Muitas pessoas têm vontade de realizar um intercâmbio de estudo como a oportunidade de viajar para outro país sem perder o tempo de aprendizagem. Essa visão não está errada, contudo existem outros benefícios ainda mais importantes nessa vivência. No geral, permite aprimorar habilidades como a capacidade de se adaptar a diferentes ambientes, multilinguismo e construir uma rede de contatos em todo o mundo, além de desenvolver a maturidade em diversos níveis. A chance é aumentar a rede de relações internacionais, aprimorar competências sociais, se tornar mais independente e seguro de si mesmo. Ficou interessado? Saiba mais sobre o assunto agora!
De acordo com um relatório do ICEF, inteligência de mercado para recrutamento de estudantes internacionais, divulgado em 2015, a quantidade de estudantes passando um período fora cresce em média 12%, totalizando 5 milhões de pessoas sete anos atrás. A formanda em moda na Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), Sofia Almeida, foi uma delas. A universitária realizou dois intercâmbios, um em 2015, para a Irlanda e outro em 2018, com destino ao Canadá. “É como morar sozinho, mudar de cidade. Você tem de aprender a fazer muitas coisas por conta própria e acho essa melhor parte, adquirir maturidade juntamente com conhecer gente nova. Parece bobo, mas não é, faz muita diferença. É preciso saber se virar”, expõe.
A língua inglesa com certeza é um forte fator na decisão para onde ir. Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, juntos, correspondem a 36% de todos os matriculados em instituições no exterior. Em 2014, 975 milhões de indivíduos de fora estavam fazendo o ensino superior nos EUA, especialmente em Nova York, Califórnia ou Texas. O Brasil tem, normalmente, uma cultura de “exportar” discentes, sendo o sexto maior país do mundo a fazer isso. Só em 2015, foram 34 mil. Apenas os Estados Unidos receberam 24 mil deles.
Atualmente, realizar um intercâmbio já deixou de ser associado apenas ao aprendizado de uma língua estrangeira. “Em meio a um novo perfil de viajantes, voltado à classe adulta, a vivência em um outro país vem sendo gradativamente mais buscada por meio de programas permitindo a conciliação entre o estudo do idioma com oportunidades de trabalho locais. Ao mesmo passo o qual parece ser uma conciliação cansativa, optar por esse modelo pode trazer vantagens enormes para o crescimento pessoal e profissional de cada um”, aponta Danilo Veloso, diretor comercial da SEDA College.
Em uma pesquisa conduzida pela Unleashe, 33% dos intercambistas desejam iniciar esta jornada visando uma experiência de carreira em outro país, junto com 31%, esperando dessa período um aumento no leque de empregos melhores em seu próprio local de origem. Independentemente da idade ou perfil, existem muitas opções capazes de atingir tais expectativas, assim como outras vantagens acopladas para esses aventureiros. Dentre elas, algumas se destacam:
- Receber o salário em uma moeda estrangeira: o Real é muito desvalorizado. Em um cenário econômico nacional instável, iniciar uma atividade no exterior permitirá a renda em um dinheiro mais viável para ganhos financeiros. Ainda, em algumas nações, como na Irlanda, os intercambistas podem recuperar rapidamente toda a verba investida na viagem, tendo em vista como possui um dos maiores salários-mínimos da Europa.
- Expediente versátil: conciliar o estudo com o ofício não é fácil. Entretanto, diversas regiões oferecem opções de jornadas flexíveis, permitindo ter uma maior liberdade de escolher em uma vaga alinhada a suas expectativas e necessidades. Dependendo da função, é possível encontrar escalas de 20h ou 40h semanais, podendo escolher a mais alinhada às normas do ambiente e da escola.
- Valorização do currículo: seja qual for a área de atuação, uma experiência de estudo e trabalho no exterior traz um diferencial enorme para o CV (curriculum vitae). Afinal, além de adquirir a fluência em um outro idioma, terá atingido um conhecimento amplo em um novo segmento internacional. Caso volte ao Brasil, toda essa jornada elevará as chances de obter uma melhor posição com atribuições e remunerações maiores. A quem deseja permanecer onde estão, são várias possibilidades abertas.
- Visto de trabalho: em diversos territórios, os intercambistas podem adquirir um visto de trabalho para residir na região em determinadas profissões, como chefe de cozinha, cuidador ou analista de marketing. Cada aplicação terá suas próprias regras, exigências e procedimentos, mas, todos podem ser conduzidos de maneira planejada e assertiva enquanto estiver estudando.
- Imersão cultural: estudar fora, por si só, é uma vivência com imersão intensa nos costumes locais. Quando conciliado ainda com um trajeto profissional, esse aprofundamento é ainda maior, abrangendo o aprendizado para além da sala de aula. Esse é o momento perfeito para criar e fortalecer os laços de amizade e, principalmente, a rede de networking, abrindo espaço para propostas futuras na área desejada.
- Possibilidade de respirar novos ares: apesar da relevância das responsabilidades envolvidas, quem está viajando não deve focar apenas nos objetivos de profissão e estudo. Ao longo dessa caminhada, muitos aproveitam para investir a renda guardada em passeios para vários lugares. Na Irlanda, como exemplo, se torna tranquilo concretizar este sonho, levando em consideração sua posição estratégica integrante da União Europeia, facilitando conhecer outras regiões em volta. Ainda, muitas promoções e descontos são ofertados diariamente pelas companhias aéreas, oferecendo passagens por preços extremamente econômicos.
Optar por um intercâmbio de estudo e trabalho vem sendo o objetivo de cada vez mais pessoas ao redor do mundo. “Ao invés de focar apenas no aprendizado de outra língua, este programa permite uma experiência muito mais completa e abrangente, com grandes oportunidades para todos os segmentos e lugares nos quais deseja morar”, finaliza Veloso.
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