No último ano o mercado digital ganhou fôlego e não pode ser mais ignorado pelas empresas. Afinal, os hábitos de consumo e de trabalho vêm mudando de forma acelerada. Isso influencia diretamente nas vendas, produtividade, comunicação e até no radar de quem está decidindo por uma carreira na atual conjuntura.
O “boom” das compras virtuais
De acordo com levantamento feito pela rede internacional de franquias de marketing digital WSI, com base em dados do SMO Survey, eMarketer e análises globais sobre tendências, essa vertente deve continuar em crescimento nos próximos anos. Isso porque, conforme a pesquisa, 64% das companhias realizaram eventos ou reuniões virtuais em 2020 e 56% pretendem incorporar a modalidade ainda em 2021.
No Brasil, o cenário não é diferente. Segundo o mesmo estudo, estamos na lista dos dez países com maior média de vendas on-line em 2020. Já o relatório Webshoppers, da Ebit|Nielsen, assinalou um crescimento de 23% no número de brasileiros com hábitos de consumo pela Internet. “A pandemia acelerou a expansão do e-commerce e hoje ele é um produto essencial. Grandes marcas alavancaram o faturamento de forma assustadora, apesar da crise, porque olham para a tecnologia como o caminho para a evolução dos negócios”, afirma o presidente da WSI Master Brasil, co-fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board, Caio Cunha.
Ferramentas de otimização e de análise de resultados, atualmente utilizadas por agências especializadas, são grandes aliadas. Contudo, para o dirigente, em um mercado tão competitivo, os novos empreendedores devem ter em mente quais são seus objetivos para satisfazer os consumidores. “Eles precisam saber onde o público-alvo está navegando, quais são as suas dores e necessidades. Marketing digital não é só propaganda, é se comunicar, tirar dúvidas, responder perguntas e resolver aflições”, explica.
As oportunidades nesse ramo são muitas, mas quando buscam sobre um determinado produto ou serviço na web, os compradores procuram principalmente informação de qualidade. Os novos negócios, portanto, precisam estar atentos a essa inclinação. “É fundamental levar à audiência um conteúdo de valor, com uma solução. Assim, quando tomar uma decisão, vai lembrar da marca porque conheceu, avaliou e conversou com ela antes”, finaliza Cunha.
Transformação no relacionamentos
Ainda mais atual, talvez pela Covid-19, acentuou-se a preocupação coletiva. A identificação passa agora também pela afinidade de princípios: como a organização tem se conectado com causas sociais, defendido a bandeira da diversidade e inclusão, atuado de maneira sustentável e feito pela sociedade em meio a crise sanitária. “Além das palavras, atitudes revelam a real natureza e despertam o reconhecimento”, ressalta o executivo sênior de marketing para a América Latina da Thermo Fisher Scientific, Nicolas Marchon, do Rio de Janeiro (RJ).
O ciclo desse setor mudou e faz tempo. Deixou de ser linear e fez os funis se materializarem de variadas formas. “A conversão definitivamente abandona o aspecto de interruptor (liga e desliga) e passa a ser a jornada em si, na qual qualquer possibilidade de interação é uma chance ímpar de nutrição”, comenta o executivo.
Se encantar o usuário já era um mantra, o caminho se tornou mais desafiador. Qualidade por produtos ou serviços já não satisfazem e há expectativa por experiências verdadeiramente transformadoras. “Foi preciso adaptar e adotar o H2H (human to human) horizontalmente, pois tudo mudou. Assim, as estratégias digitais e relações públicas tornaram-se tão cruciais quanto dinâmicas, os planos pré-pandemia, repensados, a agenda de mídia, reorganizada e toda a tática, ajustada”, conclui Marchon.
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