Encarar um grande público não é algo simples, essa ação exige muito além de simpatia para ser desenvolvida com assertividade. Dentro do mundo empresarial, essa habilidade é algo fundamental para demonstrar a sua intenção e participação concreta nos projetos. Não apenas isso, mas pode ser um ponto de partida para a conquista de uma oportunidade de aprendizagem, estágio ou efetivo. Então descubra, nesta matéria, como desempenhar bem a sua fala gera uma vantagem para o seu perfil corporativo.
O que é falar em público dentro do ambiente empresarial?
Essa atividade está sempre relacionada com a imagem de um palco e uma grande platéia a espera de um espetáculo. No entanto, as situações podem ser bem mais simples, como uma entrevista de emprego. Apesar da etapa ter passado por diversas reformulações ao longo dos anos e, agora, ser executada em sua maioria, no ambiente digital, a dinâmica de apresentação ainda é a mesma. A situação de diálogo anterior, exige uma estruturação de tópicos importantes sobre o seu perfil, um bom desenvolvimento da oratória e por fim, fazer sentido para o ouvinte, nesse caso, o selecionador.
A participação de mais pessoas, geralmente, os outros candidatos ou componentes da equipe. Mesmo em uma quantidade reduzida, esse grupo descarta a possibilidade de uma sessão individual, sendo uma das ocasiões para aplicar essa competência. Existem outros cenários previstos por quem já está dentro desse meio, eles podem ser em palestras, reuniões, apresentações, orientações, troca de idéias e muito mais.
Afinal, por que existe o medo de falar em frente às pessoas?
Esse medo em excesso pode ser denominado como glossofobia e atinge uma alta porcentagem da população. De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal britânico Sunday Times, esse temor ultrapassa o de problemas financeiros, doenças e morte. Dos três mil entrevistados no Reino Unido, 41% responderam como falar em frente a pessoas é ainda pior comparado às outras alternativas.
A estudante de teatro, Milena Toledo explica como surgiu o seu receio quando era necessário expressar sentenças para outros indivíduos. “Eu já tive muito medo disso, às vezes, ainda é uma situação complicada para mim, pois me sinto bastante pressionada e julgada pelos demais. Porém, esses impasses eram estimulados por mim mesma, pois sempre me preocupava em como entenderiam a minha fala, ou qual a opinião de quem estava me ouvindo. Enfim, a minha apreensão era pautada em possíveis convicções externas”, confessa.
Nessa mesma linha de análise, o próprio Núcleo Brasileiro de Estágio fez um levantamento a partir da seguinte questão: “Você tem medo de falar em público?”. Dos 50.789 respondentes, 37,59% disse não, mas precisam estar bem preparados, 32,27% nega e afirmar desempenhar isso com tranquilidade, 20,09% diz depender da situação, mas quando a troca é com conhecidos, o resultado é positivo. Ao contrário desses resultados, 6,40% afirmam ficar muito nervosos e sempre esquecem de tudo, por fim, 3,66% tem medo e odeia se expor devido a condição de timidez.
Apesar das métricas negativas, ainda é possível avaliar os motivos responsáveis por elevar essa prática a uma condição de apreensão e ansiedade. “Para superar essa imposição, a entrada no teatro teve uma influência efetiva, foi virada uma “chavinha” em minha mente e despertou a noção de como isso era uma coisa necessária em minha vida, assim eu consegui me abrir mais para transmitir informações, além da ajuda e treino nas apresentações escolares”, compartilha Milena.
5 dicas para aprimorar a sua comunicação e ganhar a confiança necessária para falar em qualquer situação
Dada a relevância dessa habilidade para o desenvolvimento tanto pessoal quanto profissional, a especialista, Gisele Alves, apresentadora, jornalista e atriz, apresenta cinco dicas essenciais para usar ao seu favor e ser um comunicador de respeito:
Eleve sua empatia: a comunicação é uma via de mão dupla. Praticar o ato de enxergar pelo ponto de vista contrário, pode reduzir a dificuldade e a ansiedade presente nas tentativas de dialogar verdadeiramente com os outros. Por exemplo, compreender o próximo, principalmente, quando ele alerta estar cansado para conversar. Então, desenvolver empatia te ajuda a entender as partes não verbais do processo.
Pratique a leitura: outra boa tática para melhorar a forma como você se expressa, é ler mais. Podem ser livros relacionados a negócios, comunicação, negociação ou a outros assuntos do seu interesse, jornais e até mesmo, artigos da Internet. A leitura ajuda a expandir o vocabulário, o poder de argumentação e a ter uma boa noção de como organizar as ideias de maneira clara.
Treine constantemente: é bastante conhecida a teoria do Steve Jobs: se leva dez mil horas de prática para dominar uma única habilidade - tocar piano, jogar basquete ou tênis. Acredita-se vivamente como isso também se aplica a se relacionar.
Use técnicas de respiração para se concentrar: o nosso cérebro consome cerca de 20% de todo o oxigênio do corpo. Isso acontece porque o órgão precisa bastante desse elemento para realizar suas principais tarefas, desde as automáticas, como garantir o batimento do coração, até as mais complexas, como os processos de atenção e comunicação.
Por esse motivo, utilizar técnicas de respiração para concentração é uma excelente maneira de aproveitar a nossa cognição e ter mais produtividade nas tarefas. Isso sem contar a melhoria na oxigenação do organismo, a qual auxilia no controle da ansiedade, estresse e do humor.
Seja natural e tenha sua própria opinião: procure trabalhar nos pontos citados, mas de forma natural. Não tente copiar a maneira de alguém, por exemplo. A linguagem corporal exerce um papel tão valioso quanto a fala na comunicação. Assim, por meio dela você coloca emoções em suas palavras, enfatiza suas frases, passa segurança e receptividade para as pessoas. Imagine alguém usando a mesma expressão facial para dizer como está triste ou feliz: é no mínimo estranho, não acha? Então, nunca fuja de sua essência e das suas crenças. Dessa maneira, conquistará as pessoas certas sendo você mesmo.
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