no mercado de trabalho, é importante buscar constantemente qualificação técnica. Nessas circunstâncias, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) pode auxiliar, mantendo atualizado sobre o mercado, quais os critérios mais utilizados pelos avaliadores para selecionar pessoas e os requisitos de determinadas áreas e vagas. Garantir essa atualização constante e buscar qualificação técnica são atitudes as quais ajudam a nortear os caminhos e perceber o necessário a ser desenvolvido em termos de competências.
A relevância das soft skills nesse meio
Soft skills são capacidades humanas as quais favorecem a conexão com outros sujeitos, como flexibilidade, facilidade de se expressar corretamente, trabalho em equipe e gestão de tempo. Isso tudo, quando bem trabalhado e incentivado, promove um espaço de segurança psicológica onde os colaboradores se sentem aceitos, inclusos e escutados, facilitando a convivência. No entanto, para colocá-las em ação é preciso ir muito além do discurso. São necessários estudo, esforço e dedicação para adotar esse conceito junto à cultura corporativa de uma organização, mas o resultado pode ser gratificante, com a criação de um local de inclusão, principalmente de grupos minorizados.
Uma pesquisa realizada no Brasil por Andrea Lorio, palestrante e escritor de best-seller sobre liderança e transformação digital, aponta como 93% das firmas participantes dão preferência para detentores dessa aptidão, mesmo se tiverem menos conhecimento técnico. Do total das entidades ouvidas no estudo, 75% ainda declararam ter como prioridade nos próximos dois anos proporcionar treinamentos nesse segmento. “Como ensinar e incentivar essa prática no ambiente corporativo? Hoje, o mercado já oferece cursos, treinamentos e workshops sobre o tema. Falta é valorização e reconhecimento de como elas podem agregar bem-estar e motivação”, indica Cris Kerr, CEO da CKZ Diversidade.
É importante lembrar, como elas devem ser desenvolvidas também nos cargos de alta e média liderança, tendo em vista o propósito de inspirar quem está ao redor. O ideal é iniciar as instruções pelas posições mais altas. Assim, a renovação se torna mais natural e efetiva, em razão dos gestores poderem contribuir para a transformação no comportamento de funcionários. “Independentemente da área de atuação, as soft e as human skills são fundamentais para a construção de uma corporação alinhada com as necessidades atuais. Apesar disso parecer não passar de senso comum, ainda há muito para se estudar e desenvolver a partir desse conhecimento”, finaliza a especialista.
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