No início do ano, muitos estudantes estão buscando a melhor estratégia para estarem prontos para nova edição da prova do Enem - o Exame Nacional do Ensino Médio, programado para acontecer em novembro deste ano. Para muitos, é a principal porta de entrada para a faculdade e, não apenas isso, como também para o universo profissional.
O estágio é oferecido tanto para quem está no nível médio ou técnico, quanto para os universitários. Contudo, muitos começam a buscar vagas do tipo quando entram na faculdade. Por isso, saber os melhores meios para conseguir se destacar na prova pode garantir diversas novas possibilidades para a trajetória. Veja as dicas!
A avaliação é o meio mais assertivo para inserir brasileiros no nível superior
É fundamental se preparar com antecedência para alcançar o resultado desejado e é comum os concorrentes não saberem bem por onde começar, em meio ao grande volume de informações das mais diversas disciplinas. Portanto, como garantir que se está no caminho certo, sem se perder no “mar” de conteúdos para revisar?
“Para o plano de estudos funcionar é preciso, antes de tudo, estar alinhado ao objetivo do candidato. Colocar os escopos no papel é o primeiro passo para não se sentir perdido, e assumir o controle da própria preparação. Além disso, o cronograma deve levar em conta as características individuais”, ensina o Professor Ferretto, fundador da plataforma de mesmo nome.
Um dos grandes influenciadores na América Latina quando o assunto é matemática, Ferretto criou um canal on-line com 11 professores de todas as disciplinas do EM. Os assuntos abordados englobam física, química, biologia, geografia e atualidades, filosofia, história, sociologia, português (interpretação de texto, redação e gramática), literatura e inglês.
Pensando em garantir proveito máximo nesse momento de preparo para chegar nos dias do teste e ter um desempenho acima da média, é preciso seguir alguns preceitos. Sendo assim, veja os pontos classificados pelo especialista como erros e equívocos na hora de montar seu cronograma:
- Querer estudar “o tempo todo”
Um deslize frequente é “exagerar na dose”, ou seja, querer iniciar logo cedo, às 6h da manhã ou até antes e esticar a “maratona” até tarde da noite. No entanto, segundo Ferretto, esse tipo de prática não é recomendada.
“O principal é estabelecer uma rotina fixa no dia, podendo ser em qualquer momento. Entretanto, é preciso criar um padrão possível de cumprir e não ser ambicioso demais. Não indico ninguém se aplicar além de oito horas por dia. Além disso, esses períodos devem ser fracionados. A cada 2h ou 3h de dedicação, é necessário fazer uma pausa de dez a 15 minutos, para um café ou um intervalo breve. Isso ajuda a manter a concentração, bem como evita o cansaço excessivo”, recomenda.
Para Ferretto, muitas vezes o “menos é mais”. “Sempre digo como 3h a 4h bem estudadas são muito mais efetivas em relação a 8h ou mais, mas com baixa concentração e repleta de distrações com redes sociais ou outros fatores. O importante é a qualidade dos períodos dedicados diariamente à preparação”.
- Eleger disciplinas “queridinhas”
Outro “deslize” a ser evitado é se dedicar mais a algumas disciplinas e negligenciar outras da qual o candidato não gosta ou tem mais dificuldade. “É imprescindível alternar as matérias para nenhuma passar despercebida. Depois disso, defina quais assuntos têm mais dificuldade, para então priorizá-los no seu cronograma”, orienta.
Além disso, segundo o professor, é preciso analisar os tópicos mais propícios a serem abordados na avaliação. “É difícil os temas serem os mesmos de um ano para o outro. É preciso resgatar questões de algumas versões passadas e verificar quais os assuntos mais cobrados, em um período maior em relação a apenas um único ano”, ensina.
Luana Pimentel almeja ingressar no curso de engenharia civil em 2023. Ela tem facilidade com as ciências exatas, principalmente com a física. “Amo os cálculos e entendo as normas com facilidade, então é uma área muito interessante para mim”, comenta a aspirante a universitária.
Todavia, Luana sabe da urgência em focar em outros campos, como os de humanas e linguística, para não ter notas boas apenas no campo de sua familiaridade. “A gente precisa ser multifacetado, principalmente nesse momento, então deixo os meus gostos e aptidões de lado para focar nos meus maiores desafios”, conta.
- Não testar a própria evolução
É importante, também, estabelecer a cada duas ou três semanas, um simulado para se certificar da assertividade do planejamento traçado. “Dessa forma é possível verificar a evolução do aluno e o quanto as ideias apresentadas são, de fato, absorvidas", sugere o criador da plataforma de estudos.
O ideal é fazer ao menos uma dessas análises por mês, para observar o progresso. “Dessa forma, pode-se mudar de rumo e adequar a agenda se for o caso. Ficar muito tempo sem fazer isso é prejudicial, porque pode acarretar na perda do tempo dedicando-se a uma estratégia pouco eficiente”, alerta.
- Limitar-se a conteúdos em texto
Outro equívoco apontado por Ferretto é se preparar somente a partir de livros ou apostilas de exercícios. “Recomendo buscar videoaulas, filmes, séries, documentários, podcasts os quais expliquem de uma forma simples e resumida cada assunto. Isso ajuda bastante a compreender e relembrar os temas”, diz.
Ele destaca como, hoje, existem muitas possibilidades multimídia à disposição e essas, por sua vez, podem e devem ser exploradas. “Variar os formatos também auxilia a manter-se concentrado, pois o processo não fica tão maçante e repetitivo”, avalia.
- Considerar o descanso como uma “bobagem”
Não se esqueça, também, de reservar momentos de descanso e lazer, para não ficar sobrecarregado. “Isso é fundamental, ninguém vive apenas de estudar. É preciso aceitar a necessidade de reservar parte do relógio para outras atividades do dia a dia, inclusive ao repouso, algo indispensável para a saúde física e mental”.
Por fim, o especialista reforça como o cronograma é um “grande aliado” para auxiliar a manter o foco. “É essencial conferi-lo todos os dias, para não se esquecer de nada, e sempre quando julgar necessário, fazer ajustes, caso a prioridade tenha mudado ou a forma pela qual vem sendo executado não esteja dando certo. Leve isso a sério, para realmente fazer a diferença nos estudos”, finaliza.