Ser uma organização mais plural e democrática atrai atenção de talentos. Afinal, essa metodologia proporciona pensar fora da caixa, obter vários pontos de vista sobre determinado assunto, ter um ambiente mais criativo e agregação de valores. Atualmente, as pessoas não buscam apenas um trabalho, mas, sim, um local onde sintam-se à vontade com suas identidades e fomentador da diversidade de etnias, corpos, religiões, gêneros e orientações sexuais.
Diversidade é indispensável nos negócios
Segundo levantamento feito em 2014 pela Glassdoor, 67% dos candidatos procuravam por companhias plurais. Já na pesquisa do Nube, realizada em dezembro de 2019, ou seja, cinco anos depois, 67% dos participantes reafirmaram a necessidade de aumentar a multiplicidade das culturas organizacionais.
Unir pessoas com diferentes backgrounds gera resultados positivos. De acordo com análise do Cloverpop, times diversos em etnia e gênero são 87% melhores ao tomarem decisões. “No entanto, é importante lembrar: não existe um manual pré-definido e uma fórmula mágica sobre como tornar a sua corporação um ambiente mais inclusivo”, afirma a CEO da Pipo Saúde, Manoela Mitchell.
O primeiro passo é entender a diferença entre diversidade e inclusão. A primeira está ligada à representação demográfica, enquanto a segunda vai mais além. “Incluir” é garantir as mesmas oportunidades de crescimento profissional para todos. “Diversidade é convidar para a festa, inclusão é chamar para dançar”, expõe a dirigente.
Sendo assim, uma cultura acolhedora não é um resultado espontâneo. Para Manoela, tornar o espaço mais abrangente é ir além de apenas abrir vagas e contratar esses indivíduos. “É preciso fazer uma movimentação interna para os novos funcionários sentirem-se parte da instituição. Nos bastidores, o time de Recursos Humanos pode trabalhar em parceria com a alta gestão para criar políticas corporativas sobre o tema e não deixar ‘brechas’ para comportamentos preconceituosos”, complementa.
Os mais velhos têm muito a acrescentar
As ações variadas, com certeza, estabelecem um equilíbrio de equipes, departamentos e metas para uma companhia funcionar regularmente. Contudo, é impossível não deixar de ressaltar um ponto importante nesse cenário: existe um certo tabu quando se trata de profissionais acima dos 50 anos de idade.
Quando o assunto é esse, existe um termo bem representativo dessa perspectiva: o ageismo - conforme o dicionário, significa “aversão, visão negativa e preconceito direcionado a pessoas mais velhas”. Ou seja, tal expressão explica exatamente essa visão, muito vivida atualmente, de a juventude ser sempre a mais “capacitada”.
Todavia, o CMO da International Business Machines Corporation (IBM), Marcelo Trevisani, listou alguns exemplos para provar o contrário dessa “tese”. Veja:
- Charles Flint, fundador da IBM: ele criou o grupo de tecnologia aos 61 anos e permaneceu no conselho de administração até 1930, quando se aposentou, aos 80 anos;
- Henri Nestlé: inventou a farinha láctea aos 52 anos;
- Joseph A. Campbell, das Sopas Campbell’s: abriu sua primeira fábrica também aos 52 anos;
- Harland Sanders, do KFC: vendeu sua primeira franquia aos 62 anos.
Essa realidade não mudou. De acordo com a pesquisa Idade e Empreendedorismo de Alto Crescimento do professor do MIT Sloan, Pierre Azoulay, e do estudante de doutorado Daniel Kim, a idade média dos empreendedores nos EUA é de 42 anos. “Ser um líder leva tempo. Pessoas seniores fazem toda a diferença, ajudando a criar uma nova visão sobre longevidade nos tempos atuais”, analisa o CMO.
Ademais, conforme um artigo da BBC, o número de desaposentados nos Estados Unidos duplicou de 1985 até hoje e cerca de 40% dos trabalhadores aposentados em algum momento decidem retornar ao trabalho e procurar novos postos. “Então, é preciso incentivar os mais experientes a compartilharem seus conhecimentos, pois com toda certeza, têm muito a contribuir. Também é vital incentivar o diálogo entre gerações, a troca de saberes entre departamentos e oferecer, inclusive, cursos e treinamentos para equiparar todo o time”, finaliza Trevisani.
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Quantos funcionários anciãos têm na sua empresa?