Os últimos meses foram delicados pelo Covid-19 e isso refletiu nos profissionais. A sobrecarga de pensamentos e situações novas têm levado à exaustão física e psíquica. Quando diagnosticado como uma patologia, é chamado de Síndrome de Burnout. Também conhecida como tentar ser um super-homem ou uma mulher maravilha, um transtorno ocasionado por se exigir muito de si e a perfeição acima da média.
Como identificar?
O termo em inglês significa esgotamento. A quantidade de pessoas passando por esse distúrbio está cada vez maior e levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a reconhecê-la na Classificação Internacional de Doenças - lista de enfermidades e estatísticas de saúde.
- Nesse sentido, os sintomas mais comuns, de acordo com o Ministério da Saúde, são:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
Além disso, ter de provar o seu valor o tempo todo, dificuldade em se desligar do trabalho e ter momentos de lazer, problemas em socializar, constante insatisfação consigo e com os outros e resistência em assumir responsabilidades, são outras características. “Vivenciando esse ciclo, o sujeito chega em uma estafa completa, levando, muitas vezes, a realizar as coisas de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida”, diz a especialista em gestão de pessoas e facilitadora em desenvolvimento integral humano, Daniele Costa.
Como evitar?
Esta doença atinge cerca de 32% dos brasileiros, segundo estimativa da International Stress Management (Isma-BR). “Essa condição não leva apenas à fadiga, mas também pode criar sentimentos de frieza e apatia em quem prioriza a entrega de resultados como único ponto importante”, explica a diretora de operações da TotalPass, Isabelle Araujo.
Nesse sentido, é importante entender quais ações são preciso tomar para evitar este tipo de desgaste. “Ter Burnout é fruto de um mau clima organizacional por parte do empregador, e é responsabilidade dele criar uma estrutura para amparar e auxiliar o funcionário”, continua a dirigente. Por isso, ela listou alguns pontos a serem observados. Veja:
Estabeleça limites - não é fácil ter esta conversa, mas ela é imprescindível. “O mais importante é mudar as lentes, começar a se colocar em primeiro lugar, percebendo e acolhendo as imperfeições. Ademais, crie um novo mindset revisitando as definições de sucesso para si”, sugere Daniele.
Dê mais prioridade a atividades de lazer - ter uma válvula de escape e momentos de diversão faz toda a diferença, pois renova as energias e torna o descanso possível.
“Tire alguns minutos para olhar para si, seja por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual. Ou simplesmente parar e relaxar”, complementa a especialista em gestão.
Regule seu sono - não dormir é um agravante muito característico, pois causa muita irritabilidade e pode intensificar o Burnout. Então, procure criar um ambiente tranquilo o qual consiga repousar por, no mínimo, oito horas.
Procure ajuda profissional - sobretudo, dialogar sobre os obstáculos é fundamental para processá-los. Por isso, se estiver sofrendo com isso, busque um profissional para ajudá-lo.
Conversar com psicólogos e fazer terapia é um primeiro passo desafiador, mas vale a pena! No caso dessa síndrome, é imprescindível o acompanhamento com psiquiatras e psicólogos, pois estes profissionais saberão individualizar o tratamento e tomar medidas mais drásticas, se necessário”, finaliza Isabelle.
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