Você sabe como funciona a Gestão de Recursos Humanos de uma empresa? Essa é uma área responsável pela implementação de estudos e metodologias administrativas, impactando diretamente o relacionamento do colaborador com a firma. A partir desse gerenciamento de relacionamentos, é possível organizar estratégias para desenvolver a satisfação dos integrantes do grupo e, consequentemente, promover um desempenho vantajoso para o estabelecimento. Dentre os temas de sociologia e psicologia, são analisadas as condutas assertivas na garantia de quesitos comuns e significativos para a convivência humana, tais como: comunicação, conflito, influência, motivação, liderança, qualificação, entre outros. Como tudo pelo mundo, esse é um setor em constante evolução ao longo dos anos. Sendo assim, confira as suas condições atuais e quais as suas perspectivas para o futuro.
O atual cenário do mercado de trabalho
Embora seja consumido por altas demandas, há anos o mercado em geral está por dentro da importância de valorizar a experiência de cada membro das equipes. Com o tempo, as soft skills estão conquistando o seu devido espaço na esfera corporativa, tendo em vista a necessidade de estar equilibrada com as hard skills. Cada vez mais, temáticas como diversidade, inclusão e sustentabilidade são debatidos pelos times ao redor do globo.
Um acontecimento totalmente divisor de águas nos últimos três anos foi a pandemia da Covid-19. Desde então, a realidade de muitos funcionários foi modificada às pressas e sem nenhum aviso prévio. Atualmente, o hibridismo é o regime em ascensão pelo território nacional e está sendo cada vez mais cobiçado pelos trabalhadores. “Desde 2002, já falávamos do home office, mas tivemos uma aceleração nesse processo em 2020. Nessa ocasião, era preciso atuar com as ferramentas on-line e isso auxiliou o processo”, pontua Marcelo Pirani, CEO Cenarium Training.
Nessa conjuntura, muitas corporações ainda estão em dúvida sobre qual é o melhor modelo a ser adotado, considerando o fim do período emergencial e a possibilidade de atuar presencialmente. Apesar de aparentemente interessante, atuar de casa engloba consideráveis questões pessoais, resultando em uma formação de entendimentos distintos sobre a melhor opção a ser seguida. Com a chegada dessa alternativa, os preceitos de atuação diária no escritório precisam ser repensados, tendo em vista as novas concepções acerca de acolhimento e convivência social.
No cenário brasileiro, a tendência é a crescente adoção dessa modalidade nos grandes centros urbanos. “Esse formato é uma boa opção para as pessoas gastarem menos tempo no trânsito das cidades e tem funcionado mais nas metrópoles. Nas cidades menores, pelo fato de a população não perder muito tempo no trajeto até o escritório, esse movimento se mostra um pouco diferente e o presencial pode parecer uma opção mais desejada”, complementa Pirani.
O ponto de vista das lideranças de RH
No contexto atual, é indispensável o incentivo ao convívio humano com a tecnologia, principalmente quando falamos sobre o lado profissional de cada um. Com a finalidade de auxiliar os especialistas da área e acompanhar as novas dinâmicas da era virtual, o Gartner realizou uma pesquisa anual com 800 líderes de RH e destacou os pontos de atenção para 2023. Assim sendo, confira os apontamentos de Marcelo Carreira, vice-presidente Go-To-Market América Latina da Access, sobre o assunto!
Efetividade da chefia: essa condição é considerada uma prioridade entre 60% dos líderes do setor e outros 24% relatam como sua abordagem desenvolvedora de liderança não prepara os encarregados do futuro. A partir da consequente evolução social e corporativa, essa posição também sofreu algumas modificações nos últimos anos. A demanda atual é por mais autenticidade, empatia e flexibilidade. Por meio da humanização dos relacionamentos é possível lidar positivamente com as barreiras emocionais do coletivo. “Embora os gestores de RH tentem construir compromisso, coragem e confiança nos líderes para ajudá-los a responder ao chamado, eles ainda continuam distantes entre si. Para modificar esse cenário, é preciso assumir essas frentes para se tornarem eficazes em suas áreas”, pontua.
Design corporativo e gerenciamento de transformações: para 53% dos entrevistados esse é o fator de maior impacto e para mais 45% as transições têm sido cansativas. Após as implementações digitais, o cenário global foi intensamente impactado e culminou em incertezas econômicas e tensões políticas. Mesmo assim, esse tópico ainda é muito valorizado pelos CHROs (Chief Human Resources Officer), principalmente agora em meio a inúmeras inovações. Outro fato interessante apontado pela Pesquisa Gartner Workforce Chance foi a redução da abertura para as novidades entre 2016 e 2022, passando de 74% para 38%. “A fadiga pelas permutações tem ramificações claras. Os especialistas devem ajudar o time a navegar pelo novo cenário e mitigar o impacto trazido em seu ofício e, mais significativo, em seu bem-estar”, acrescenta.
Vivência do colaborador: dentre os participantes, 47% privilegiam essa competência enquanto 44% consideram o plano de suas companhias pouco atraentes. Para muitos gestores desse departamento, é um desafio identificar as movimentações internas almejadas pelo quadro para crescer em suas trajetórias individuais. Condizente a levantamentos da Gartner, um a cada quatro integrantes da equipe demonstram confiança em sua performance ao longo do tempo. Ainda assim, três a cada quatro deles procuram uma nova função em ambientes externos.
No entanto, novos imprevistos quanto a carreira estão sendo detectados no cenário global. “Esse caminho é menos claro agora com a experiência da atuação mudando, pois as opções de carreira são menos visíveis com menos tempo nos escritórios. As habilidades atuais estão se tornando obsoletas e o staff não está preparado para funções futuras, e as opções atuais não satisfazem as necessidades dos integrantes enquanto as pessoas repensam o papel do trabalho em suas vidas”, orienta.
Seleção: no levantamento, esse fator é favorecido por 46% dos líderes e 36% acham suas estratégias de sourcing insuficientes para encontrar o perfil desejado. Nessa conjuntura, 50% das companhias estão com a expectativa de superar expressivamente o seu banco de talentos. “Isso demonstra como os líderes devem priorizar as estratégias de recrutamento para se alinharem às necessidades atuais de negócios, planejar vários cenários em potencial nesse mercado em constante variação e tomar decisões com grande confiança usando dados”, ressalta.
As perspectivas do trabalho para o amanhã: apenas 42% dos gerentes desse segmento focam nessa característica, consoante a outros 43% desprovidos de táticas definidas para as próximas fases. Desde a pandemia, essa força está concentrada na modalidade remota e híbrida. Mediante um planejamento antecipado de necessidades vindouras, é viável evitar problemas como: desatualização de habilidades, competências escassas, alta rotatividade e mudanças na dinâmica do contratante com o contratado.
Torna-se evidente, portanto, a relevância de humanizar a convivência profissional. Por meio da escuta e acolhimento coletivo, é viável desenvolver um ambiente laboral repleto de bons relacionamentos e adaptado à realidade de todos os envolvidos. Como nunca, o RH exerce um papel fundamental na hora de interligar o indivíduo com a sua função. Afinal, o contato com o próximo deixa a rotina mais leve e alavanca a produtividade.
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