Em tempos de recessão econômica, conquistar uma oportunidade no mercado de trabalho não é tarefa fácil. Portanto, deixar o currículo alinhado se tornou uma etapa ainda mais importante para se diferenciar entre tantos concorrentes. Afinal, esse documento é, por muitas vezes, o primeiro contato do candidato com a empresa contratante.
Estratégias para tentar driblar o desemprego
O desemprego realmente é uma realidade desafiadora para uma boa parte da população. Para os jovens em busca de vagas de estágio, aprendizagem ou emprego o cenário pode ser ainda mais complexo. Afinal, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desocupação de quem tem entre 18 e 24 anos fechou o primeiro trimestre de 2021 em 31,4%, superando o dobro da estatística geral de 14,4%.
Gabriela Barbosa está dentro desse grupo. Esperando a resposta de dois processos seletivos para atuar como estagiária de marketing, em Ribeirão Preto, ela conta ser difícil se manter otimista. “Mesmo assim, eu tento sempre ficar com a cabeça erguida e procurar entender como melhorar, aprender mais e etc.”, conta.
Curriculum Vitae é indispensável para ter destaque
Para ela, ter um bom Curriculum Vitae (CV) é imprescindível. A criatividade, nesse sentido, é um fator impossível de ignorar. “Como a minha área envolve muitas atividades relacionadas à inovação e quebra de tradições, não posso apenas apresentar um arquivo sóbrio com as minhas informações. Preciso pensar fora da caixa e achar um meio de chamar a atenção”.
Reter o foco de um recrutador a partir desse ponto é um verdadeiro desafio e, de acordo com um estudo do Nube, a maior dúvida dos jovens ao montar um currículo. Para quase 58% dos mais de 8,4 mil participantes, a principal dificuldade é se expor de maneira atrativa.
Para ajudar quem tem dúvidas quanto a criar esse CV, a especialista em carreira e processos empresariais, Andreza Silva, preparou cinco dicas fáceis de colocar em prática. Embora sejam simples, são capazes de fazer toda a diferença para destacar o seu potencial com os empregadores.
I. Currículo não é panfleto
É preciso sempre buscar meios de construir algo personalizado para a vaga de interesse. Portanto, “pesquise o LinkedIn da empresa, estude o site e entenda melhor o perfil da equipe a qual já atua no local”, comenta Andreza. A partir daí, organize as informações com fogo nessa oportunidade.
II. Competências técnicas
Lembre-se: no currículo irão suas hard skills (conhecimentos técnicos e teóricos). “Por isso, é bom apresentar alguns resultados alcançados nas companhias onde já atuou. Se você não tem experiência anterior, pode dar destaque para algum trabalho voluntário ou estudos com foco nessa competência”, continua a especialista.
III. Experiências e qualificações
“Essas informações devem ser dispostas da mais recente para a mais antiga”, diz Andreza. Sendo assim, escolha as vivências mais relacionadas à colocação pretendida.
IV. Atente-se à escrita correta e clara
Também é vital se policiar com a organização textual e visual. “É importante facilitar a leitura do recrutador e otimizar o interesse nesse arquivo. Se você está fazendo isso pela primeira vez, peça ajuda. Passe para a leitura de um colega mais experiente, um professor ou um mentor. Coloque foto somente se for solicitada!”.
V. Jamais minta
Quanto mais verdadeiro você for, maiores suas chances de mostrar a identificação obtida com a posição ofertada. De acordo com outra pesquisa do Nube, quase 97% dos mais novos optam sempre por serem francos nesse primeiro contato com as organizações. Portanto, ir contra a maré, nesse sentido, pode ser uma atitude bastante arriscada.
Integridade, comprometimento, responsabilidade, boa comunicação: esses são pontos chave não apenas nessa interação com recrutadores, como também por toda a sua trajetória. Leve esses conceitos sempre e, assim, suas chances de sucesso aumentarão de maneira exponencial. Foi chamado para uma entrevista? Veja estas dicas!