A tecnologia já dominou muitos setores e vem agilizando inúmeros processos. Isso não é mais uma novidade. Contudo, uma tendência em especial está chamando a atenção de muitas empresas: o recrutamento on-line. No entanto, a avaliação é a mesma nesse formato? É um bom modelo para as empresas e candidatos?
Quem usa, aprova
Apesar de existir há algum tempo, muitos empresários tinham receio de analisar currículos e fazer processos seletivos pela Internet, mas com a pandemia e as medidas de restrições essa mudança foi praticamente obrigatória. Contudo, com a volta gradativa das atividades, muitos não pretendem abandonar essa modalidade.
Para o CCO e CO-founder da Huggy, Willians Oliveira, essa tendência tem se estabelecido muito bem no cotidiano empresarial, porque traz inúmeros benefícios, como conseguir criar um “funil”, avaliando o melhor candidato para a vaga de forma simplificada e organizada e até mesmo na hora de contatar os possíveis selecionados.
“Como sempre trabalhamos com o meio digital, foi muito fácil nos adaptar a esse segmento. Desde 2018, utilizamos a inteligência artificial e constantemente defendemos a ideia de ser uma opção fácil, rápida e segura. A tecnologia pode mudar vidas, desde quem busca o emprego até a contratante”, diz o executivo.
Skills modernas surgiram no período
Essas mudanças de cultura interna trouxeram facilidades e, ao mesmo tempo, transformaram muitos outros fatores. As competências comportamentais, por exemplo, agora são: iniciativa, autogestão, a administração do tempo, flexibilidade, adaptabilidade, comprometimento e capacidade de trabalhar sob pressão. Isso, sem contar a soft skill de inteligência emocional (IE).
Para a gerente de seleção do Nube, Helenice Rezende, o profissional precisa agir com prontidão frente a situações-problema e, diferentemente de quando no presencial, nem sempre terá alguém para auxiliá-lo instantaneamente. “Além disso, o autocontrole é indispensável na organização da rotina para cumprir as funções com excelência e dentro do prazo estipulado”, explica.
Também, levando em consideração as inconstâncias dos negócios, o profissional teve de aprender a lidar com cobranças de produtividade. Nesse sentido, a IE ajuda a compreender, expressar e trabalhar melhor as emoções ao enfrentar adversidades. “Logo, as companhias buscarão, cada vez mais, criar ferramentas para lidar com situações de crise. Por isso, competências para resolver e superar grandes desafios com facilidade serão essenciais”, complementa a especialista.
Vale a pena atualizar o currículo de acordo com o novo mercado
Portanto, é preciso se atentar às novas skills e exigências do mercado para compor o currículo (CV). Dependendo da vaga e das qualificações mínimas, o recrutador pode receber milhares de documentos de candidatos. Então, para começar, não use o mesmo arquivo para todos os processos. Cada entidade e posição tem um perfil diferente, por isso, uma boa dica é estudar a organização antes e adaptar o CV para cada lugar.
Sua apresentação deve refletir quem você é, suas qualidades e diferenciais. Ser honesto, claro e objetivo ajuda muito. Sobretudo, não minta, pois hora ou outra vão verificar as inconsistências e a situação ficará pior. Ninguém é perfeito, então, apenas demonstre seu desenvolvimento e aprendizados.
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