A pandemia foi algo novo para muita gente e os afazeres, em geral, passaram a ser executados de formas diferentes. Assim, foi preciso muita flexibilidade para adaptar e ajustar a vida pessoal e profissional. Isso se aplica para todos, inclusive, estagiários e aprendizes.
Foque na humanidade!
A questão sobre o equilíbrio tem sido cada vez mais pautada e exigindo ações benéficas, tanto das empresas com objetivo de potencializar o desempenho dos colaboradores, quanto dos indivíduos para deixar a saúde mental em dia. Inclusive, nessa hora, o departamento de recursos humanos (RH) deve atentar-se com o bem-estar dos funcionários, bem como propor estratégias e ações para o impulsionamento da produtividade.
Segundo pesquisa do “The State of Work Life in 2019”, desenvolvida pela RescueTime, cerca de 40% dos profissionais estendem o trabalho no computador até às 22h. Além disso, outros 50% atuaram aos finais de semana. Isso pode beneficiar a companhia, mas e o seu intelecto?
Para o gerente da Bematize, Thiago Américo, a pandemia mudou a percepção do valor do cooperador, mas, principalmente, quanto a forma como as organizações lidam com isso. “O ofício passou para dentro de casa, tornando assim mais complexa a harmonia entre indivíduo e labor. Com isso, os líderes passaram a refletir sobre novas formas de motivar o desempenho das equipes, se conseguirmos dar o devido foco nessas ações”, afirma.
Nesse sentido, como forma de ajudar quem passa por esse tipo de problema, Américo listou algumas dicas para contribuir com o autocontrole, além de definir estratégias para agregar ao rendimento das tarefas. Veja:
Defina os seus limites - estabelecer extremos é importante para manter as relações saudáveis, além de contribuir com as entregas. “Traçar metas alcançáveis nos auxiliam a proteger o nosso bem-estar e permite dar o nosso melhor”, comenta o gerente.
Cultive o bem-estar - de um lado salários, benefícios e carreira tem sido um fator-chave. Do outro, questões nocivas como estresse, distanciamento das pessoas e pressão por resultados são grandes ameaças e podem comprometer o sujeito.
Conforme o gestor, é preciso administrar as cargas, alinhar expectativas e horários e estimular o autocuidado. “É necessário atentar-se com as linhas tênues durante o dia, alternando os polos, pois isso pode gerar consequências em termos de esgotamento ou desânimo”, complementa.
Estímulo da motivação - uma das formas de estimular um contratado é pela gestão de benefícios flexíveis. Ou seja, a autonomia em escolher o seu próprio benefício de acordo com seu momento de vida. “É aconselhável fazer uma nova eleição desses proveitos e incluir produtos alinhados com a atual realidade”, afirma Américo.
Gerenciamento de plataformas digitais - as novas tecnologias de comunicação desencadearam mudanças nos negócios como o uso de aplicativos e etc. Assim, consoante ao gerente da Bematize, as entidades não querem atuantes dependentes de seus líderes, mas com proatividade em sua rotina. “Pessoas antenadas com a high tech ou sem apego a operacionalização, serão mais valorizadas”, argumenta. Isso já começou a ser destaque nos processos seletivos, inclusive.
Construção do relacionamento - criar um canal de relacionamento, no caso das corporações, é um dos pilares para agregar fluidez em suas iniciativas. Dessa forma, os internos saberão quando e onde podem encontrar ajuda.
Tenha um tempo para si - não só de ofício e preocupação financeira vive um ser humano. Então, garantir um tempo para si mesmo é bom para quem pretende praticar o seu autoconhecimento. “Reserve um período do dia para praticar um hobby, passear com o cachorro, passar um tempo com a família, fazer exercícios físicos ou qualquer coisa prazerosa”, sugere.
Para a psicóloga Vanessa Gebrim, sentir-se bem tem sido um desafio. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, pois muita gente não conseguiu realizar os projetos planejados. Esse aumento nos casos de depressão e ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas, além de todo o medo e incerteza no pacote. As pessoas ficaram com as emoções à flor da pele e isso prejudica o domínio e contribui para a baixa autoestima”, explica.
Faça terapia - a falta de amor próprio pode ser uma ponte para quadros de distúrbios mentais. “Procurar um especialista pode ser necessário e ajuda a entrar no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para a vida. Além disso, contribui no controle dos sentimentos, fortalecendo a autoconfiança e autoaceitação. Existem abordagens e técnicas bastante eficazes para essa melhora”, continua Vanessa.
“Quando se está focado em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente. Dentro do autoconhecimento, a pessoa aprende a se gerenciar e desenvolve deliberações positivas sobre si”, conclui a psicóloga. Portanto, não exite em procurar amparo especializado, pois isso, certamente, fará a diferença.
Priorize a versatilidade
A versatilidade é e será um ponto essencial daqui para a frente. Segundo o estudo recente “Workmonitor”, da Randstad, 92% dos colaboradores brasileiros procuram por modelos e áreas mais maleáveis para realizar outras atividades ao longo do dia. Ou seja, a situação refletiu nas decisões dos contratados e concorrentes.
Conforme a análise, 58% dos entrevistados dizem estar mais enervados desde o começo dessa situação anormal, enquanto a média global ficou em 49%, deixando claro a necessidade de mudar aspectos na jornada para diminuir essa condição agoniante daqui para frente.
Portanto, é preciso construir uma estabilidade. Dessa maneira, é possível se manter mais engajado e resiliente para desenhar o futuro das entidades das quais quer fazer parte ou mesmo levar a vida mais leve.
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