O primeiro sinal da existência dessa ferramenta foi no livro As Emoções das Pessoas Normais, publicado em 1928 por William Moulton Marston. Seu objetivo com essa criação era desenvolver uma análise de perfil comportamental em prol de um melhor autoconhecimento dos indivíduos. Com o tempo, diversas empresas adotaram essa prática e a moldaram para seu bom proveito, principalmente no setor de Recursos Humanos. Atualmente, procede como uma forma assertiva de traçar o padrão de reações das pessoas diante das influências do ambiente. Nesse sentido, compreenda como atua esse recurso.
O que é o DISC?
A famosa sigla significa: dominância, influência, estabilidade e conformidade. Em geral, ela é muito popular entre os especialistas de RH. Embora muito eficiente na contratação de candidatos, ela também pode ser utilizada em mentorias, planos de desenvolvimento (tanto profissional quanto pessoal), alinhamento entre a linha de cargos ao formar uma equipe, plano de sucessão e promoções internas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ETALENT em parceria com a HSM, 700 líderes brasileiros foram avaliados mediante o DISC. Dentre eles, 17,77% possuem a feição observadora, demonstrando-se a principal característica da chefia brasileira. Essa particularidade aponta a atuação desses agentes como coadjuvantes do time, deixando muitas decisões para os colaboradores. Em seguida, 14,97% possuem o delineamento influenciador e 13,96% o gerenciador. Apenas 1,78% representam o comportamento analisador.
A fim de alcançar a maior efetividade possível, esse teste deve ser feito com muita cautela e funcionar com os devidos requisitos comparativos. “Para utilizar essa metodologia, o sujeito responde a um inventário comportamental no qual precisa assinalar com quais ações ou palavras mais se identifica. Cada uma delas pontua algumas distinções e, ao final, é possível perceber de qual perfilamento mais se aproximou”, explica Helenice Resende, gerente de Seleção e Recrutamento do Nube.
Seja para o trabalho ou estudos, construir um grupo sintonizado faz a total diferença. Quando chega esse momento, diversos caminhos podem ser seguidos, sendo propício optar por aqueles mais compatíveis com cada demanda. Dessa forma, muita atenção deve ser voltada para a escolha dos critérios. Nesse caso, nem todas as corporações utilizam-se dessa dinâmica para fazer a avaliação de candidatos e dão preferência para técnicas psicológicas, devido a sua forte validação científica e maior confiabilidade.
Geralmente, funciona como um artifício a mais de análise, ou seja, não é mandatório. Esse aparato não psicológico apenas completa a avaliação final, tendo seu resultado comparado com outros meios classificatórios. "É importante reforçar como o DISC, embora seja muito utilizado no contexto de seleção e treinamento, não possui validação do Conselho Federal de Psicologia. Portanto, não é considerada um instrumento psicológico. Não há, também, grandes estudos científicos validadores de tal teoria” , complementa Helenice.
Desse modo, não recomenda-se o emprego dessa prática na triagem inicial, tendo em vista a possível desclassificação precipitada de aspirantes a vagas. Isso reduziria as pessoas a um simples levantamento comportamental. Logo, é indispensável outras fases no recrutamento, tais como entrevistas e testes. Somente com esse mapeamento geral pode-se ter um panorama justo de como aquele sujeito se enquadraria no staff.
DISC: um reforço no time
Quanto mais um indivíduo conhece a si mesmo, melhor é o seu trabalho em equipe. Tal premissa pode ser considerada o primeiro passo para alcançar um crescimento e produção ainda maiores juntos. Para isso, é preciso ter em mente a questão de cada firma e gestão possuírem a sua própria estratégia. Por essa razão, as soluções de assessment estão cada vez mais comuns.
Tais resultados significativos são úteis para o atual cenário corporativo, considerando a condição de cada integrante ter suas motivações e medos. “Um gestor ou gestora pode, ao conhecê-los, por exemplo, recompensar um colaborador com um cargo de liderança, um aumento salarial, uma placa de destaque do mês ou simplesmente uma renovação de contrato para mostrar segurança. Uma organização em crescimento vai gerar novos departamentos e vagas, culminando em um aumento na demanda por coordenadores. O método auxiliará na identificação de quem está mais preparado para essa responsabilidade”, ressalta Eva Buscoff, Gerente de Treinamento do Nube.
Dessa maneira, podemos destacar os quatro perfis do DISC:
D (Dominância): a principal motivação desse grupo são os desafios e eficácia. Priorizando sempre os resultados, tomam a frente das situações e costumam ser pragmáticos em suas decisões.
I (Influência): quando essa é a particularidade em alta, apresenta o fortalecimento dos relacionamentos da liberdade e criatividade. Dispõem de um significativo poder de persuasão em suas interações.
S (Estabilidade): são movidos pela lealdade e segurança em prol da colaboração. Eles lidam bem com os sentimentos e transformações nos ambientes. Independentemente das adversidades, permanecem constantes.
C (Conformidade): essa parcela é regida pelas regras da instituição, desempenhando altos padrões e eficiência. Por meio de sua precisão, atingem suas metas e obstáculos de forma exata.
“As informações e gráficos disponibilizados permitem entender as tendências comportamentais predominantes de cada um, apontando os pontos fortes e fracos. Dentro do contexto corporativo, esses resultados ajudam a medir, usando os quatro fatores, se está adaptada na realização de suas atividades. Tal inventário também mostra se o funcionário está preparado para suportar a pressão de determinado cargo, se ele pode enfrentar desafios sem deixar as emoções e medos atrapalharem”, finaliza Eva.
Torna-se evidente, portanto, a recomendação dessa metodologia para a contratação de novos talentos, gestão de equipes e promoção de funções. Entretanto, é indispensável o seu uso de maneira adequada, compreendendo o seu papel como uma tendência comportamental, não uma determinação. Além disso, ainda há o esforço, comprometimento, responsabilidade e caráter de cada um.
Em suma, não se pode cair na armadilha de rotular ao invés de investir em seu desenvolvimento e adaptação. O discernimento e cuidado são orientados para o uso dessa dinâmica. Ela apenas complementa a leitura e observância sobre o ser em questão. Assim, as experiências, bagagem emocional e visão de mundo devem ser avaliadas individualmente.
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