A adolescência é uma fase da vida de muitas dúvidas, questionamentos e descobertas. Um dos grandes desafios dos jovens no período é o sentimento comum de se verem perdidos, desmotivados e inseguros com relação ao futuro. Por isso, fazer um intercâmbio pode ajudar e muito, a mudar essa situação. Inclusive, é uma ótima experiência para colocar no currículo e se destacar em vagas de estágio, jovem aprendiz ou até mesmo em outras fases da carreira.
Vantagens da prática
“Quando um indivíduo viaja para um lugar desconhecido, com outros hábitos e cultura, ele ganha vivência de mundo, amadurece e aprende na prática muito além de um novo idioma” – resume a CEO da Eagle Intercâmbio, Arleth Bandera. Além das mudanças comportamentais causadas nesse período em um país estrangeiro e longe dos pais, o currículo profissional também ganha outro status.
Justamente por conta disso, muitos pensam em passar por essa vivência. Para se ter uma ideia, de acordo com estudo do Nube, 73% dos mais novos pretendem ter essa possibilidade algum dia e outros 16% já estão juntando recursos financeiros para alcançar esse objetivo.
Quem já passou por essa possibilidade
Prova disso é Luana Reis. Aos 16 anos, aproveitou a chance de concluir o ensino médio fora do Brasil e fez o high school em uma cidade de 1,5 mil habitantes chamada Evadale, no Texas. “Sonhava com Nova York, imaginava minha vida sendo como nos filmes americanos e eu acertei, porém eu vivi um longa metragem no interior do Texas”, conta.
O cenário e vida tida como padrão lá fugia de seu repertório e bagagem. “Tudo era diferente da minha realidade, eu estava acostumada com São Paulo, cidade grande, com prédios e muitas pessoas. Lá, eu tinha de acordar cedo para dar comida para as galinhas, eu aprendi a andar de cavalo e, o mais importante, aprendi como a felicidade não está no lugar onde você mora, mas sim em nós mesmos”, aponta.
A situação atual tem mais otimismo
O momento está mais propício, hoje, para embarcar com tudo nessa caminhada. Isso porque, após os dois anos de pandemia, há mais flexibilização com a promessa otimista de controle da crise sanitária. Antes do vírus pegar o mundo de surpresa, o número de intercambistas brasileiros não parava de aumentar.
De acordo com o levantamento “Selo Belta 2020”, com dados referentes a 2019, cerca de 386 mil estudantes deixaram o território nacional para explorar conhecimentos no exterior. O número representava, até então, um crescimento de 5,8% em relação ao apontamento realizado anteriormente.
Vantagens da experiência
Luana aproveitou a experiência de todas as maneiras, incluindo as dificuldades iniciais de adaptação e a saudade de casa. Além disso, a grade curricular para esse tipo de passagem costuma ser recheada de atividades extracurriculares facilitando o entrosamento e o aprendizado.
Como planejar um intercâmbio pós-pandemia?
Ela pôde retornar aos Estados Unidos alguns anos depois, com a sua mãe e seu irmão caçula e dessa nova viagem, surgiu a Eagle Intercâmbio. “Quando fui, saí da minha zona de conforto, melhorei a fluência no inglês e descobri novos interesses e, com isso, faço questão de atuar auxiliando pessoas como eu a vivenciarem a mesma coisa”, conta.
Evidentemente, existem os impasses a serem ultrapassados. “Claro, temos os ‘perrengues’ e a falta da família ou do lar bate, mas todos os obstáculos são superados quando nos conscientizamos de tudo a aprender e conhecer, além do quanto evoluímos nessa jornada”, reforça Luana.