A pandemia nos fez reformular todos os aspectos de nossas vidas. Muitas alterações aplicadas nesse período, ficarão para sempre. A situação serviu também para uma reavaliação no ambiente corporativo. O panorama de incertezas oferece riscos, mas também oportunidades de negócios e carreiras, tirando as pessoas e empresas da zona de conforto. Dessa forma, estudantes, estagiários e funcionários precisam estar atentos às novas preferências dos gestores.
As mudanças no ambiente empresarial
Para o coordenador do MBA de Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação do Idesp, Jeferson D’Addario, muitas profissões vão mudar e outras surgirão, oferecendo possibilidades para quem está antenado e preparado. “As corporações precisam entender a necessidade de capacitação e treinamento contínuo e evolutivo dos colaboradores. As universidades corporativas podem ser terceirizadas como escolas. Esse investimento na atualização e reciclagem das competências da equipe terão um grande valor”, afirma.
Segundo o especialista, o desenvolvimento humano do profissional será levado mais em conta na hora da sua contratação ou na permanência no cargo. “Afinal, muitos não pensam só no salário. Querem um propósito”, complementa. Sendo assim, um bom candidato avaliará essas características na hora de escolher para onde irá. Horários flexíveis, bem-estar, autonomia e clima saudável são alguns dos desejos atuais.
Com o isolamento social, muitas organizações precisaram acelerar o processo de transformação digital e adotaram tecnologias para continuarem vendendo. Já o staff, se atualizou para a adaptação ao “novo normal” e assim manter os seus cargos ou aproveitar oportunidades. Isso deveria ter acontecido há bastante tempo, mas só ocorreu devido à crise.
Nos últimos anos, o Fórum Econômico Mundial tem apresentado relatórios sobre o futuro do trabalho. Segundo o estudo, publicado em 2021, 35% das competências exigidas para a maioria das profissões sofrerão mudanças. Tratando-se das companhias, 55,4% encontram deficiências nas skills dos times e isso atrasa a adoção de novas soluções.
De acordo com o estudo, as seguintes aptidões estarão em alta até 2025:
- Pensamento analítico e inovação;
- Aprendizagem ativa;
- Resolução de problemas;
- Pensamento crítico;
- Criatividade;
- Liderança;
- Uso, monitoramento e controle de tecnologias;
- Programação;
- Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
- Raciocínio lógico;
- Inteligência emocional;
- Experiência do usuário;
- Ser orientado a servir o cliente;
- Análise e avaliação de sistemas;
- Persuasão e negociação.
A importância da empatia
Muitos dirigentes conseguiram se identificar com outra pessoa, seus sentimentos e desejos. Ou seja, literalmente, se colocar no lugar do outro. Com isso, buscaram soluções para ajudar seu grupo a ser produtivo, mas de forma saudável, por conta do momento difícil dos últimos anos.
Diversos locais implementaram home office, definiram horário para envio de mensagens e outras políticas com o objetivo de evitar excessos de demanda. “Em casa ou no escritório, todos têm o direito a um tempo para almoçar, ir ao banheiro e tomar café. Mediante treinamentos ou palestras, os diretores foram instruídos sobre essa realidade”, comenta a CEO da Punder Advogados, Patrícia Punder.
Como avaliar a performance de quem perdeu um ente querido devido a doença? “Realizar a avaliação por metas individuais nessa situação é, no mínimo, desumano”, ressalta Patrícia. Dessa forma, é preciso compreender as dificuldades de cada um, oferecer ajuda e encontrar uma saída onde todos os envolvidos saem ganhando.
Portanto, fique de olho e esteja disponível para todos ao seu redor. Se desenvolva e se atualize de acordo com as necessidades do mercado. Dessa forma, você sairá na frente dos concorrentes e se destacará. Conte conosco!
