O financeiro é o combustível para toda empresa, mas, desde 2020, muitos segmentos foram impactados pela pandemia. Empresários viram o lucro despencar, enquanto as despesas cresciam na mesma proporção. Após meses com o fluxo de caixa no “vermelho”, as organizações retomaram o fôlego para recomeçar. Diante disso, elas têm buscado a reestruturação dos departamentos e isso passa, em primeiro lugar, pela área de entradas e saídas.
Motivação e perspectiva são essenciais
Para a contadora e especialista em controladoria e finanças, Beatriz Machnick, a dica inicial para novos começos é buscar motivação e perspectiva. “Muitas vezes, quem está recomeçando perde a energia motivadora, aquela responsável por expandir a visão e conduzir ao destino almejado. Aí, é preciso parar e voltar ao foco”, alerta.
A contadora, já nos primeiros seis meses deste ano, conseguiu atingir em sua empresa um valor superior ao faturamento de todo o ano de 2020. Ela acredita ser decisivo o controle emocional em momentos de crise. “Para quem teve perda de clientes e queda de faturamento, o conselho é voltarem a ter perspectiva para o negócio. Busque a estratégia e faça um novo planejamento”, reforça.
Organização é imprescindível
Beatriz exemplifica: em casos de dívidas, empréstimos e parcelamentos, o empresário precisará colocar tudo “no papel”. “Faça uma linha do tempo e desenhe ali uma previsão de quando terminará de pagar as contas. Isso é bom para visualizar e traz esperança”, acrescenta.
Gestão do futuro: se atente às tendências!
Esse critério não é importante apenas no contexto corporativo. Larissa Campos, estudante de engenharia, conta ser bem regrada quanto a seus ganhos e gastos. “Eu anoto tudo, estipulo metas de poupar, limito o quanto posso dispor para diversão e lazer, bem como com contas essenciais e, assim, consigo seguir com mais tranquilidade”, conta.
Um passo de cada vez
Reconhecer qual é a porcentagem representativa do endividamento em relação ao faturamento também é vital. Assim, se o parcelamento equivale a 20 ou 30% da renda obtida na organização, então, é preciso saber o quanto é necessário vender para cobrir o passivo.
A importância da gestão humanizada e sustentável
Outra orientação da especialista é dar um passo de cada vez. “Visualize o ponto de equilíbrio – o mínimo necessário de se faturar para cobrir os seus custos e despesas. Entenda a sustentabilidade para começar a projetar a receita e tome cuidado, pois é possível aumentar o faturamento e não crescer em lucratividade”, sinaliza.
Networking pode ajudar
Uma boa rede de contatos e a busca por especialistas na área de finanças ou no seu ramo de atuação também podem ampliar a visão eventualmente conturbada por causa dos momentos difíceis. “Profissionais externos e terceirizados trazem um conhecimento técnico relevante e imparcial ao negócio. Essas pessoas também darão um suporte emocional e psicológico imprescindível para recomeçar com novo fôlego”, complementa Beatriz.
Ela ainda acrescenta como o empreendimento em busca de reestruturação deve ter, no mínimo, relatórios de fluxo de caixa – ali estarão as previsões de entrada e saída, controle de capital de giro e apuração de lucro. É por onde o empresário saberá se realmente voltou a ter bons resultados.
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