Diante do aumento da taxa de desemprego disparada pela pandemia e pela histórica exclusão do acesso da pessoa com deficiência (PCD) ao mercado de trabalho, a pauta da diversidade e inclusão tem ganhado os holofotes nas empresas. Contudo, mesmo em ampla discussão, esses indivíduos enfrentam barreiras na entrada e permanência nas organizações.
O impacto da pandemia
Segundo a base de dados dos direitos da PCD, há mais de três milhões de PCDs no estado de São Paulo, sendo apenas 1,17% ativa no universo corporativo. Ainda, de acordo com informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do terceiro trimestre, tivemos um saldo negativo de 8.244 PCDs admitidas e demitidas.
Os colaboradores são o grande diferencial de qualquer organização para fortalecer o seu futuro. Por isso, é preciso estar atento também às diferenças de cada um, afinal valorizá-las vai muito além da ética e do respeito ao ser humano. “Cada um com o seu talento pode e deve desenvolver suas aptidões. Nesse quesito, a empregabilidade é o melhor caminho”, ressalta a secretária de estado dos direitos da pessoa com deficiência, Célia Leão.
Todavia, como as companhias podem evoluir em suas práticas inclusivas? “Primeiro, vale lembrar: ter uma marca mais diversa não é somente uma responsabilidade social, mas mostra o progresso das companhias no acolhimento da pluralidade da nossa sociedade. De quebra, a entidade desenvolve funcionários engajados, satisfeitos e produtivos, propícios a criarem um ambiente inovador trazendo também resultados internos satisfatórios”, explica o diretor de Recursos Humanos da MSD Brasil, Andres Massoni.
De acordo com pesquisa do Hay Group, 76% dos contratados por instituições preocupadas com o tema reconhecem maior liberdade e sentem-se seguros para expor suas ideias e inovar. “Essa abertura não acontece sem o envolvimento da gestão: um líder empático, incentiva e reconhece o universo inclusivo, aproveitando melhor as habilidades e gerando entregas superiores”, continua o dirigente.
Para ele, a diversidade é como um mindset, o qual considera também as várias maneiras de pensar e de viver. “Dessa forma, o verdadeiro potencial de cada sujeito vem à tona, pois ela tem a liberdade de ser criativa e se sentir confortável no local, assim, suas particularidades agregam nos objetivos da insituição”, complementa.
O retorno é, inclusive, financeiro
Conforme levantamento feito pela consultoria Mais Diversidade e publicado pela Você RH, a abordagem deve ganhar espaço na agenda corporativa. Isso porque 97% das companhias ouvidas pretendem manter ou aumentar seus investimentos em inclusão no próximo ano. “Tudo isso reflete uma sociedade cada dia mais voltada para a singularidade dentro do coletivo. Ou seja, concentrada em ver os seres humanos além de seus rótulos. É muito além do futuro, é o agora”, finaliza Massoni.
Ademais, de acordo com o estudo ‘Diversidade é Importante’, realizado pela McKinsey com 366 corporações no Canadá, América Latina, Reino Unido e Estados Unidos, as plurais são 35% mais propensas a obter retornos financeiros. Portanto, a adaptação aos novos contextos é fundamental para manter uma marca admirada. Por isso, acabar com as discriminações é uma necessidade humanitária. Independentemente do ambiente, setor, ocupação e etc. Afinal, somos todos seres humanos.
Então, quebre barreiras e desenvolva sua mente. Para isso, acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Assim, você se mantém atualizado e ainda se destaca no universo corporativo.
Qual a realidade onde você mora?