Ao planejar o desenvolvimento da trajetória, existem pessoas com diferentes objetivos. Sendo assim, alguns prezam por focar na vida estudantil, outros no trabalho, até mesmo em ambos ao mesmo tempo. Afinal, as atividades conseguem se relacionar e para quem busca uma posição de estagiário, por exemplo, a ligação entre os dois campos é indispensável. Porém, em contrapartida, outros indivíduos deixaram essas capacitações consideradas fundamentais para o crescimento de lado, apesar de parecer estranho, é uma opção comum. Então, saiba mais sobre esse público e quais aspectos os mantém afastados do meio laboral e acadêmico.
Nem emprego e nem estudos
O nome usado de referência para essa geração é auto explicativo, mesmo assim, vale a sua descrição, pois além da falta de atividade outras definições caracterizam essa parcela da população. Dentro do grupo, estão incluídos os jovens de 18 a 24 anos sem participar de uma atribuição profissional e uma instituição estudantil. O relatório produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Education at a Glance 2022 apontou resultados desfavoráveis no Brasil. O documento indica como 35,9% dos jovens brasileiros estão nessa situação, colocando o país no 2° lugar do ranking com a maior proporção de pessoas classificadas como nem-nem.
Contudo, outra pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre o período de Julho a Setembro de 2021, apontou como 16% dos graduados e 6,2% dos indivíduos sem a conclusão do ensino superior estavam eletivos para a métrica anterior, ou seja, sem prestar nenhuma das tarefas. “Eles são jovens com acesso a uma educação de baixa qualidade e, por isso, encontram dificuldade na inserção no mercado de trabalho”, reforça Joana Costa, pesquisadora da FGV.
Nesse sentido, o fenômeno nem sempre está envolvido com a falta de vontade, mas sim, com a ausência de oportunidade para o desenvolvimento. Além disso, Augusto Jimenez, Psicólogo da rede Minds Idiomas, cita três fatores para explicar essa atitude entre o grupo:
Trabalho além do salário: na visão dessa geração, o ofício não é apenas o meio de obter ganhos financeiros, mas também de poder sentir paixão pela a sua ocupação. Por causa disso, eles tendem a buscar algo onde se sentem realizados. Isso é muito importante, porém, é necessário considerar uma especialização. De acordo com um levantamento feito pelo próprio Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), 39,98% dos respondentes da questão “Qual a sua maior preocupação em relação ao futuro?”, disseram ter uma profissão capaz de me fazer feliz e realizado.
Ausência de especialização: quanto mais o tempo passa, maior se torna a concorrência diante das inovações instauradas em todas as áreas. Muitas vezes, o novato não sabe em qual segmento se capacitar e acaba deixando de lado esse requisito. No entanto, ele é essencial para o crescimento de uma carreira.
Desmotivação para aprender o inglês: o inglês se tornou uma necessidade dentro das empresas, essa exigência não é recente. Dessa forma, quem ainda não aprendeu o idioma sente-se mais resistente a entrar nessa formação. Portanto, isso se torna um ciclo, afinal, por não desenvolverem a capacidade bilíngue não encontram muitas vagas compatíveis com as suas expectativas. Logo, é preciso ter foco e dedicação!
Existem meios de deixar de lado a Geração Nem-Nem e estimular a educação e o emprego no país
Principalmente para essa faixa etária as chances estão aquecidas. Existem opções até mesmo para os aspirantes sem uma especialização futura definida, como o programa de aprendizagem. Essa política coloca no mundo corporativo os iniciantes, em busca do autoconhecimento, sendo dispensada para a sua contratação qualquer exigência de uma experiência anterior. Além dessa questão, a posição estimula o aprendizado técnico, colocando na rotina do colaborador uma formação com noções básicas do dia a dia e cruciais para se destacar na companhia e converter o contrato em uma efetivação.
Outra alternativa para estimular essa descoberta e a participação no meio é o estágio. A sua inserção na modalidade pode acontecer a partir dos 16 anos. Logo, a validação da matrícula ativa em uma instituição é possível desde o ensino médio, até o técnico ou superior. Essa chance tem o potencial de contribuir para a redução de outra porcentagem revelada pelo relatório da OCDE, a qual aponta os problemas para concluir a graduação. Então, 49% dos matriculados só a concluem depois de três anos do prazo programado. Os outros 18% desistem ou terminam em um tempo ainda maior.
Portanto, a participação em um cotidiano de estagiário estimula a continuidade na universidade, assim como coloca o interessado em um ambiente de prática e relacionamento com a área de pretensão. Dessa forma, o candidato consegue ter certeza se existe uma identificação com os afazeres, conhece pessoas envolvidas com o meio e outras visões e campos para aplicar o seu conhecimento e se tornar uma peça fundamental de uma equipe. Além disso, os direitos estipulados pela lei n° 11.788/2008 estimulam a participação no cargo, pois prevê benefícios únicos para a rotina de um discente, a qual também considera a necessidade de uma remuneração em função de arcar com manutenção de custos educacionais.
Por último, vale a pena ficar atento às capacitações gratuitas e com certificação. Por meio delas é possível reconhecer e aprimorar uma nova habilidade rapidamente, podendo ser o primeiro passo para uma autodescoberta. O Nube estimula esse conhecimento e disponibiliza conteúdos gratuitos, assim como renova semanalmente indicações sem nenhum custo e de alta relevância para a construção de um currículo. Logo, quem está afastado das duas vertentes consegue encontrar oportunidades mais tranquilas de retornar ativamente.
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