É comum o sentimento de ansiedade ou insegurança ao aprender algo novo. Isso porque, nesses momentos, diversas fraquezas e incertezas aparecem, além da dificuldade de não conseguir aceitar a suscetibilidade a erros e equívocos. Então, ao adquirir um conhecimento inédito, como uma segunda língua, ou retornar ao trabalho presencial, por exemplo, isso não é uma exceção.
As consequências
Assim, durante o processo de aprendizagem, o estudante terá de se expor. Isso pode causar vergonha, medo ou nervosismo, desencadeando sensações como timidez, inibição ou até um bloqueio em relação ao idioma.
Segundo a consultora pedagógica da Red Balloon, Nathalia Prete, essas sensações tendem a aparecer com mais frequência em jovens e adultos, pois eles compreendem melhor seus saberes ou não e é comum se sentirem mais inibidos e com receio de se arriscar e praticar. “Como as crianças ainda estão desenvolvendo suas habilidades, é muito mais fácil serem motivadas a tentar algo novo e a se aventurarem em atividades diferentes, diminuindo os efeitos da ansiedade e facilitando o aprendizado”, explica.
A inquietação pode inibir os indivíduos de se voluntariar e participar de tarefas orais, além de evitarem estruturas linguísticas difíceis. Com isso, aos poucos, eles podem imaginar uma defasagem e, portanto, não produzirão o quanto poderiam.
Dessa forma, não só a produção oral é afetada, como há também uma limitação na compreensão auditiva e na aquisição de vocabulário, levando a implicações negativas aos testes e podem até acarretar uma vontade de desistir.
Como superar a ansiedade e o medo?
Existem diversas formas dos professores contribuírem para amenizar essa insegurança dos estudantes em sala de aula, começando pela criação de um vínculo afetivo e de confiança com a turma. “Tratar os alunos com empatia e oferecer ajuda ou um ombro amigo para desabafar pode ajudar bastante”, afirma Nathalia.
Além disso, a família também tem um papel essencial. “O processo de aprendizagem de cada um pode acontecer em tempos diferentes e não é preciso exigir que seus filhos aprendam o mais rápido possível, basta confiar, pois estão fazendo o seu melhor”, complementa a consultora.
Pela primeira vez, de acordo com análise da Mercer Marsh Benefícios, a dificuldade de adaptação diante do isolamento social apareceu na lista das queixas com 2,92% dos pedidos de consultas. Ou seja, incertezas sobre o futuro agora estão também entre as causas de reporte a especialistas com 1,20% e queixas psicológicas, por causa de morte e luto, 1,10%.
Segundo a diretora de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh Benefícios, Antonietta Medeiros, é necessário também as empresas apoiarem os seus colaboradores e os ajudarem a tratar de questões relacionadas à saúde mental. “O distanciamento social, quarentena ou isolamento, alterou significativamente a rotina das pessoas e gerou uma incerteza e o medo de perda de renda pela impossibilidade de trabalhar”, afirma.
Isso porque, os transtornos comportamentais e de saúde mental já são a terceira causa de afastamento de trabalhadores no Brasil. “Uma crise como esta provocada pela pandemia, pode ter consequências de médio e longo prazo e comprometer o seu capital intelectual e a sua produtividade no momento da retomada ao trabalho”, complementa.
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