Você já deve ter ouvido a frase “as marcas precisam entreter em vez de interromper”, certo? Isso porque, com a escalada de conteúdo sendo gerado a todo momento, a disputa por minutos de atenção está cada vez mais acirrada. Contudo, ignorar o comportamento do consumidor é perigoso e pode ser fatal para organizações com o objetivo de prosperarem em 2022.
Nem tudo é sobre leads e conversão
No entanto, 90% das vezes de quando é falado sobre clientes em potencial no mundo dos negócios, a pauta fica atrelada à geração de leads e taxas de conversão, desconsiderando a profundidade da comunicação da marca com a audiência. Munir a equipe de vendas com listas e informações é, sem dúvidas, essencial para qualquer companhia.
Porém, está longe de ser a única via. Investir em conteúdo e relacionamento, por exemplo, tem se mostrado um excelente caminho para quem busca conexões profundas e diferenciação. “Fomentar o lifelong learning, transmitir conhecimento e proporcionar novas experiências por meio de conteúdo estão cada vez mais em alta”, explica Gabrielle Teco, CEO da Qura.
Conteúdo de qualidade deve ser o foco
Para ela, mesmo quando a demanda chega como amplificação de mensagem publicitária, o time deve se dedicar para adaptar o pedido para um tipo de entrega menos interruptiva e mais educativa. A empresa lançou, recentemente, o podcast "Pé na estrada com o cliente", abordando os temas mais relevantes sobre como atrair público para sua corporação.
Letícia Menezes, estudante de tecnologia da informação, é uma entusiasta por esse tipo de aprendizado e conhecimento. “Gosto quando as produções partem de pessoas, mas sigo algumas empresas, pois passam conteúdos muito bons. É sempre interessante se manter inteirado sobre a sua área e as possibilidades para o futuro”, conta.
Outro exemplo legal citado pela especialista é o Cloudly, trilogia da Oracle contando a história da cloud no mundo. “Como esse é o tema do momento entre as grandes empresas de tecnologia, optamos por diferenciar a marca oferecendo um conteúdo instrutivo, bem produzido e levando a mensagem para uma audiência super qualificada", comenta Gabrielle.
Interação também é muito válida
Nem só de podcasts vivem as companhias. Embora o consumo por esse tipo de mídia tenha aumentado de maneira significativa - 200% em 2020, segundo o Spotify, principal plataforma de streaming de áudio do mundo - os eventos digitais seguem em alta como estratégia para gerar engajamento e conversas relevantes.
Após o isolamento social, as coisas mudaram. “Depois da chuva de lives observada no início da pandemia, observamos uma queda de 35% da audiência em produtos menos interativos, como webinars e palestras. Já eventos no formato mesa redonda, onde o mediador consegue fazer a conversa parecer um bate-papo entre amigos, tiveram uma alta de 20% na retenção da atenção quando comparamos com os dados pré-pandemia", adiciona a CEO.
SEO é importante, mas é preciso ir além
Em mundo no qual qualquer informação está a um clique de distância das pessoas, ir além do blog-post pode fazer toda a diferença para as marcas. As estratégias de SEO continuam relevantes e, na maior parte dos casos, indispensáveis para atrair o foco na navegação pela web.
Entretanto, passar para um próximo nível de conexão e engajamento com consumidores em potencial exigirá das corporações não só criatividade, mas também uma preocupação genuína com a curadoria e a produção do conteúdo assinado por elas. Ficar ligado nisso pode fazer a diferença para este ano.