Nos dias atuais, para ter sucesso no gerenciamento de um negócio, é extremamente importante saber lidar com pessoas. Principalmente após a pandemia, esse fator ganhou relevância e afeta diretamente nos resultados empresariais. Por isso, quem ocupa essa posição em uma corporação precisa estar ligado no assunto e por dentro das tendências do mercado.
A diferença entre líder e chefe
De acordo com a advogada Patrícia Punder, o chefe tende a se concentrar nos detalhes das tarefas do dia a dia. “É um tipo de função dentro de uma hierarquia de negócios tradicional. Ele pode ser um sujeito empregado para controlar e supervisionar os funcionários, organizando as pessoas para mantê-las trabalhando em direção aos objetivos da empresa com eficiência. Seu papel é contratar e demitir indivíduos, organizar times e alocar recursos”.
Já o líder, influencia e orienta os companheiros sem coerção ou pressão. “Visionário do quadro geral, capaz de reunir equipes em torno de uma ideia, ele não precisa ter um título específico ou estar em um posto formalmente reconhecido. Pode ser absolutamente qualquer um, mas suas palavras e ações direcionam os comportamentos do grupo ao seu redor”, explica a advogada.
Ele também pode exercer as outras demandas, embora aqueles verdadeiramente eficazes possam usar um tipo mais suave de autoridade informal para moldar as atitudes dos demais. Esse integrante é respeitado e confiado por agir de forma justa e sempre fazer a coisa certa, então é capaz de convencer os colegas a seguirem seu plano com vontade e entusiasmo.
Entender essa diferença é o primeiro passo para perseguir uma estratégia de gestão, motivando mais prontamente todos a realizarem seus melhores trabalhos. “Essa prática também traz benefícios para os colaboradores. Afinal, se sentem ouvidos, apoiados, elevados e envolvidos no processo de administração. Por compartilharem da mesma perspectiva para o futuro, eles permanecerão leais”, comenta Patrícia.
Os desafios dos líderes atualmente
Nas organizações, lidar com a saúde emocional é um dos principais desafios contemporâneos. “O aumento cada vez mais expressivo nas taxas de afastamento por Burnout, ansiedade, depressão e síndrome do pânico têm causado mudanças significativas na maneira de comandar, especialmente após a pandemia. Outro relevante desafio é inserir a temática da diversidade no ambiente corporativo”, opina a professora do curso de Liderança e Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - Fecap, Daniela Marques Medeiros.
Segundo a especialista, existem várias tipologias para encaixar perfis em estilos conservadores, motivadores, democráticos, burocráticos, coach, aflitivo, entre outros. “O ideal é transitar entre todos os âmbitos de acordo com a necessidade. A questão sobre o match está mais vinculada à cultura da corporação e propósitos pessoais. É preciso alinhar sua postura conforme a demanda e o objetivo a ser alcançado”, reforça.
Entretanto, apostar em alguém despreparado para essa função pode acarretar em diversos problemas, como a falta de concordância na equipe, afetando diretamente a produtividade. Também pode causar desmotivação, desgaste mental e emocional e muito mais. “Isso é a base para o andamento da instituição, é uma competência e pode ser desenvolvida com estudo e treinamento. O primeiro passo é buscar informações, compreender qual o nível atual e identificar onde pretende chegar. A partir disso, deve-se ter atitude”, acrescenta Daniela.
Habilidades importantes para liderar
Além de conhecimentos técnicos, algumas habilidades específicas são necessárias. Conduzir pessoas não é das tarefas mais fáceis, pois cada uma possui suas culturas, visões, ambições, vivências e sonhos. Nesse sentido, a CEO da FRST, Juliana Scarpa, destacou alguns pontos fundamentais.
Autogestão: é interessante assumir responsabilidade pelo seu comportamento e direcionar o tempo de maneira eficaz. Afinal, essa figura é exemplo para o time. Para isso, criar hábitos e rotinas ajudam quando a força de vontade está em baixa ou as coisas são mais tumultuadas. Tenha tempo para você mesmo, exercícios físicos, boa alimentação, hobbies, tudo isso faz parte.
Consciência de si: reconheça suas falhas e trabalhe para não cometê-las novamente. Não tente ser perfeito, muito pelo contrário, tenha consciência de seus pontos fortes e vulnerabilidades.
Olhar crítico na tomada de decisões: pense nas consequências de suas escolhas, e mensure riscos. É essencial enxergar os desdobramentos de uma ação no futuro. Não esqueça da sua meta final, essa direção é como uma bússola, ao segui-la será mais fácil encontrar o caminho.
Paciência para construir: seja calmo, não aja por impulso, pois as coisas não acontecem do dia para noite. O principal é dar um passo de cada vez e na direção certa.
Empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro, entender como cada um funciona, gosta de ser tratado, e lida quando está em uma situação de conflito é crucial. Essa habilidade talvez seja a mais desafiadora.
Poder de escuta: estar aberto a sugestões, conversas, críticas é determinante. Parte do desafio é ouvir pontos de discordância, validá-los e saber como agir.
Os erros mais comuns
Muita gente alcança esse cargo e passa a se movimentar à moda antiga, como aprendeu e viu em filmes e novelas. No entanto, vários comportamentos não são mais aceitos hoje em dia. Para ajudar nessa questão, a consultora organizacional, Caroline Marcon, cita os principais erros cometidos.
Estabelecer muitas prioridades: segundo Caroline, essa prática confunde e dispersa o time. O comandante deve manter o foco e as metas mais claras e tangíveis possíveis.
Ser centralizador: participar de tudo a ser decidido é um dos grandes empecilhos para uma boa liderança. “Toda energia investida em algo sem tanta importância tira das outras demandas", afirma. Assim, a especialista recomenda a confiança no grupo e aprender a delegar. “Você não faz nada grandioso sozinho", diz.
Não dar espaço a pessoas questionadoras: questionar os cargos mais altos exige coragem e paixão, duas qualidades apreciadas em qualquer profissional. “Isso certamente ampliará a visão e a criatividade”, declara.
Demorar muito para decidir sobre erros de contratação: às vezes, a avaliação é equivocada. Nessas ocasiões, o gestor deve tomar a decisão o quanto antes. “Se já tiver evidências da incompatibilidade, não espere o tempo resolver a situação, pois a tendência é piorar”, afirma a consultora.
Usar o passado como inspiração estratégica: utilize o passado como aprendizado, contudo sem ficar preso às suas conquistas. “Mantenha os pontos positivos, mas tenha a mente aberta, flexível e curiosa para pensar no futuro", aconselha.
Portanto, esteja sempre disposto a aprender e se atualizar. Dessa forma, você estará muito mais próximo do sucesso. Se deseja contar com estagiários e aprendizes para caminharem ao seu lado e fortalecerem a sua companhia, entre em contato com o Nube. Esperamos por você!