A pandemia mudou a maneira das pessoas agirem e enxergarem a vida. As empresas sofreram impactos enormes e alterações sem perspectiva de volta. Segundo estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group - BCG, a maior parte dos modelos de trabalho existentes até 2019 está desatualizada e não serve mais para os novos desafios do mundo corporativo. Diante desse contexto, os dirigentes devem ficar ligados nas tendências para gerir seus funcionários e estagiários.
A gestão de pessoas
Para o coordenador de vendas do Senac São Paulo, Gustavo Marcolino, não cabe mais sobrepor o tal “propósito empresarial” ao público-alvo. “A gestão precisa, ao mesmo tempo, estar muito atenta ao colaborador com preferência pelo trabalho remoto/híbrido e também olhar para quem consome pelo meio virtual, por considerar mais seguro e rápido”, explica.
Algumas companhias têm investido em diagnósticos para compreender se o modelo a distância é aplicável ao negócio, se vale investir nessa prática para todas as áreas, se há necessidade de mudanças estruturais para isso e para entender quais critérios de avaliação de resultado serão utilizados. Precisará de novos indicadores?
Para Marcolino, a ideia da gestão baseada em uma equipe multidisciplinar passou de emergencial para providencial. “Com a crise sanitária, as organizações perceberam a necessidade de desenvolver um novo diferencial competitivo, tanto para clientes internos ou externos. Essa “nova cara” não tem a ver com “reinventar algo de sucesso”, mas talvez em um “novo jeito de vender” tanto para seu time quanto para consumidores”, acrescenta.
Tratando do ponto de vista dos departamentos de Recursos Humanos, é preciso olhar atento para demissão espontânea ou turnover voluntário, considerando diagnóstico vinculado a uma possível revisão de processos para a retenção e atração de talentos. Deve-se manter o alinhamento de valores, o propósito e os benefícios para valer a ideia de pertencimento. O trabalho de uma liderança bem desenvolvida e movida por uma estratégia de gestão de pessoas arrojada, é facilitador deste processo.
O retorno aos escritórios em uma pandemia não superada impõe desafios adicionais aos dirigentes, com dúvidas sobre as políticas de saúde e de segurança. Ademais, precisam ter acesso a informações claras ou, na iminência da falta de um caminho seguro, cobrar e se antecipar, dando feedbacks. “Parece óbvio, mas em meio a tantos obstáculos é bom observar o básico. Ruídos na comunicação ou a falta dela é um problema crônico”, afirma o coordenador.
A importância do reconhecimento
No dia 1º de março foi celebrado mundialmente o Dia do Elogio. À primeira vista, a data pode até remeter a contextos familiares e pessoais. Contudo, nos últimos anos, vem sendo fortemente trabalhada no meio corporativo em campanhas de incentivo à troca de belas palavras entre colegas e líderes. A prática é muito importante para o engajamento na entidade.
Essa cultura é um incentivo para a equipe buscar comportamentos merecedores de reconhecimento, como, por exemplo, a estruturação de projetos com bons resultados, a superação de desafios e o comprometimento com o time e objetivos da companhia. É essencial para os integrantes saberem onde estão acertando e se sentirem valorizados. Por isso, esse hábito é tão relevante: membros motivados se integram mais na rotina e têm melhores entregas”, comenta a head de Customer Success da Qulture Rocks, Giulia Andreotti.
De acordo com estudo elaborado pelo Linkedin, as pessoas não estão mais focadas apenas em obter uma promoção ou um salário maior. Conquistas da rotina também são levadas em consideração, como receber uma boa avaliação de alguém do grupo, segundo 38% dos entrevistados. Nos Estados Unidos, o reconhecimento contribuiu para uma atitude mais positiva no cotidiano (58%), atuarem melhor (45%) e até mesmo permanecerem por mais tempo na instituição (32%).
Manter um grupo motivado tem sido uma tarefa cada vez mais difícil. Não à toa, o índice de turnover no país têm aumentado nos últimos anos. De acordo com Pesquisa de Consultoria Robert Half, nos últimos três anos, a rotatividade nas companhias teve um crescimento de 38% no mundo e 82% no Brasil.
Como nem só de retornos positivos é feita a rotina corporativa, Giulia pontua: “a congratulação caminha ao lado do feedback, podendo às vezes ser negativo. No entanto, o ideal é fazer isso de maneira privada. Já no caso favorável, é essencial fazer publicamente, pois isso eleva a autoestima de quem recebe e estimula os outros a seguirem com boas práticas e comportamentos", finaliza.
Sendo assim, pratique boas ações com seu staff e mantenha-os sempre motivados e com vontade de buscar mais. Dessa forma, existirá um clima propício para o triunfo do seu negócio. Se você busca estagiários e aprendizes para te acompanharem nessa caminhada, entre em contato com o Nube!