O conceito de carreira está sofrendo profundas transformações. Nesse sentido, as vagas, habilidades necessárias pelo mercado e o perfil do profissional também estão em mudanças para se adequar à nova realidade. Então, estagiários, aprendizes e trabalhadores em geral precisam estar atentos a essas alterações.
As novas tendências
A necessidade de isolamento em função da pandemia contribuiu para acelerar no país a adoção do home office e do modelo híbrido. Para se ter uma ideia, no início de 2021, o Brasil tinha 7,9 milhões de pessoas atuando a distância, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa situação mudou as expectativas do departamento de recursos humanos (RH) a respeito das contratações. Competências associadas à organização pessoal e à capacidade de entrega descentralizada passaram a ser cada vez mais demandadas.
Para a especialista e gestora de RH da JET, Camila Couto, é preciso preparar lideranças para identificar esses pontos. “Hoje, temos colaboradores espalhados pelo Brasil. Por isso, os gestores devem ficar ainda mais alerta às questões emocionais da equipe, trazendo as demandas ao RH. Precisamos falar dos sentimentos gerados com a crise sanitária, como medo e ansiedade e as entidades devem criar espaços para os indivíduos se sentirem acolhidas”, diz.
Muitos se ajustaram e não desejam voltar, pois ganharam benefícios e não querem perder, como o ganho de qualidade de vida. “Isso fez os profissionais desenvolverem aptidões mais fortes de comunicação, relacionamento, organização e planejamento. Devem ter a iniciativa de buscar relacionamentos quando precisam de ajuda, devem se expressar e ter proatividade para dar os primeiros passos. Enfim, destacaram-se aqueles com perfil multitarefa e foco em resultados, dentro de prazos”, complementa a gestora.
A colaboradora da JET, Mayara Sueto atua há sete meses totalmente remota, ela vive em Marília, enquanto o escritório fica na capital. “Vou para a sede, em média, uma vez por mês. Meu rendimento é muito maior quando estou em casa e os encontros no prédio são voltados para contato humano - não para o ofício em si”, comenta.
O surgimento de novas profissões
O crescimento da quantidade de sujeitos conectados criou uma nova figura no organograma de muitas companhias. O CRWO (Chief Remote Work Officer na sigla em inglês), é o responsável pela estrutura de operação híbrida ou remota. São indivíduos dedicados em todo o tempo em pensar e executar a estrutura descentralizada nas instituições com foco em aspectos como tecnologia, segurança da informação, cultura organizacional e automação de processos.
Para o CEO da Netglobe, Renato Batista, aos poucos as corporações têm conseguido estruturar o funcionamento das atividades para seus funcionários conseguirem aproveitar todas as novas perspectivas. “A conexão é o presente e o futuro e isso influenciará até o perfil dos talentos independentemente. Tudo acontece a partir de ligações estabelecidas”, conclui.
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