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Como escolher a profissão ideal? 

Notícia | 13/04/2022

Vinícius Lima

As vagas de estágio e jovem aprendiz são as melhores oportunidades voltadas para a inserção de pessoas, principalmente jovens, no mercado de trabalho brasileiro. As vagas são abertas para as mais diversas áreas e seguem perfis específicos para cada modalidade. Contudo, antes mesmo de chegar ao mundo corporativo, é preciso escolher o caminho profissional a seguir. Nesse ponto, muitos podem ter dúvidas. Por isso, acompanhe algumas dicas!

Áreas em alta

Recentemente, o LinkedIn divulgou uma lista de ocupações com alta demanda nos últimos cinco anos. Compõem a lista os 25 cargos com maior crescimento na base de dados da rede social entre janeiro de 2017 e julho de 2021. Entre as posições mais visadas, estão as de recrutador especializado em tecnologia, engenheiro/cientista de dados, gestor de tráfego e pesquisador em experiência do usuário.

Diante desse cenário, Raphael Moroz, jornalista e psicólogo com mestrado em comunicação e linguagens, destaca como o terreno está fértil para quem deseja iniciar uma carreira nessas opções ou mudar de área. “Mesmo assim, a ansiedade e a insegurança são sintomas bastante comuns entre quem deseja dar esse vital passo na vida”, conta.

Dúvidas são comuns, mas é preciso saber a maneira de respondê-las

De acordo com o especialista, perguntas como “qual é a primeira coisa a se fazer para realizar uma escolha?” e “como saber se a minha decisão está adequada?” são frequentes. Definir qual caminho seguir, portanto, é um dos momentos mais importantes da nossa trajetória, isso porque passamos grande parte do nosso tempo trabalhando.

Para se ter uma ideia, segundo um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a quantidade média de horas dedicadas ao labor por semana no Brasil é de 39,5. O país ocupa a 10ª posição no ranking dos países cujas populações passam mais horas executando tarefas desse tipo por semana.

Autoconhecimento é uma chave indispensável nesse momento

Dessa forma, conforme Moroz, para fazermos escolhas assertivas, precisamos direcionar o nosso olhar tanto para dentro, quanto para fora. “É fundamental, então, termos um bom nível de autoconhecimento e compreendermos a dinâmica do mundo corporativo”, destaca. Para ele, saber quem você é na essência envolvendo sua ocupação deve envolver, acima de tudo, a consciência sobre a personalidade, habilidades e interesses já dentro de si. 

“A respeito do mercado, é válido realizar um levantamento sobre aspectos como o perfil e as habilidades exigidas para os segmentos almejados, bem como sobre as eventuais vantagens e desvantagens de cada alternativa”, afirma. Dessa forma, veja algumas dicas capazes de ajudar na hora de optar por uma direção adequada ao seu perfil. 

  • ‘Conhece a ti mesmo’: “isso é fundamental durante o processo. Para ser um expert sobre si, vale pedir feedbacks sobre pontos fortes e as suas limitações para quem te conhece bem, realizar leituras voltadas ao tema e participar de um processo terapêutico”; 
  • Busque informações sobre os ramos visados: “quanto mais você souber sobre a realidade e a rotina das ocupações, mais seguro estará para definir. Outro ponto crucial é conversar com quem já atua no segmento para descobrir os prós e contras das trajetórias cogitadas”.
  • Desenvolva um planejamento: “organizar o seu processo é a chave para ter a situação sob controle. É importante, então, dividir as tarefas a serem realizadas em etapas e estabelecer prazos para concluí-las”;
  • Faça networking: “a empregabilidade depende, em grande parte, de indicações e parcerias de pessoas influentes em suas respectivas áreas de atuação. Por isso, comece o quanto antes a estabelecer relacionamentos duradouros com pessoas estratégicas em relação à sua (futura) profissão”. 

O hibridismo como realidade daqui para frente

No último mês de março, completamos dois anos de pandemia e, para muitos, é um biênio de home office. Com as regras sanitárias mais flexíveis, contudo, muitas entidades estão adotando o regime híbrido. Uma pesquisa da consultoria KPMG aponta como 85% das corporações pretendem adotar tal regime em 2022. Outras estão retornando ao presencial 100%.

Diante desse cenário, é necessário, inclusive, entender qual é o seu perfil de atuação para se adaptar às mais diversas modalidades. Por exemplo, quem gosta do conforto de casa provavelmente ficaria frustrado em ter atuação externa nos cinco dias úteis da semana. Ver quais ocupações oferecem maior flexibilidade pode ser uma boa aposta. 

Satisfação deve ser considerada

Todos seguem se adaptando a essas mudanças e, além desse cenário, a pandemia também mexeu com a relevância de algumas profissões e funções no mercado, conforme as tendências e necessidades acarretadas pela Covid-19. Com isso, a transição de carreira, seja por necessidade ou por oportunidade, também esteve em alta. 

Para se ter uma noção, segundo apontamento da Microsoft - Work Trend Index 2021 -, no ano passado, na América Latina, 53% dos trabalhadores consideravam migrar de ramo. Em uma realidade tão instável, a qual demanda constante adaptação, é comum questionar sua satisfação e realização. 

Dá para ser feliz

Segundo a psicóloga Silvia Zoffmann, especialista em consultorias de RH, mesmo em um cenário instável, é possível tornar sua ocupação mais atraente. “Normalmente, projetamos no ambiente corporativo a responsabilidade pelo nosso prazer e motivação. Porém, esquecemos como esses locais são compostos por pessoas e esse é o principal combustível para tornar a atividade mais atraente”, destaca. 

Assim, o vínculo pessoal estabelecido com os membros parte dessa cadeia produtiva, como parceiros, fornecedores, colegas, gestores e clientes é fundamental para gerar mais alegria. Além de criar e cultivar essas conexões e promover relações saudáveis, Silvia elenca outras ações responsáveis por deixar o trabalho mais atraente. “Ferramentas de orientação de carreira e apoio psicológico, oferecidas por muitas organizações, devem ser aproveitadas, pois favorecem bastante o encontro do sentido”.

Por último, a psicóloga destaca a necessidade de reconhecer seu histórico de realizações e desenvolvimento para não depender de desafios e novidades a todo o momento para se sentir atraído pelas suas incumbências. “Além de tudo proporcionar por uma companhia a seus colaboradores, é importante eles próprios saberem levar uma vida com menos expectativas e mais foco nas próprias responsabilidades. Isso ajuda muito a tornar o expediente mais prazeroso e produtivo”, finaliza.

O que você precisa saber antes de escolher a carreira?

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