Segundo dados de um relatório publicado em 2020 pelo Fórum Econômico Mundial, a liderança está em sexto lugar das 15 competências mais requisitadas até 2025. Entretanto, inspirar, motivar e reter talentos é um grande desafio para os gestores. Principalmente quando se fala de times diversos, contando com estagiários, aprendizes e efetivos em diferentes instâncias de trabalho. Dessa forma, descubra algumas dicas para desenvolver e melhorar essa habilidade.
É preciso estar atento ao colaborador para ser um bom líder, mas também é imprescindível focar no autoconhecimento
O setor de RH é repleto de estratégias formuladas para manter as empresas competitivas e inovadoras. Uma delas é a gestão de pessoas, com o objetivo de valorizar o capital humano, visando proporcionar um alto nível de satisfação profissional, para produzir mais e melhor, com qualidade de vida e bem-estar.
Para Rica Mello, palestrante e empreendedor, essa tarefa fica ainda mais complexa quando há um nível de estrelismo envolvido, como o elenco de uma equipe famosa. “Mesmo com os maiores nomes do futebol em solo nacional, o Flamengo performou mal durante todo o primeiro semestre. Isso deixava não só os torcedores impacientes, mas também os jogadores, comissão técnica e dirigentes”, afirma.
Nesse caso, quem faz a logística é o treinador e com as péssimas consequências do início do ano, a direção optou por um novo cooperador. Dessa forma, Dorival Júnior foi contratado. “É impressionante, praticamente com o mesmo time, os resultados tenham mudado da água para o vinho. Nos últimos dois meses o Flamengo passou por cima de praticamente todos os adversários de forma avassaladora. Isso mostra os méritos da nova comissão técnica em administrar um elenco de atletas renomados”, revela Mello.
Para o palestrante, a gestão de astros possui ainda mais obstáculos quando comparada com a de outros trabalhadores. “São pessoas com ego inflado todos os dias. É difícil controlar personalidades tão fortes e contundentes como as dos jogadores de futebol. São milionários, possuem praticamente tudo na vida. Contudo, esses caras precisam jogar e performar juntos. Nesse ponto, entra a atuação do gestor”, pontua.
Pode parecer um universo distante, mas a lógica permanece a mesma quando aplicada em empreendimentos, independentemente do tamanho e segmento. “É comum ver algumas empresas, ou até mesmo áreas de uma organização, funcionando de forma completamente diferente após a mudança do líder. Muitas vezes, alcança-se resultados muito melhores em relação aos anteriores. Isso não traz somente uma sensação de alívio apenas para os gestores, mas também para os colaboradores”, declara Mello.
De acordo com o empreendedor, o sucesso acontece quando o coordenador consegue influenciar positivamente. Para isso, não é necessário títulos ou cargos, mas sim uma relação e conexão. “Ele precisa diferenciar e lidar com as necessidades e o estilo de vida individualmente dos membros para alcançar esse objetivo. Ao vivenciar e se preocupar com as dores, desejos e parcimônias, ele se capacita, podendo então extrair o melhor de cada peça, otimizando a potência dos envolvidos”, recomenda o especialista.
Consoante ao expert, é possível aumentar as chances de boas interações com os subordinados se, antes de tudo, o chefe puder se relacionar bem consigo mesmo. “Tudo começa quando ele entende seus valores, pontos fortes e lacunas para aperfeiçoar”. Essa reflexão permite um maior equilíbrio em sua forma de realizar as atividades e confiança no seu próprio trabalho, bem como no de outrem. Esse autoconhecimento pode amplificar diversas aptidões comportamentais, como a empatia, visando um crescimento em conjunto.
Além disso, para influenciar os staff em determinadas atitudes, o comportamento deve começar de cima, contando com o apoio da cadeia hierárquica. Desse modo, essa conduta é notada pelos outros e acaba funcionando como uma cola invisível para unir os talentos em prol de melhorias para todos, em busca de um cenário ideal. “Assim, podemos inspirar, motivar e reter as estrelas das nossas organizações. Apesar de poderem seguir outras carreiras em outros negócios, seguem querendo suar a camisa conosco”, finaliza o empresário.
Conheça três dicas sobre habilidades importantes para quem quer ser um líder de excelência
Além de motivar a turma, é preciso ter uma série de aptidões específicas, bem como conhecimentos técnicos para ser um gestor de excelência. Uma coisa é certa: conduzir indivíduos não é uma tarefa fácil, principalmente quando consideramos os diferentes níveis de cultura, visões, ambições, sonhos, entre outros desejos. Contudo, existem algumas competências essenciais ligadas aos cargos de liderança, impactando diretamente na felicidade e produtividade da organização.
Em busca de auxiliar quem almeja uma função de destaque, ou está nela e quer se aprimorar, Juliana Scarpa, CEO (Chief Executive Officer) e fundadora da FRST, elencou alguns know-how vitais. Confira:
1) Melhore sua auto gestão:
“É importante saber se auto gerenciar, assumindo responsabilidade pelo seu comportamento e direcionando seu tempo de maneira eficaz. Afinal, os líderes precisam ser exemplo, logo, a primeira pessoa liderada é você mesmo”, explica Juliana. Para isso, criar hábitos e rotinas ajudam quando a força de vontade está em baixa, bem como naqueles dias nos quais as coisas são mais tumultuadas, um acontecimento frequente para os empreendedores. Vale ressaltar: tenha tempo para você mesmo! Exercícios físicos, boa alimentação, hobbies, períodos de lazer, tudo isso é fundamental.
2) Tenha mais consciência de si:
Bons capitães priorizam a administração das suas emoções, focando na saúde mental e também física. “Assim, quando erram (e todo mundo erra) reconhecem suas falhas e trabalham para não cometê-las novamente, assumindo responsabilidade. Bons cabeças não tentam ser perfeitos, muito pelo contrário, eles possuem a consciência de seus pontos fortes e vulnerabilidades”, pontua a especialista. É vital não ter receio de demonstrá-los para os demais. Afinal, como um quebra-cabeça, a característica de outrem pode se encaixar com a sua e fortalecer o todo.
3) Aperfeiçoe o olhar crítico na tomada de decisões:
O comando precisa sempre pensar nas consequências das tomadas de decisão, pensar na frente e mensurar riscos, para isso, é imprescindível ter um bom planejamento. “Ter um olhar crítico para as ações é extremamente crucial. Enxergar os desdobramentos de uma ação no futuro é um diferencial de um bom gestor. Para isto, ter clareza da missão da empresa e seus valores é fundamental. Esta direção é como uma bússola, ao segui-la será mais fácil encontrar o caminho”, alerta a CEO.
Por fim, para sempre aperfeiçoar suas habilidades e enriquecer os conhecimentos, o Nube é seu aliado! Continue acompanhando nosso blog e conheça as redes sociais! Conte conosco para alcançar o sucesso!