Como está a sua expectativa para o futuro do mercado? Segundo o Índice de Confiança Robert Half (ICRH), o sentimento do profissional permanece positivo pelo quarto trimestre consecutivo. O otimismo constatado pela alta nos índices abre espaço para pensar no cuidado e tratamento das novas gerações. Para tanto, deve-se atentar-se às tendências do universo laboral e exigências desse público. De acordo com o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), 39,21% dos estudantes entrevistados (10.793) afirmam pretender mudar de carreira, caso recebam uma boa proposta. Isso demonstra a necessidade em casar a disposição de quem procura por vagas com o empregador. Quer descobrir como sanar esse excelente contratempo? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Otimismo no mercado
Responsável por monitorar a perspectiva dos colaboradores a respeito do ecossistema empregatício, a 21° edição do ICRH confirma a projeção de um caminho esperançoso a ser traçado. Por via de informação, o índice consiste em três categorias: empregados, desempregados e recrutadores. Em relação à atualidade, os indicadores marcaram um adiantamento tanto para os inativos, com acréscimo de 3,9 pontos ante o último período, quanto para os selecionadores, os quais bateram o recorde da série histórica, apesar de ainda constarem abaixo dos 50 pontos, referência para um parâmetro otimista.
No entanto, em linhas gerais, a pontuação do estudo trimestral da consultoria cresceu de 48,9 para 50,2 pontos, um patamar considerado afirmativo. Quanto ao estado presente, registrou-se um avanço de 1,8 ponto em comparação com o indicado em junho. Ou seja, foi de 36,8 para 38,6 pontos. Esse singelo aumento já é o suficiente para refletir a permanência da sensação de otimismo no ecossistema laboral. Com a expectativa de crescimento, companhias abrem vagas, expandem escritórios e permitem-se arriscar um pouco mais. Isso movimenta e aquece a esfera.
Quem ergue os olhos e mira para os próximos seis meses, enxergará um contexto de alta esperança. O destaque da vez vai para a população afastada da labuta, a qual aumenta o rol em 2,5 pontos, quando comparado com o trimestre passado. “Não há dúvida a respeito da atmosfera de incertezas decorrentes do mundo pós pandêmico. No Brasil, ainda adiciona-se à equação as eleições presidenciais, capazes de atordoar as companhias. Entretanto, os indicadores macroeconômicos no país, aparentemente, têm apresentado efeitos positivos. A queda da taxa de desemprego é um exemplo disso. Com ela, foi possível, mesmo timidamente, trazer de volta o otimismo”, pontua Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Dicas para reter os talentos do mercado
Apesar das adversidades, o cenário animador abre espaço para sonhos voltarem à memória e aterrizarem no plano do real. Portanto, é fundamental atentar-se aos movimentos do contemporâneo e identificar as chaves para a atração de novos expoentes. Desse modo, a sondagem traz, também, informações sobre a característica, opinião e comportamento do mercado de trabalho. Quer conferir algumas orientações acerca do atual direcionamento dos processos seletivos? Veja a lista abaixo!
Forneça transparência aos candidatos: prezar pelo bem-estar de quem dedica tempo para o sucesso do seu negócio é essencial. Por isso, valorize quem aplica e busque sempre devolver feedbacks. Essa atitude demonstra honestidade, ética e lisura. Três pilares fundamentais a serem seguidos. De acordo com quem procura recolocação ocupacional, aspectos como transparência (67%), comunicação clara (58%) e valorização de uma cultura institucional (52%) são protagonistas para atrair o público.
Valorize a mão de obra qualificada: quem contrata, conhece o desafio em encontrar, no território, profissionais capacitados capazes de somar aos empreendimentos. Na visão de 77% dos headhunters, encontrar concorrentes com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas é, por muitas vezes, um impedimento. Já na percepção de 67% deles, o cenário não deverá passar por perceptíveis mudanças nos próximos seis meses. Por fim, 26% acreditam em uma caça ainda mais difícil.
Por outro lado, 32% das organizações reforçam sua intenção de contratar, cada vez mais, nos próximos meses. Esse fator reflete em uma situação delicada, pois revela um conflito entre necessidade e realidade. Enquanto as firmas pretendem aumentar seu interesse por aspirantes, a qualificação desses indivíduos demonstra-se fragilizada. Logo, a dica permanece: valorize quem dedica-se, capacita-se e se esforça para estar ao lado da sua entidade.
Contrate com a cabeça no futuro e retenha talentos: com uma conjuntura díspar posta de fundo, deve-se ficar ligado e reconhecer os talentos à sua porta. Para mirar no futuro, é preciso, primeiramente, desenvolver uma relação saudável e elogiosa com quem te ajuda na labuta. Tratam-se de pedras preciosas, raras no setor e essenciais para montar um cotidiano promissor, Em consonância com o Nube, o ICRH revela como 45% dos empregados pretendem mudar de emprego até o final do ano. Entre as principais razões para esse interesse, 73% dos entrevistados almejam maiores remunerações, 48% não enxergam perspectivas de crescimento na carreira, 19% desejam benefícios mais atrativos e outros 19% sentem seus valores desalinhados aos da organização.
Com o receio de perder grandes parceiros, Mantovani insiste na urgência de “ter cuidado com fatores capazes de gerar insegurança. A falta de preocupação pode resultar no candidato optar por conhecer oportunidades de outros players. Aqui, falo sobre definição clara do modelo empregatício, ajustes na cultura empresarial, lembretes sobre os propósitos das ações e incentivo à construção de um ambiente humanizado. Somente dessa maneira, as pessoas poderão manter a conexão umas com as outras, mesmo afastadas pela operação remota. Além disso, é primordial apoiar e formar líderes com a capacidade de acolher os comandados. Para tanto, também se faz necessária a criação de pontos de apoio na estrutura das instituições”, finaliza.
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