As dificuldades para as empresas não têm sido poucas no último ano, devido a pandemia da Covid-19. Por conta disso, não é novidade como uma boa liderança é aspecto indispensável para conseguir manter os negócios em um bom patamar e os colaboradores engajados com a marca.
Para se ter uma ideia, de acordo com a edição 2021 da Trust Barometer, realizada pela Edelman, as organizações são consideradas as instituições mais confiáveis, competentes e éticas, comparativamente ao governo, às ONGs e à mídia. O índice de credibilidade é de 61%.
De acordo com Fábio Fick, sócio da Kienbaum Consultoria, para construir esse sentimento nas pessoas, é preciso começar com a cultura interna. “O exercício da gestão é um dos papéis com maior crescimento sob o ponto de vista do protagonismo no mundo corporativo. Nesse contexto, a posição pode ser exercida de várias maneiras, pois depende muito do perfil desse profissional à frente dos negócios”, comenta.
Na jornada da coordenação, alguns erros devem ser evitados. “São falhas comuns e, muitas vezes, passam despercebidas”, destaca Fick. Veja:
- Não ser o exemplo de referência: distância enorme entre palavras e ações;
- Não compartilhar os planos de sua área ou de seu empreendimento: gostar de navegar sem direção. Não comunicar com clareza os ocorridos e quais aspectos são esperados do time;
- Ser centralizador: conquistar o papel da chefia muitas vezes gera insegurança em delegar funções e responsabilidades. Não acreditar nos colaboradores e não desenvolver sucessores passa a ser um pecado mortal. O líder deve ser o maestro e não o músico;
- Não ouvir a equipe: é errado pensar em como, por ocupar esse cargo, você sabe todas as respostas. É preciso promover o foco na solução e integrar a staff nesse processo. Saber perguntar ajuda muito na busca das melhores soluções;
- Medo de decidir e de errar: o maior aprendizado vem de decisões as quais nem sempre deram certo. Não arriscar é ficar no mesmo lugar o tempo todo, porém, a “fila anda”;
- Não dar ou saber aplicar e não pedir feedback: conversas duras muitas vezes são necessárias. A falta de devolutivas traz a cegueira no plano do desenvolvimento e não cria o estímulo para o crescimento de todas as partes envolvidas. Seja honesto com você mesmo e com os outros;
- Querer ser a estrela solitária: o papel do gerente pressupõe habilidade de influência e de relacionamento. Nada é conquistado sem a colaboração de outras partes. É vital ser o protagonista no papel de conduzir o time sem estrelismo;
- Não liderar pelo medo, pela imposição ou pela força: isso intimida o ambiente criativo e colaborativo. Distancia as pessoas e cria um abismo nas relações. Com o tempo o fracasso é garantido.
José Morais, estudante de engenharia, busca sempre se atentar em relação a erros e deslizes para conseguir crescer na carreira. “Mesmo se não formos gerenciar um time, precisamos nos policiar em relação a atitudes egoístas, porque elas prejudicam as relações”, compartilha.
A transformação digital nas empresas
Outro ponto a ser levado em consideração, de acordo com o especialista, é a questão da tecnologia no universo corporativo. “A pandemia acelerou a digitalização dos negócios por conta do isolamento social. Mesmo assim, metade das organizações brasileiras está longe da transformação - essa é uma das conclusões de um estudo encomendado pela Dell Technologies a Forrester Consulting”, aponta.
De acordo com os dados apurados, 73% dos empreendimentos no Brasil afirmam ter resultados orientados por dados, entretanto, apenas 28% admitem tratá-los de forma adequada. “A computação nos dias de hoje é fundamental e estratégica. Como parceira no processo de evolução das instituições, alinhada às ações, tornam o trabalho mais eficaz com a utilização correta dos recursos e, por consequência, a redução de custos”.
Por meio da evolução das plataformas cibernéticas e virtuais, globalização da conectividade e a disseminação em massa desses recursos, cada dia mais pressionam as organizações a modernizar as suas plataformas. “Essa será a diferença, em pouco tempo, entre a sobrevivência e a falência das marcas. Para contribuir para a mudança de cultura e mindset, é preciso preparar as pessoas e os líderes para essa jornada”, conclui.