Já parou para pensar sobre quantas mulheres você conhece e ocupam cargos de liderança? Ou então, quantas delas lideram alguma área ligada à tecnologia? Imaginando sua resposta, fica claro a resistência do mercado em abraçar o potencial feminino nos diversos ambientes de trabalho. Já se evoluiu bastante, mas há muito mais a melhorar!
Ainda há muita desigualdade de oportunidades
Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2030, a participação do público feminino no mercado brasileiro deve crescer mais em relação à masculina. Isso porque elas investem mais em educação e qualificação. Contudo, até o momento, a situação não é muito animadora: apenas 19% dos cargos de liderança são ocupados por elas, abaixo da média mundial de 27%.
Para a CEO da Troc, Luanna Toniolo, a pouca equidade de gênero também em seu nicho de atuação foi surpreendente. Afinal, ela esperava encontrar um espaço onde o mote central é a inovação, um local para o exercício da diversidade. “O ecossistema das startups está longe de ser um ambiente de igualdade”, afirma.
Essa realidade foi confirmada na pesquisa divulgada no ano passado, pela Abstartups - Associação Brasileira de Startups. De acordo com o mapeamento de comunidade, apenas 12,6% dos founders no Brasil são mulheres e 26,3% das startups do país não possuem nenhuma delas na equipe. Em contraste a esses números, 87,7% dessas empresas inovadoras dizem apoiar a diversidade.
Visto isso, a gerente da Assine Bem - plataforma de gestão de documentos e assinatura digital - Paula Sino, comenta: “o nosso maior desafio é sermos vistas e respeitadas como profissionais. Além disso, é necessário ‘quebrar os rótulos’. Veja: diariamente falo com empresas para negociar parcerias e vender o nosso serviço. É muito comum eu ser questionada sobre quem é o meu chefe ou quem toma as decisões”, explica.
É preciso continuar lutando!
Nesse sentido, promover a isonomia é um ponto fundamental para fortalecer as economias e impulsionar os negócios. “Eu sou otimista e como o ecossistema de startups é extremamente dinâmico, ver de forma positiva essas diferenças vai fazer o cenário mudar rapidamente. Cabe a nós, em posições de destaque, reforçar e abrir caminho para outras terem condições de alcançar também esses espaços”, analisa Luanna.
Sobretudo, muitas companhias estão perdendo tempo e dinheiro por estarem presas a pensamentos retrógrados. Afinal,conforme o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da ONU, a presença feminina em direções é um dos fatores mais contribuintes para o maior desempenho e lucratividade. Isso porque, elas são mais empáticas e flexíveis, bem como, mais persuasivas e dispostas a assumir riscos.
Ou seja, a força delas é sinônimo de aumento do potencial criativo, resiliente e inovador. Além de quebrar barreiras históricas, novas fronteiras também estão sendo superadas. Isso é resultante da ampla visão de diversidade, compreensão da pluralidade e inclusão levada por elas.
Então, “para reverter esse cenário, precisamos nos qualificar e continuar compartilhando nossas histórias de sucesso e lutas diárias. Agindo dessa maneira, outras serão positivamente impactadas a não desistir”, complementa Paula.
Felizmente, é possível encontrar organizações com grande presença desse público. O Nube, por exemplo, conta com 60% de mulheres na gestão. Já na Troc, entre os heads da startup, 50% são do sexo feminino. “Elas estão desencadeando aqui a revolução verde do second hand, derrubando estigmas sobre o uso de roupas de segunda mão e garantindo um cenário mais positivo para a indústria da moda e também para nossos filhos”, finaliza a CEO.
Portanto, evolua sua mente e, assim, sua corporação! Continue acompanhando nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e contamos com a participação de diferentes especialistas. Feliz dia Internacional das Mulheres!
Você já teve uma gestora?