O Dia da Terra é celebrado todo dia 22 de abril. Em 2022, a data completou 52 anos, com o tema “invista no planeta”. Enquanto o planeta segue enfrentando problemas ambientais gravíssimos causados pelo aquecimento global e a consciência parece aumentar, está claro como as ações tomadas hoje ainda não chegam perto do suficiente para reverter a situação.
ESG no centro dos negócios
Para a conselheira e coordenadora do GIEMA/SG, Cris Baluta, graças ao termo ESG, em inglês, Environmental, Social and Governance ou ASG – Ambiental, Social e Governança, empresários, executivos e a sociedade em geral entraram rapidamente na era ambiental. “Obviamente tornar uma empresa verde não é uma tarefa fácil, porém estamos em um momento no qual podemos formular respostas e buscar soluções capazes de corresponder realmente às necessidades”, comenta.
Qual sua estratégia verde?
Não se trata única e exclusivamente de uma pergunta de marketing, mas, sim, nos faz refletir sobre como as corporações se conectam com as questões relacionadas ao assunto. “Tal indagação cabe e deve ser colocada para toda e qualquer empreitada, independentemente de seu porte”, alerta Cris.
Neste século XXI, a crescente economia está voltada aos desafios do mundo, criando novas oportunidades. “Nos colocando para pensar em processos e na criação de produtos menos esbanjadores dos recursos naturais, menos poluentes, os quais venham de encontro ao sistema circular”, complementa a conselheira.
Alinhamento com boas práticas
Os investidores vão analisar não apenas os indicadores financeiros e solidez dos empreendimentos, como também focar em companhias alinhadas com as boas práticas ESG. “Elas devem realmente contribuir para a criação de valor nos negócios e, ao mesmo tempo, melhorarem seu desempenho e reputação”, continua a especialista
Justamente ao tirar do papel pautas relacionadas a esse tópico dentro das equipes é a grande atitude responsável por tornar a marca atrativa e sólida no mercado. “Se sua empresa faz, mostre! Se ela tem propósito, demonstre. A modéstia não é mais um ativo”, afirma.
Habilidades a serem desenvolvidas
Segundo Ricardo Triana, diretor-geral do PMI na América Latina, “as práticas de ESG precisam se fortalecer cada vez mais dentro de todas as empresas, com a sustentabilidade como um conceito-chave em qualquer projeto. Os gerentes de projeto, por exemplo, são a força motriz por trás de iniciativas do tipo. Desenvolvemos as habilidades e competências dos indivíduos para ajudar a impulsionar a mudança organizacional”.
Veja as três habilidades necessárias elencadas por Triana para todo profissional prosperar no quesito “verde”
- Pensamento ágil
A agilidade e a escolha das formas corretas de trabalhar são importantes e podem ser desenvolvidas por metodologias como o Disciplined Agile (DA). Ele fornece orientação direta para ajudar as organizações a otimizarem seus processos de uma maneira sensível ao contexto, focando em ESG, por exemplo. O DA ajuda o profissional a aprender sobre suas opções e o orienta para as melhores formas de trabalhar.
- Alinhar os objetivos e escopos
É preciso integrar as metas de emissões em indicadores-chave de desempenho, construir a gestão de emissões em formas de trabalhar e se envolver com todas as partes interessadas sobre as práticas de sustentabilidade. Além de recursos financeiros e comprometimento organizacional, obter as habilidades certas é um ativo essencial para possibilitar a mudança.
- Alavancar resultados a todos os stakeholders
O tempo é crítico - o estado do mundo e o ecossistema mais amplo requerem transformações imediatas. As corporações precisam se adaptar rapidamente às normas, a ponto de demonstrarem a todos os interessados seus esforços e avanços nesse sentido, pois o público consumidor está cada vez mais atento e exigente.
Redução de custos e aumento dos lucros
Temos de entender como aplicar essas questões proporcionará redução de custos, riscos e obrigações. “Uma atuação mais limpa, além do exigido por lei, fará quem tem o poder de compra abrir sua carteira e consumir de forma mais benéfica a todos”, continua a coordenadora do GIEMA/SG.
Gestão ambiental: sustentabilidade e sociedade
Para se ter uma ideia, esse tópico é uma preocupação para os jovens. Para entender como eles pensam sobre isso, o Nube fez uma pesquisa e perguntou: “qual seu envolvimento com meio ambiente?”. Mais da metade (52,8%) dos entrevistados afirmaram ter o hábito de reciclar o lixo diariamente, por exemplo.
Bolso das empresas pode doer
Outros 21,4% têm uma abordagem mais voltada ao mercado e impactam diretamente nos resultados comerciais das entidades, afinal, eles optam por comprar apenas das lojas e prestadoras ecologicamente corretas. Pouco menos de 10% deles participam ativamente de movimentos e protestos.
Ainda de acordo com ela, instituições, imprensa, política, militância e clientes devem entender como esse modo de pensar e atuar não se refere a termos uma sensação súbita a respeito do tema Economia Verde mais rentável. “É um desenvolvimento moderno e apoiado por causas capazes de melhorar o lucro final. Trata-se de ampliação de receitas por meio de inovação, novos mercados e oportunidades empresariais”.
A magnitude do assunto ainda é subestimada
“A natureza dos nossos desafios mostra como trocamos de estágio. A mudança climática é global. A magnitude do assunto e a persistência torna a situação indiscutível. A indústria precisa reduzir sua pegada de carbono, obtendo, com isso, vantagens em uma produção mais limpa”, reforça Cris.
Obviamente, cada companhia possui suas características próprias e abordagens acerca desse quesito. “Porém, se buscarmos aspectos em comum, certamente lograremos ter benefícios adicionais e melhores atributos ambientais, afinal, é uma tendência dominante”, conclui a conselheira.