Você encontra obstáculos ao liderar funcionários mais jovens, sejam eles aprendizes, estagiários ou efetivos? Caso a resposta seja positiva, a recomendação é abrir os olhos e adaptar-se para esse novo contexto. Segundo dados levantados pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Geração Z, atualmente, representa a maior parcela geracional do planeta, com 32% da população mundial. Apesar da dominância numérica, sua aparição no mercado de trabalho é identificada como um desafio para a maioria dos gestores. O contexto pandêmico somente colaborou para a problemática, pois reduziu o contato dos líderes com essa garotada, justamente, em seu ingresso no universo laboral. Quer descobrir como adequar-se à realidade? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Relação da Geração Z com o mercado
Com a recente inserção de jovens, nascidos a partir da década de 2000, no ecossistema organizacional, o tradicional perfil de um chefe tem exigido mudanças. Cada vez mais, o modelo zangado, inflexível e cheio de ordens absolutas tem ficado para trás. Em um mundo imerso pelo digital, a maleabilidade deve ser mantra de atuação para qualquer um. Por isso, métodos de comando mais próximos aos colaboradores têm se tornado frequentes. “O modelo antigo de gestão, pautado no famoso ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’, não emplaca a cultura da empresa, tampouco estimula o engajamento”, explica o especialista em atitude e comportamento, Rodrigo Cardoso.
Com a chegada de uma nova “leva” ao mercado, é necessário movimentar toda a estrutura ocupacional. Naturalmente, a maneira como eles tratam o ofício é díspar, quando comparada com os Millennials, por exemplo. Atrair e reter os talentos mais jovens não é fácil. Vai muito além de oferecer salários, benefícios e um plano de carreira definido. “Cultura, propósito e flexibilidade passam a ser fundamentais para captar as melhores pessoas. Esse esforço deve ser protagonizado pela liderança e não terceirizada somente ao RH. Só assim, conseguirão evoluir e formar um time pautado à alta performance, gerando valor no longo prazo”, pontua o sócio da NG CASH, Eduardo Nadelman.
Para tanto, é crucial abandonar certos comportamentos do passado e abraçar os contemporâneos. Claro, alguns costumes vigentes ao universo dos negócios, naturalmente, se manterão. Não há o porquê de excluir hábitos funcionais, os quais estruturam a prática trabalhista. Porém, principalmente quando se trata do contato entre diferentes hierarquias, há muito a ser adaptado. “Todos os comandantes têm prós e contras. Se, por acaso, um gerente se mantiver, somente, no papel de amigo, seu perfil de autoridade pode perder o efeito. Logo, é preciso saber conciliar entre diferentes modelos de regência”, ressalta Cardoso.
Preferências da Geração
A própria relação formal do indivíduo com a metodologia de ocupação tem sido transfigurada. As dinamicidade e maleabilidade das práticas, vigentes ao moderno, possibilitam o surgimento de uma nova gama de alternativas. A aparição de plataformas mais acessíveis, encontradas diretamente nas redes, é um dos fatores responsáveis por abrir essas portas. “Hoje, qualquer pessoa pode, sem sair de casa, abrir uma empresa, criar um produto, desenvolver uma solução, investir em marketing digital e escalar algum negócio sem precisar investir muitos recursos. Essa transformação mostrou como ser protagonista de sua própria carreira”, destaca Nadelman.
Antes de debater a necessidade de adaptar o contato entre chefe e colaborador, é preciso ressaltar uma problemática predecessora: o cidadão nascido nos anos 2000 não pretende responder a um coordenador. O intuito geral desse grupo é se desvencilhar da imagem de um líder e tomar, sozinho, seu o rumo. Diferentemente dos mais velhos, os quais se viam estruturalmente restritos a cargos tradicionais, a juventude encontra um cenário capaz de fomentar o empreendimento. Parte dessa tendência decorre da disponibilização de recursos pela Internet. A partir da web, qualquer um pode lançar-se em frente a um teclado, câmera ou microfone e começar a produzir conteúdo de forma independente.
Dicas para gerir os mais jovens
A fim de encantar os novos ingressantes do mercado e provocar o seu engajamento, deve-se agarrar em alguns mecanismos facilitadores. No passado, seguir uma carreira estratificada, com anos dedicados a uma única organização, era sinônimo de sucesso. Com as novas gerações, isso mudou. A instantaneidade foi colocada no centro do debate e, hoje, é a estrela guia dessa garotada. Por isso, o diálogo precisa ser cada vez mais assertivo. Para quem se acostuma a consumir pílulas de conteúdo, com não mais de 30 segundos, uma reunião facilmente é taxada como entediante. Veja a lista abaixo e entenda como incentivar um bom relacionamento com esse público.
Invista no crescimento: uma das principais exigências correntes ao mercado é a devoção ao aprendizado constante. Logo, para incentivar quem chega, deve-se conversar com o ideal de lifelong learning. Para tanto, é preciso promover um sentimento de evolução. Assim como um curso ideal, o indivíduo deve voltar para casa, todos os dias, com algo novo apreendido. Essa responsabilidade cabe aos orientadores e pares, os quais respondem à demanda de repassar seus conhecimentos.
Delimite objetivos: qualquer exercício é realizado com maior determinação quando se determina, claramente, as metas a serem alcançadas. O senso de desafio é um combustível capaz de impulsionar a Geração Z até o êxito empresarial. Para tanto, as companhias devem demonstrar sua vontade de receber esforços da molecada. Além disso, procure transparecer quais os impactos reais da sua contribuição. Ter a ciência do efeito de seus atos é um excelente motivador, o qual retira o pensamento do abstrato e induz ao real.
Forneça autonomia: impor um ambiente onde apenas se faz o ordenado não se alinha ao contemporâneo. Além de apresentar demandas fixas – as quais são exigências do mercado – busque fomentar a criatividade. Dê espaço, em reuniões, para a captação de ideias, incentivando, assim, a veia inovadora desses talentos. Essa mudança implica em uma sensação de pertencimento. Quando uma corporação adere as suas ideias, parte de você é estendida para dentro do laboral. É dessa forma como a mágica acontece. Dar autonomia é incluir os empregados como parte intrínseca à construção.
Promova uma atuação flexível: a agilidade no dia a dia é essencial para manter essa geração motivada. Em decorrência do on-line, as coisas devem acontecer tudo, em todo lugar e ao mesmo tempo. As burocracias, por exemplo, são vistas como um conceito já ultrapassado. Por isso, devem ser resolvidas o mais rápido possível. “A flexibilidade, por sua vez, deve servir como máxima. Espera-se oferecer um ecossistema capaz de suportar diferentes métodos de atuação. Precisa-se entender a disparidade entre as pessoas e cobrá-las por resultado, não horas de expediente”, finaliza Nadelman.
Gostou das dicas? Então, atente-se a quem chega no meio, estenda sua mão para a novidade e, claro, compartilhe o conteúdo com os amigos! A hora para aprimorar o seu contato perante os mais jovens é agora, basta ter iniciativa. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo ao máximo, deixe sempre as notificações ligadas. Mantenha seu cadastro atualizado, atenda às nossas ligações e consulte o seu e-mail para não perder nenhuma novidade.
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