Antigamente, a gestão de carreira era feita pelas empresas e elas mesmas ofereciam planos de cargos e salários aos seus funcionários. Atualmente, cabe ao próprio indivíduo fazer essa administração, considerando as exigências do mercado e suas próprias motivações e propósitos.
O autoconhecimento é imprescindível
Para o professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Augusto Dutra Galery, uma carreira de sucesso é uma coisa bastante subjetiva. “Está sempre em construção, não é algo parado e precisa considerar diversos fatores - desde a luta por seus ideais e valores até o seu próprio sustento. Podemos definir como o movimento de equilíbrio entre o individual e o social, entre o presente e o futuro”, opina.
Assim, nessa autogestão, o autoconhecimento é um dos pontos essenciais, mas também é importante ler o mercado para buscar competências requeridas e diferenciais. Ademais, é necessário saber colocar planos em prática e se desenvolver continuamente.
De acordo com o docente, o principal erro é ter uma atitude passiva frente à própria história. “Isso dificulta a empregabilidade e leva à desmotivação e frustração do indivíduo. Ao mesmo tempo, se você considera não precisar de nenhuma mudança, também terá problemas”, analisa.
Nesse sentido, os processos seletivos hoje buscam examinar diversos fatores, desde o conhecimento formal e experiência prévia até a inteligência emocional, a motivação e os valores dos candidatos. “Além disso, as companhias buscam, cada vez mais, criar ferramentas para lidar com situações de crise, por isso, profissionais com características, aptidões e competências para superar grandes desafios com facilidade serão essenciais”, explica a coordenadora de seleção do Nube, Helenice Accioly.
Você domina suas emoções?
Para o CEO do Instituto Gente, Arthur Shinyashiki, muita gente patina quando o tema é falta de direcionamento e orientação. “As pessoas não foram treinadas para isso, não sabem como balancear o aspecto financeiro e o propósito. Por isso, acabam ficando sem referências para tomar decisões”, expõe.
Isso porque as emoções são capazes de ultrapassar qualquer plano e quebrar lógicas. Por esse motivo, é preciso aprender a lidar com elas para ser bem-sucedido nos objetivos. “Se você não tem capacidade de dominar seus próprios sentimentos, não vai conseguir realizar de maneira adequada nenhum planejamento”, analisa o especialista.
Nesse sentido, Shinyashiki trouxe as sete competências necessárias para um indivíduo ter sucesso na profissão e estar bem adaptado às exigências do futuro. São elas: inteligência emocional, mente de campeão, ser um líder inspirador, estrategista, produtividade, paixão e adaptabilidade.
Corporação x colaborador
Contudo, como toda relação, as duas partes têm de estar envolvidas no desenvolvimento dos planos. “Logo, depositar o desenvolvimento nas mãos da entidade é virar um refém. Já a corporação perde rapidamente diferenciais de seus colaboradores ao tentar controlar demais suas trajetórias. Portanto, todos precisam criar um relacionamento motivacional e de crescimento contínuo”, complementa Galery.
A solução para isso é ter estratégias, pois dessa forma consegue-se prever cenários futuros e antecipar jogadas. Essa qualidade é importantíssima para não ser pego desprevenido por qualquer contingência e conseguir sair das mais difíceis situações. Assim, minimizam-se os danos e, também, é uma maneira de conseguir se preparar para as mudanças e sair na frente dos demais.
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Como você planeja a sua carreira?