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Quais as tendências para a educação neste ano? 

Notícia | 04/01/2022

Laura Pereira

A pandemia impactou drasticamente o setor educacional. Assim, muitos estagiários, aprendizes e CLTs da área precisaram se adaptar às pressas ao remoto. Nessa migração emergencial, em primeira instância, as estratégias e rotinas foram ajustadas para se tornarem mais assertivas devido a circunstâncias. Segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 99,3% das instituições de ensino brasileiras suspenderam suas atividades presenciais. 

Depois, na medida do possível, os encontros físicos prosseguiram aos poucos. Conforme o mesmo levantamento, as entidades privadas foram as primeiras a retomar as atividades e isso exigiu uma nova adequação. Neste ano, a situação da aprendizagem apresenta questionamentos: quais as tendências para esse segmento? Como fica a educação em 2022? 

Como está a educação atualmente?

Agora, muitas escolas estão trabalhando em regime híbrido. Segundo Adriana Maria Rodrigues, graduada em pedagogia, especialista em inspeção escolar e analista educacional na Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Caratinga, em Minas Gerais, esse modelo foi imprescindível durante a crise sanitária. “Talvez seja uma tendência para o futuro, mas do meu ponto de vista representa uma exceção e não uma regra.” 

Isso reflete em vários impasses, deixando inúmeros pontos em aberto: como planejar o próximo ciclo letivo? Quais os novos desafios da gestão escolar? Essas interrogações são levantadas pelo CEO (chief executive officer) da Sejunta, Guilherme Camargo. Com intuito de expor as predisposições do mercado, ele separou alguns tópicos neste novo tempo. Veja:

5 tendências para a educação em 2022

  1. Investimento em métodos

Com o advento, as tecnologias se mostraram indispensáveis para a realização das mais diversas atividades. Colégios do mundo todo adotaram as inovações em grande escala. “Com o cenário evidente, as escolas devem se apoiar em empresas especializadas, para ter um investimento revertido em respostas e retorno”, afirma Camargo. 

Entretanto, sem o desenvolvimento contínuo dos mestres, uma integração efetiva na prática pedagógica e a implementação adequada, a probabilidade de promover mais impasses se comparado com as soluções é grande. 

  1. Implementação de novas metodologias 

O ensino remoto exigiu adequação em todos os processos. Novas táticas precisaram ser desenvolvidas e a didática foi colocada à prova. As metodologias ativas foram repensadas e junto delas entrou a modernidade. Para Adriana, “hoje, a tecnologia está presente em nossa vida em todos os aspectos e nossos alunos estão muito à frente, porque nasceram na era digital. Nesse contexto, serviu como ponte de acesso ao conhecimento”, comenta. 

  1. Personalização no processo de aprendizagem

“Estudantes aprendem do seu próprio jeito e têm preferências únicas”, aponta o CEO. Logo, respeitar as diferenças e as inúmeras maneiras de estudar é crucial nessa circunstância. Consoante a Camargo, “utilizar tecnologias para apoiar as necessidades é um grande passo para melhorar os processos.” A personalização da aprendizagem é uma tendência latente, levando em consideração os acessos aos recursos por parte de cada indivíduo. 

  1. Desenvolvimento de aptidões do futuro

Um dos grandes objetivos e desafios da academia é desenvolver um discente capaz de pensar de maneira crítica, ser criativo e resolver problemas complexos com efetividade. Essas aptidões são desenvolvidas com o uso de ferramentas crescentemente virtuais, além da necessidade de um orientador para apoiar no trajeto até alcançar essas metas. “Essas habilidades serão fundamentais para o profissional do futuro”, destaca Camargo. 

  1. Protagonismo no ensino-aprendizagem 

Tornar o educando protagonista permite a evolução de diversas competências, de modo a incentivá-lo cada vez mais para absorver os conhecimentos com mais facilidade. De acordo com um relatório do Instituto Gallup, 75% dos professores afirmaram: eles aprendem melhor quando conseguem se expressar e se sentem mais autônomos. “Essa inclusão tem um efeito transformador na maneira como eles interagem com o conteúdo”, afirma o chief executive officer

Para a analista educacional, agora a área encontra outros paradigmas. “Podemos enxergar como um momento desafiador para o crescimento. Porém muita coisa mudou para melhor, por exemplo o uso das tecnologias na educação, uma carência de muito tempo e de uma maneira ‘forçada’ foi obrigada a incorporar. Quanto aos profissionais, precisaram se qualificar e buscar novos cursos”, comenta Adriana. 

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