Segundo dados do Nube, o número de vagas para jovens aprendizes, em junho de 2021, triplicou em relação ao mesmo mês no ano passado. Comparando com o período em 2020, o aumento foi de 225%. Por isso, com o mercado de trabalho à procura de novos talentos, é imprescindível entender as burocracias por trás do programa e como utilizá-lo para dar uma guinada na carreira.
Como ser jovem aprendiz?
Primeiramente, é importante entender o conceito. A proposta busca unir o conhecimento adquirido na teoria com a realização de seus ensinamentos, de modo empírico. Tudo isso, firmado por meio de um documento, estimulando a empregabilidade entre os estudantes, de maneira a respeitar seu calendário acadêmico e incentivar o ingresso ao mercado organizacional.
De acordo com Joyce Martins, analista de recrutamento e seleção, “a principal ideia é o desenvolvimento de atividades compatíveis com sua aprendizagem, variando conforme a empresa e o setor de exercício”. Para participar, basta ter entre 14 e 24 anos incompletos, cursar o ensino médio ou já ter concluído seus estudos. Em caso de deficiência, não há limite máximo de idade para a contratação.
Quais as burocracias do contrato?
Em concordância com uma pesquisa da Secretaria de Trabalho, do Ministério da Economia, entre janeiro e março de 2021, foram criados 43.574 postos de atuação para aprendizes no Brasil, crescimento de 47% em relação à mesma época de 2020.
Segundo a Lei nº 10.097/2000, ampliada pelo Decreto Federal nº 5.598/2005, todas as organizações de médio e grande porte devem ter um número de jovens aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários.
O contrato visa unir a responsabilidade entre as partes, é formalizado entre o jovem e a instituição concedente, sendo esta também responsável pela matrícula no curso, sob orientação de uma entidade qualificada em formação. Quando há necessidade, o agente de integração facilita essa burocracia e oferece oportunidades para ambas as partes.
Ademais, o acordo tem prazo total limitado a dois anos, no qual o empregador se compromete a assegurar ao aluno, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Em contraponto, o discente deve executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa capacitação.
Quais os direitos do jovem aprendiz?
A validade do acordo pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, seguro de vida, recesso remunerado, preferencialmente no mesmo período das férias escolares, 13º salário e FGTS. “Além de outros benefícios, como vale-refeição, convênio médico e odontológico, se a companhia achar pertinente”, afirma a analista.
Atualmente pós-graduanda em transformação digital pela PUC, Merilyn Meneses foi Jovem Aprendiz por dois anos e, logo após, estagiária no mesmo empreendimento onde atua hoje, a revendedora Sotreq. “Na aprendizagem, eu trabalhava de tarde e estudava na parte da manhã”. Em conformidade com a legislação, o turno completo do lecionando não pode exceder 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais.
Qual a diferença entre ser estagiário e ser jovem aprendiz?
Cada um se adequa a uma necessidade diferente e a especialista explica sobre ambos os objetivos. O jovem aprendiz diz respeito à capacitação, permitindo uma inserção mais imediata no mundo empresarial, “seu curso precisa estar relacionado com a função exercida e o acordo é amparado pelo contrato de aprendizagem”, ressalta Joyce.
Já o estágio, é para o educando ter a prática dos ensinamentos, sendo um complemento. “É obrigatório matrícula regular em uma instituição de ensino e é necessário um professor orientador para acompanhar seu desempenho”, comenta a recrutadora do Nube. Além do mais, essa modalidade não possui vínculo empregatício e nem precisa ser remunerada, em caso de não obrigatório.
Consoante à Merilyn, independentemente, a ação é para somar na carreira. “Isso me fez desenvolver gestão de tempo e visão de futuro. Acompanhar a rotina do mundo corporativo influenciou diretamente na minha vida pessoal, em questão de amadurecimento, e também na profissional.” Ademais, ela estimula o ingresso ao programa Jovem Aprendiz, ressaltando sua incidência única diante do conhecimento.
Se você procura somar em suas habilidades para adentrar em grande estilo no mercado de trabalho, é preciso estar atento e turbinar o currículo, sendo a iniciativa uma ótima oportunidade. Ainda, no próprio site do Nube, é possível encontrar cursos gratuitos, com temas desde gestão de tempo até falar em público. Além de vários conteúdos para te preparar para uma entrevista de excelência. Conte com o Nube!