Os últimos dois anos não foram os mesmos e os próximos também não serão. O “novo normal” transformou as vidas e os efeitos refletiram no bem-estar de todos profissionais: estagiários, aprendizes, autônomos, empresários, etc. Contudo, como mensurar tamanho impacto e tomar as devidas providências? Continue lendo e entenda melhor sobre o assunto.
Uma síntese do cenário
Com a rotina profundamente modificada, as emoções foram à flor da pele durante a pandemia. De acordo com pesquisa da People+Strategy, o sentimento predominante durante o período foi negativo para 67% dos entrevistados. Medo, ansiedade, insegurança, incerteza, tristeza, cansaço, angústia e preocupação foram as sensações mais citadas.
Afinal, os trabalhadores viram o seu dia a dia profundamente modificado por instabilidades e inseguranças em protocolos de atendimento e atenção, somados as suas aflições e anseios na esfera pessoal, laboral e familiar. “Hoje, muitas pessoas desenvolveram quadros de ansiedade e depressão, bem como quem já teve esse problema antes da Covid-19, mas mesmo com a situação controlada, voltou a ter crises mais frequentes e intensas. Isso tem agravado, principalmente, a saúde mental de crianças e adolescentes”, diz a pediatra, pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, Gesika Amorim.
A diminuição da alegria foi uma realidade para 25% das pessoas, enquanto o terror aumentou em 4,5 vezes, o desânimo 3,5 vezes e a raiva 3 vezes. Os níveis de estresse e angústia também dispararam. Em uma escala de zero a dez, 741 pessoas responderam grau máximo, contra 107 antes da doença viral.
Então, qual a saída para essa desordem emocional? Para mais de dois mil respondentes, o melhor é fazer atividades prazerosas como ouvir música ou interagir com um animal de estimação. Já pouco mais de mil pesquisados preferem conversar com amigos e familiares. Distrair-se, mudar o foco, passou a ser uma questão de sobrevivência.
Redobre o autocuidado
No entanto, quando o assunto é a quantidade de trabalho, os resultados são surpreendentes. Com o isolamento houve um aumento de 120% na quantidade de indivíduos com jornadas de mais de 12 horas diárias, seguido por um crescimento de 20% de quem atuava entre 10 e 12 horas.
Sendo assim, com essa intensidade e cargas longas, dorme-se menos e tem a qualidade do sono comprometida pela tensão. Apenas 43% descansam além de sete horas, comparado a 68% antes do caos de saúde pública. Logo, aumentou em três vezes quem repousa apenas três horas. Ou seja, quantia insuficiente para garantir a tomada de decisão com plena capacidade, o humor, a automotivação e relacionamentos saudáveis.
O lazer e a interação com a família também diminuíram. O distanciamento fez crescer em 300% o volume de colaboradores sem nenhum tipo de diversão, um fator preocupante, pois para suportar extensos períodos de serviço e pouco descanso. Dessa forma, 25% ampliou o consumo de medicamentos.
Para o diretor da People+Strategy, consultor e especialista em estratégia, planejamento e transformação cultural, João Roncati, é assustador essa queda da higidez intelectual. “Isso passa a ser imperativo para prover condições de ofício e acolhimento as quais ampliem a qualidade e uma perspectiva positiva de mudança de curto prazo”, aconselha.
Portanto, redobremos os autocuidados e a preocupação com o próximo! Continue acompanhando nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e contamos com a participação de diferentes especialistas. Assim, você destaca a sua corporação em meio ao mundo empresarial. Conte com o Nube!