Uma coisa é certa: aprender nunca é demais e conhecimento ninguém pode te tomar. Segundo o Fórum Econômico Mundial, em seu relatório intitulado “O Futuro do Trabalho”, dentre as competências mais requisitadas para os próximos anos, está ‘Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado’. Ou seja, estudantes, estagiários, aprendizes e efetivos precisam se manter ativos nos estudos para crescerem profissionalmente.
Aprender nunca é demais!
Consoante a Vivian Cristina Rio Stella, linguista com doutorado pela Unicamp, fazer uma retrospectiva dos conteúdos aprendidos pode trazer novos insights e reforçar expectativas. “O importante é listar, escrever, para materializar pensamentos, ideias. Pode ser cinco minutos por semana”, sugere. Ela ainda recomenda: é preciso fazer isso com constância, incluindo na agenda um tempo para se tornar parte da vida e do trabalho.
Para quem não está habituado em manter a aprendizagem na rotina, Vivian enfatiza três perguntas: o que eu quero aprender, por que e como? A partir desses questionamentos, é indicado começar a explorar as intenções, para evitar cair em modismos e fazer escolhas com motivações reais.
Quanto ao ‘como’, é preciso enxergar as possibilidades existentes, seguir perfis do mesmo nicho, conversar com quem sabe fazer, ver vídeos, ouvir podcasts, e também separar um tempo para aprender na prática. “Digo isso para a pessoa não sair se inscrevendo em cursos, mesmo abertos e gratuitos, porque muita gente se frustrou ao se matricular em vários e não terminar nenhum”, finaliza Vivian.
Quer incluir o aprendizado na rotina? Veja dicas rápidas!
1) Programe na agenda um momento para aprender:
Mesmo sendo um período pequeno no início, você pode ir aumentando o tempo para pesquisar temas distintos. “Como academia, não dá pra fazer tudo de uma só vez e nunca mais ir, é preciso construir um hábito”, ressalta a linguista.
2) Faça projeções:
Sempre se pergunte: acontecerá algo se eu não aprender isso pelos próximos três meses, um ano, cinco anos? Isso aguça o senso de necessidade. “Pesquisas apontam que 50% da força de trabalho precisa passar por reskilling nos próximos anos”, conclui Vivian.
3) Explore canais distintos:
Aposte em músicas, textos e podcasts, pois são canais dinâmicos e o conteúdo ainda pode ser salvo em seu celular ou computador, para ouvir ou ler quando quiser. Todos esses exemplos são ferramentas excelentes, ajudam a adquirir vocabulário e aprimorar competências.
4) Procure um parceiro de estudos:
Você provavelmente tem algum amigo, colega ou parente também interessado em incluir as pesquisas no cotidiano. Proponha encontros presenciais ou virtuais, no qual vocês só debatam sobre o tema escolhido. Dessa forma, é possível criar um grupo de estudos, inclusive, no WhatsApp, para facilitar a comunicação e tornar as reuniões mais assertivas.
5) Revise o conteúdo aprendido:
Existem muitas formas de fixar uma informação. Certas pessoas compreendem apenas por ouvir uma explicação, outras precisam de escrever e até criar imagens. Nesse sentido, antes de dormir ou quando acordar, principalmente, revise o assunto aprendido. Pode ser algo rápido, o fundamental é refrescar na memória.
6) Distribua prioridades:
Uma questão recorrente e problemática para a gestão de tempo é a urgência na qual certas atividades aparecem. Geralmente, acontece uma má distribuição de prioridades e costumamos apontá-la como falta de tempo. Entretanto, caso você defina bem suas metas e objetivos, fica mais fácil adaptar hábitos e, de fato, focar na aprendizagem.
7) Defina pequenas metas:
Bem como a metodologia de OKR’s (Objective Keys Results) prega, definir metas pequenas e mais palpáveis propicia maior entendimento do cérebro, para não sobrecarregar, desencadeando ansiedade ou desespero diante de um escopo grande. Por isso, decida onde quer chegar, pois o processo fica mais fácil quando você sabe esse destino e entende como fracioná-lo.
Quais as tendências da educação corporativa?
Enfim, é preciso se manter atualizado a fim de não se tornar obsoleto diante do mercado. Atualmente, vivemos um conflito geracional dentro das empresas e isso muda muito os assuntos em discussão. São indivíduos com bagagens diferentes, dividindo tarefas, decisões e responsabilidades no mesmo ambiente. Isso ainda tem uma relação direta com a busca por mais transparência e diversidade, bem como, com a construção de uma reputação empresarial positiva.
De acordo com Mariana Achutti, fundadora e CEO da SPUTNiK, o relatório "Macroterritórios educacionais”, lançado pela companhia, poderá guiar executivos pelas principais temáticas deste ano. “Muitas organizações avant-garde já estão se entendendo como plataformas impulsionadoras de conhecimento para a sociedade como um todo. Antes os alicerces da aprendizagem corporativa estavam calcados em garantir baixa rotatividade e alta produtividade entre funcionários, mas agora vai além. A educação corporativa do futuro olha para todos os stakeholders e transforma o mundo”, afirma.
Ademais, o levantamento também oferece dois pontos essenciais. Confira:
1) Lideranças respondem por 70% da variação de engajamento de uma equipe:
Conforme o estudo People Management: Pros, Cons and Development Opportunities, da Gallup, as lideranças respondem por 70% da variação de engajamento de uma equipe. Na percepção, gestores têm falhado em aspectos relevantes como comunicação, motivação e entusiasmo com o futuro.
2) 44% dos brasileiros sentem mais exaustão no trabalho desde o início da pandemia:
Segundo recorte nacional da pesquisa The future of work — the good, the challenging & the unknown, encomendada pela Microsoft, 44% dos brasileiros sentem mais exaustão em relação ao próprio trabalho desde o início da pandemia. Por outro lado, entre as prioridades dos administradores de RH, 28% estão focados em como cuidar do employee experience, de acordo com Pesquisa da Robert Half.
3) 64% das empresas acreditam na força da capacitação remota como algo imprescindível:
O dado é da Mercer Brasil e mostra como os processos de aprendizagem se adaptaram ao “novo normal”. Houve um aumento de 20% nesse investimento, de acordo com a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Assim, sairão na frente aquelas entidades dispostas a estimular o desenvolvimento de seus assistentes, com consciência dessa realidade cada vez mais digital.
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